16. Perdidos no Deserto

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''O maior bem que podemos fazer pelas pessoas não é compartilhar nossas riquezas com elas, mas mostrar-lhes suas próprias riquezas.''- Zig Ziglar


Subo os degraus, tomando cuidado para não derrubar nada, sem querer acabei parando em uma das melhores padarias da cidade e sem querer acabei comprando café e os donuts favoritos de Spencer, tudo sem querer. Sem querer, também, bato na porta da sua sala, esperando ser atendida. Escuto sua voz abafada do outro lado e tomo como um sinal positivo para entrar.

— Olá — aceno com as mãos ocupadas e encosto a porta com minhas costas. Por que todas as vezes que entro nesta sala, Spencer está sentado confortavelmente como se não tivesse trabalho a fazer? Eu quero uma sala também.

— Hey...— sorri em minha direção. Deixo o copo e a embalagem de rosquinhas em sua mesa.

— Bom dia, Spencer — pisco os olhos rapidamente, prendendo minhas mãos atrás do corpo. Seu corpo se ajeita na cadeira rapidamente, parecendo ansioso em saber o que há na embalagem.

— Deveria esperar uma mensagem aqui? Dá última vez que recebi doces, alguém tinha escrito gostoso em cada uma das sete rosquinhas — franze o cenho, seguro o riso lembrando da minha travessura passada —...você sabe, não é algo que costumo ouvir muito — abre a caixinha em sua frente.

— Que tipo de pessoa suja faria algo assim? — finjo não saber a culpada, o vejo sorri de lado, confidente a mim.

— É o meu favorito — pega o donut da caixa e leva à boca, animadamente.

— Certo, se alimente — pisco o olho direito e parto rumo a porta, como pode paixão encher estômago. Sinto-me saciada só em vê-lo feliz.

— Obrigado por isso e bom dia, Helena — sorri fechado, quase não conseguindo falar por estar com a boca cheinha. Rio e balanço a cabeça, o deixando comer em paz. Parece que vi um passarinho verde, mas é só a paixão por Spencer Reid ativando a serotonina presente no meu cérebro. Vou incomodar Garcia, como de praxe.


...

— Era quem estava procurando — afirma Garcia ao me ver entrar na toca dela. Ergo as sobrancelhas e cruzo os braços, esperando ela falar o porquê — Toma! — me estende um papel. Seguro e leio, estranhando os escritos.

— Que isso? — devolvo..

— Esse é seu novo meio de comunicação com o mundo, e-mail — simula uma explosão com as mãos.

— E por que eu preciso dele?

— Meio de comunicação — pega sua agenda em sua mesa e começa a caminhar para fora da sala.

— Você tem meu número. Aliás, estava pensando em trocar...— a sigo.

— Você tem noção de que não é mais uma agente ultra secreta, certo?

— Não sou?

— Não? — franze o cenho.

Dou de ombros e continuo a seguindo. Chegando a sala de reuniões, ajudo a preparar as coisas.

— O mal não tira férias mesmo — murmuro, frustrada, olhando em primeira mão o próximo caso.

— Infelizmente não, meu doce, depois desse caso quero você e Tom no meu apartamento, não aceito um não como resposta

— O que você está planejando, doida?

— Você vai ver...— fala, misteriosa. Arregalo meus olhos e torço a boca, às vezes Garcia me dá medo.

Leave Me Lonely  •  Criminal Minds (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora