A Carta do Grabber

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Tomei banho, coloquei uma roupa qualquer para dormir.
Tranquei tudo em casa, minha mãe já estava dormindo em seu quarto. Eu estava com medo...
Eu peguei a carta do Grabber para ler.... aquilo me deu calafrios....

"Querida Madison.... Tudo bem???
Então.... Seu amado tio não morreu.... Não agora!
Eu queria que me perdoasse pelo que fiz a você, você sempre foi um dos amores da minha vida. Você e sua mãe sempre foram preciosas pra mim...
Mas depois daquele dia.... Eu pensei muito. Eu quero terminar o que comecei.
Ver você defender aquele menino, que não merece nem estar vivo.
Mais um delinquente em que ninguém sentiria falta... só você!!!
Querida esse é meu crime favorito..... Porque você sabe que eu faria tudo de novo... você conhece seu tio!!!
Mas eu não posso deixar você ficar com ele, querida Mad....
É meio amargo pensar sobre os danos que eu causei... a você!
Eu preciso terminar o que comecei.... Eu preciso chegar na segunda fase.... Eu preciso brincar e jogar com ele. Esse é meu crime favorito!!!!
Querida sobrinha..... se você interferir, infelizmente eu não poderei te poupar dessa vez. Eu preciso finalizar ele.... Caso você faça algo eu.... Não quero lhe machucar...
Mas dessa vez você não estará lá para salvar....
Será um coração partido, mas que irá se curar rápido. Amores vão e vem querida Madison, você ficará bem!
Se cuide.....

Esse é meu crime favorito, pequena. Eu preciso terminar....
Com amor, seu tio....."

Quando terminei de ler.... Eu vi que estava chorando. Eu senti meu mundo acabar ao pensar que ele machucaria a Madison.
O crime dele favorito seria..... aquilo desceu como navalhas pela minha garganta.
Eu não queria que a Madison morresse por minha causa... eu precisava enfrentar ele sozinho e sem colocar a vida dela em risco....
A minha cabeça estava explodindo.
Eu me levantei e comecei a andar de um lado para o outro... eu não podia perder Madison e ela não poderia sofrer por minha causa.
Eu queria poder poupar a vida dela....
Eu comecei a chutar coisas..... eu quebrei meu espelho do quarto e acabei me cortando....
Minha mãe não ouviu porque estava dopada de remédios, desde quando sumi ela os utiliza.
O corte doía e sangrava bem.... Eu acho que a dor diminuiria meu desespero....
Eu sentei no chão do meu quarto.... Eu chorava igual um menino indefeso. Eu que sempre encarei tudo e todos, hoje era um menino com medo....
O sentimento de quando fui sequestrado estava voltando....
- Eu não posso ter medo.... Eu preciso ser forte por mim e a Madison. Mas se ele machucar ela.... Eu eu o mato. Eu mato aquele maldito.- eu repetia pra mim mesmo.
Eu socava minha cabeça.... Aquilo dentro do meu peito me sufocava.... Doía.....
Tudo isso por minha causa...
- Porque não morri aquele dia.... Ninguém sentiria minha falta mesmo. Que droga.... Eu.... Só consigo trazer problemas para as pessoas.....
Grabber estava conseguindo me convencer de me entregar a ele para poupar a vida de quem eu amava.....
- O crime favorito dele..... ele........
Fiquei em silêncio, me levantei do chão e guardei a carta.
Fui ao banheiro fazer um curativo no corte....
Eu olhei no espelho e vi a imagem de quando fiquei bem machucado naquele porão.... O que passei....
Eu nunca contei a ninguém e nem a Madison.... Mas o Grabber tentou..... abus..... eu não consigo nem lembrar... mas eu consegui me defender.... Só de pensar na segunda fase, eu prefiro morrer....
Eu olhava aquele espelho do banheiro e me via machucado, era a única imagem que eu enxergava.... Aquele sentimento..... a dor que senti....

Eu respirei fundo

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Eu respirei fundo.... Terminei o curativo, lavei meu rosto.
Aquela maldita imagem saiu da minha cabeça.
Eu fui me deitar.... Amanhã eu arrumava a bagunça que ficou.
Quando deitei, eu coloquei na minha cabeça que eu não deixaria Grabber fazer nenhum mal a Madison.... Que se fosse preciso eu me entregaria...
Eu tentei dormir.... A madrugada seria longa!
De volta ao inferno....

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Ela é minha...|| O telefone preto Onde histórias criam vida. Descubra agora