2. Novo Emprego

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''As crianças acham tudo em nada, os homens não acham nada em tudo.''- Giacomo Leopardi.


Não era a hora de ficar confusa ou duvidar das minhas próprias capacidades, mas desde o telefonema que tinha recebido do FBI, me questiono: meus conhecimentos são o suficientes para fazer perfis? Porém, agora não havia mais tempo para voltar atrás. Já têm data e hora para estar na sede da UAC, e bom, a data é hoje e a hora é agora.

Entro no prédio, comparado aos da Cia, parecia faltar um pouco daquela tecnologia futurista. Glória a Deus! Obrigada!. Ficar passando cartão e digital era um verdadeiro pé no saco, se fosse só um ou o outro, mas eram os dois naquele inferno. Ainda assim tinha que ter um cartão para entrar, então aguardo a moça da recepção fazer o meu, lhe digo meu nome e ela tirou minha foto, logo estava impresso e pronto meu crachá de visitante. Talvez logo estivesse escrito ''agente'' ali. Sinto um misto de esperança em ficar e vontade de não conseguir corroer enquanto subo de elevador até o quinto andar. Pelo menos eu conheço todos lá ou a maioria.

Respiro fundo quando o elevador se abre em meu destino e caminho até as grandes portas de vidros com UAC escrito. Lugar certo. Abro a porta e entro, indo em direção às mesas no grande ''salão'' de escritórios. Vejo Spencer e Luke conversando com uma mulher loira e extremamente colorida. Deus, é um arco-íris?.

— Vocês tem certeza, certeza que ela é legal? Ela vai ocupar o lugar do Rossi, o Rossi vocês estão entendendo? É claro que estão, vocês trabalham com ele também e...— a garota desata a falar. Os meninos me veem, então trocam olhares entre si. Ela nota e para, se vira para trás e sorri amarelo para mim.

— Olá, garotos. Oi, sou Helena, acho que nunca serei tão legal quanto o Rossi, aquele bigode dele é incrível — sorrio para a garota arco-íris levemente mais alta que eu.

— Oh, eu juro que...que...que não estava falando mal de você ou algo do tipo, eu só...só...Meu nome é Penélope Garcia, mas pode me chamar de Penélope — se enrola e gesticula bastante. Ok. Admito, com certeza, vamos nos dar bem. Ela parece um pouco comigo. Abro os braços oferecendo um abraço, ela abre um pouco a boca, mas rapidamente me abraça. Eu amo abraços, afinal existe algo mais puro e consolador que um abraço? Ela tem um abraço terno e não deu tapinhas nas minhas costas durante ele, então ganhou meu coração. Nos separamos do abraço que dura míseros segundos e Penélope sorri.

— Eu já AMEI você. Nós podemos ser melhores amigas, você já teve aquelas pulseiras de amizade com alguém? Nós podemos fazer elas enquanto assistimos alguma série. Você já viu Criminal Minds? Tem uma loira que se parece muito comigo, mas ela é colorida demais — desata a falar novamente. Ela parece uma criança com seu novo brinquedo, no momento o brinquedo sou eu.

— Nunca fiz pulseiras de amizade — faço bico com tom de voz triste.

— Pois nós vamos fazer. Ó MEU DEUS. Isso vai ser incrível — balança suas mãos, como se estivesse abanando algo. Concordo com a cabeça, notando que os outros dois observavam nossa conversa aos risos. O jeito de Penélope é engraçado e fofo.

— Como é estar na Virgínia? — Luke se direciona a mim, após a loira enlaçar meu braço ao dela.

— Confuso. Provavelmente não vou saber voltar até o hotel, não decorei o caminho e vou me perder. Vocês já tentaram usar os aplicativos de GPS, um mais desatualizado que o outro. Aliás, alguém tem um mapa? — agitada e irritada com mudanças também, mas guardo isso para mim. Levo minha mão desocupada até a cintura e enrugo a testa, olhando-os. Que bonitinho seu amigo, Alves.

— Ó, vocês são parecidas — Luke afirma intercalando os olhares entre Garcia e eu. Vejo Reid concordar com a cabeça.

— SIM! — exclamamos juntas, balançando a cabeça em negativa em seguida pela sincronia inusitada.

Leave Me Lonely  •  Criminal Minds (Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora