Capítulo 20

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GABRIEL POV:

- Você tem certeza disso? - Antonella me perguntou pela milésima vez, enquanto Maggie estava eufórica ao meu lado.

- Claro!

- Mas o certo é você não ficar andando muito por enquanto, Gabi!

- Relaxa, o pessoal do departamento médico disse que é bom eu fazer algumas caminhadas mesmo! - ela suspirou, um pouco mais convencida - E a Maggie super aprova a ideia de darmos uma volta pelo condomínio! Não é, coisa linda? - disse, olhando para a cachorrinha, que agora latiu e subiu nas minhas pernas.

- Claro que ela aprova tudo que você falar... Você 'tá com a coleira na mão! - Antonella comentou, rindo e se aproximando e pegando o objeto e ajeitando na Meg e me entregou novamente, caminhando até a porta e a abrindo - Vamos então, só que se o seu pé voltar a doer, não fico responsável por nenhuma massagem! - ri e a segui.

- Você é muito mal, Antonella! - fechei a porta, com a cachorrinha me acompanhando e descemos pelo elevador.

Apesar de ser manhã ainda, o sol já estava forte. A cachorrinha andava rebolando na frente, me fazendo rir, enquanto a minha mão segurava firme a de Anto.  

- Sério mesmo que não vai rolar aquela massagem? - perguntei e ela riu.

- Ficou pensando nisso?

- Um pouco! ... E aí? Nem pensando com carinho?

- Se for só a massagem...! 

- Logo hoje que o empata foda do Fabinho sumiu pra casa da namorada? - ela riu.

-Nem me lembra de ontem! - comentou. 

- Eu sei que você não se esqueceu nem um pouquinho de ontem!

- Cala a boca, Gabriel! - disse, com as bochechas rosadas e eu ri.

- Depois que a gente voltar da casa do Everton, vou te relembrar algumas coisas! - Antonella apenas me olhou, negando com a cabeça e com um sorrisinho de lado.

Depois de algumas voltas, Meg se cansou e se sentou um pouco. Anto olhou para cena com graça e soltou a minha mão, pegando seu celular no bolso do short.

- Faz uma pose, vou tirar uma foto de vocês dois! - disse e se virou com a câmera na nossa direção. Me abaixei e a cachorrinha me olhou, com a língua de fora, me fazendo rir da sua cara.

- Diga: "petisco", Maggie! - comentei e ouvi ela latir, e se apoiando em mim, querendo lamber a minha cara. Antonella, que mais ria do que tirava fotos, chegou mais perto para mostrar o resultado - Ficaram bem engraçadas! 

- Olha a sua cara nessa! - me mostrou uma outra, rindo. 

- Quero tirar uma sua! 

- Não, meu cabelo 'tá todo bagunçado! 

- Não está nada, você está linda! - dei um selinho nela e peguei o celular da sua mão - Vamos tirar uma nós três então! - virei a câmera frontal e Antonella pegou sua cachorrinha no colo, que amava um abraço dela, tanto quanto eu. Sorri ao perceber o resultado.

- Ficou muito boa essa! - comentou e eu sorri, concordando e acariciando a cabeça da cachorrinha.

- Depois eu vou querer essa foto para colocar de papel de parede! - falei, colocando o celular dela no bolsa da minha bermuda.

Antonella colocou Maggie no chão e eu peguei a coleira novamente para voltarmos a andar, mas olhei para o lado, no estacionamento e tive a impressão de ter visto alguém nos vigiando. Merda, só podia ser alguém tirando fotos nossa para a internet! Cocei a garganta e Antonella me olhou.

- O que foi?

- Podemos voltar?

- Está sentindo alguma coisa? - me olhou preocupada.

- Não, só acho melhor fazer uma pausa! - riu, mas concordou.

- Eu avisei! - disse pegando a coleira da sua cachorrinha - Precisa de apoio? - perguntou.

- Não, acho que dá pra chegar em casa! - assentiu e eu segurei na sua mão vazia, voltando para o prédio.

Subimos no elevador e eu fiquei pensando se por acaso tinham tirado mesmo a foto, Antonella com certeza ia surtar, já que ela sempre deixou claro que odiava exposição porque isso gerava muito gente dando pitaco na vida alheia.

- Está tudo bem mesmo? - me perguntou abrindo a porta do meu apartamento e analisando as minhas expressões.

- Está sim, só fiquei meio cansado!

- Tudo bem, senta aí! Vou pegar água para você! - assenti e me sentei no sofá, observando Antonella. Ela soltou Maggie da coleira, que andou para o seu bebedouro e a minha garota foi em direção à cozinha, minutos depois voltando com um copo d'água para mim. Bebi, sob o olhar atento dela.

- Eu falei alguma coisa errada? - me perguntou de repente. A olhei sem entender muito bem.

- Como assim?

- É que você ficou estranho do nada, eu fiz alguma coisa?

- Não, meu bem! - a puxei para sentar no meu colo e depositei um beijo em sua testa - Me desculpa, só estou pensando em algumas coisas!

- E você quer falar sobre isso?

- Não, não é nada de muito importante! - ela assentiu.

- Tudo bem! - sussurrou e se levantou, pegando o copo vazio da minha mão.

Quando ela voltou para a cozinha, eu queria me matar. Ela provavelmente estava pensando que eu não confiava nela, principalmente depois de ela ter me contado várias coisas da sua vida, que não compartilhava com todo mundo.

Mas eu não queria dizer algo e ela se assustar atoa. Só queria aproveitar o dia com ela, tranquilo. Me levantei, indo em sua direção, mas ela apenas desviou caminho para o meu quarto.

- Você vai querer sair que horas?

- Depois das dez e meia!

- Tudo bem, vou tomar banho! - disse, indo até o closet e pegando algumas roupas dela que estavam ali. Me sentei na cama e esperei ela voltar.

- Você está chateada?

- Não! - disse, entrando no banheiro, sem nem me olhar. Ou seja, ela estava sim!

Depois Que Te Conheci - G. BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora