Capítulo 43

3.1K 217 10
                                    

GABRIEL POV:

Apesar do jogo ter acabado e termos vencido, eu ainda sentia o meu corpo tenso, porque agora era a hora da verdade.

Eu tinha pedido para Marília perguntar, de uma forma bem discreta, se ela aceitaria namorar comigo. Até tinha pedido para a Isis fazer isso, mas ela disse que não iria aguentar guardar a surpresa.

Bem, a esposa do Everton perguntou e a resposta da Antonella tinha sido um  "sim, com certeza!", mas mesmo assim eu estava nervoso.

- 'Tá chegando o momento, hein! - Filipe comentou, me abraçando e eu ri.

- Não sei se eu consigo, cara! 

- Qual é, mano! Decidiu mais uma Libertadores, mas não consegue pedir a Antonella em namoro?

- Eu provavelmente só vou falar merda, nada com nada e ela vai rir de mim!

- Não vai não! - deu algumas batidas de leve no meu ombro - Relaxa, que vai dar certo! - assenti e fui abraçar outros caras do time, até ver meu pai, Fabinho e ela chegando por ali. Engoli seco e fui na direção deles.

Antonella correu e me abraçou, me fazendo rir e a envolver nos meus braços com mais força. Uma das minhas melhores descobertas desse ano é que estar em seus braços era sem dúvidas o melhor lugar do mundo!

- De novo...Você decidiu de novo! - me disse, agora olhando nos meus olhos, com um puta orgulho e algumas lágrimas escorrendo pelo rosto e eu a beijei.

- Nem 'tô acreditando! - disse e eles riram. Ela se afastou para eu poder abraçar meu primo e depois mais um abraço forte no meu pai, que beijou o topo da minha cabeça.

- Muito orgulho de você, meu filho! - disse.

- Obrigado por todo o apoio que vocês me dão sempre! - ele sorriu e quando percebeu que Isis puxou Antonella, me passou discretamente a caixinha das alianças para a minha mão. Sorri e piscou para mim.

- Eu não sei nem como fazer isso! - confessei para meu pai e  o Fabinho enquanto o Arrascaeta e Antonella se abraçavam.

- Nunca pensei que fosse te ver assim um dia! - Fabinho comentou, rindo da minha cara de desespero.

- Nem eu, mas que caralho! - resmunguei, nervoso e meu coração estava acelerado. Ninguém acreditaria se eu falasse que estava mais nervoso para isso do que estava para o jogo.

- 'Tá pronto, Gabi? - Rodinei me perguntou e eu neguei com a cabeça. O lateral riu da minha cara, mas me deu um leve tapa no ombro, como se me incentivasse.

- Respira fundo e vai! - meu pai disse, me empurrando na direção dela, que tirava foto com as meninas. Puxei todo ar possível em meus pulmões e soltando aos poucos, a medida que ia me aproximando dela, já sob o olhar atente de todos.

- Queria te falar uma coisa! - eu disse, segurando Antonella pela mão, que me olhou sem entender muita coisa enquanto ouvi alguns burburinhos do pessoal, o que me fez rir.

- O que você está aprontando? - me perguntou, olhando em volta.

- Éhhr... É... Não sei bem como começar a falar! - passei a mão pela minha barba, visivelmente nervoso.

- Bora, Gabigol! - Matheuzinho gritou, fazendo a gente rir.

- Cadê o artilheiro? - Vidal questionou e eu ainda conseguia ouvi a risada deles, mas o meu foco era totalmente na cara da Antonella, que nesse momento já devia ter entendido tudo.

- Calma, caralho! - resmunguei e respirei fundo mais uma vez. Tinha que ser agora - Bom, eu não sou muito bom com as palavras, mas vamos lá... Queria te dizer algumas coisas! - eu disse olhando para ela, que assentiu, segurando ainda mais firme a minha mão -  Você surgiu do nada na minha vida, eu nem ao menos estava procurando alguém, só estava tentando dar o melhor para o time e a minha família, estava aproveitando a minha solterice e foi até um dos motivos para você querer fugir de mim no início. Espero que a sua opinião sobre mim tenha mudado, porque depois que eu te conheci, nunca mais fui o mesmo e desde então não tem um dia que eu não tenha pensado em você e em como eu quero estar sempre ao seu lado, nos piores e nos melhores momentos. Me desculpa por não ter feito isso antes, mas acho que não tem momento melhor para isso do que agora... - abri a caixinha e me ajoelhei, sob os gritos de todos, inclusive dos torcedores, enquanto , me olhava com um sorriso bobo no rosto e com algumas lágrimas enchendo os seus olhos -  Antonella, você aceita namorar comigo?

De repente, tudo ficou mais silencioso e os 10 segundos até que qualquer palavra saísse da boca dela, para mim foi como se tivesse sido uma eternidade.

- Sim, aceito! - disse e o pessoal comemorou, nós fazendo rir, enquanto ela me puxava para levantar e depois trocar nossos anéis. A beijei e os meninos começaram jogar água na gente - Não acredito! - comentou, gargalhando e eu tentei proteger, para que ela não se molhasse tanto.

- Eu mato vocês! - gritei para eles, que pareciam hienas.

Escutei a torcida gritar o meu nome e o dela, o que a fez ficar vermelha de vergonha e eu acabei rindo, abraçando e dei um beijo no topo da sua cabeça.

- Agora eu entendi tudo! - disse, me abraçando.

- Todo mundo hoje estava me olhando com um sorriso bobo, fora que você mandou a Marília me perguntar se eu aceitaria namorar com você! - ri.

- É, foi sim! Fiquei com medo de você falar não!

- Por quê pensou isso?

- Não sei, só passava isso na minha cabeça!

- A gente já estava namorando há um tempão, Gabriel! Eu nunca diria não para você!

Nota da autora 💕: Hello, amores! Vou ficar sem atualizar por uns dias porque estou com algumas provas na faculdade e gostaria de focar nelas. Volto dia 27/11 com uma marotana para vocês! 🥰
Votem e comentem bastante, por favor!

Depois Que Te Conheci - G. BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora