17. 𝒮𝒶𝓀𝓊𝓈𝒶

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Espero que vocês gostem de universo ABO (alfa, beta e ômega) porque estou escrevendo uma fic de IwaOi babado em. Estou me habituando com isso ainda, mas acho que vai ficar incrível, fiquem ligadinhos.


Acordo me sentindo confortável e quente.

Sinto um cheiro familiar e abro os olhos já imaginando o que tinha acontecido. De novo. Não posso ficar com sono perto do Atsumu. Primeira vez foi no ônibus e agora... não sei aonde.

Abro os olhos e noto que dormi no peito do Miya. Olho para cima e vejo seu rosto sereno, sem aquele sorriso do capeta. Agora ele parece até angelical. 

Me afasto calmamente. A pior coisa que poderia acontecer: Atsumu descobrir que eu dormi praticamente em cima dele. Assim que consigo me desvencilhar de seu braço — quase caio da cama mas isso não importa — fico meio tonto e coloco a mão na testa.

Merda, eu bebi muito ontem. Por isso que eu estou aqui, obviamente, porque se eu estivesse minimamente sóbrio não teria aceitado isso.

Saio do quarto e passo em frente ao banheiro e noto pelo meu reflexo no espelho que eu vestia uma camisa vermelha que ficava meio larga em mim e uma bermuda de moletom. Meu rosto fica quase da cor da blusa.

Atsumu me vestiu? 

Chacoalho a cabeça me forçando a tentar não lembrar de nada e vou até a cozinha (nesse ponto já percebi que estou na casa do Miya, claro). Não sou muito de ficar fuçando as coisas dos outros mas preciso de um remédio.

Começo a abrir os armários e encontro uma caixinha de remédios no topo. Tiro o comprimido da cartela e tomo. Viro a cabeça para a porta e vejo a chave no trinco. Estava prestes a sair mas então paro.

Será que devo deixar um bilhete ou algo assim? 

Passo as mãos freneticamente pelo rosto suspirando pesadamente. 

Corro os olhos pela sala e encontro um bloquinho e uma caneta ao lado. Escrevo apenas: "Estou em casa. Obrigado". Então, de forma silenciosa, caminho novamente até o quarto do Miya e deixo o bilhete na mesinha de cama.

Isso já é o suficiente.

Chego em casa, me jogo no sofá e pego o celular. Vejo ligações e mensagens de Motoya. 

— O que aconteceu agora? — Resmungo.

A última mensagem dele foi: Assim que acordar me liga!!!

— SAKUSA KIYOOMI! — Ele berra assim que atende o telefone. 

— Não grita, minha cabeça vai explodir. 

— Ah, mas é claro que vai. Bebeu até cair ontem. — Podia vê-lo na minha mente com os braços cruzados batendo um dos pés no chão. Irritado. 

— É, pois é... eu- Espera. Como você sabe?

— Porque você estava em um evento. Divulgado! Como você acha que eu sei?

— Mas por que você está tão irritado? Vazaram algumas fotos minhas bêbado, e aí? 

— Não é por isso que estou bravo. Estou bravo porque não me falou que estava finalmente saindo com o loiro gostoso. Vi que ele te levou pra casa. No seu carro. Nem eu você deixava dirigir! 

Motoya parecia realmente indignado. Sinto vontade de rir. Mas... espera.

— Ele dirigiu o meu carro? — Me sento imediatamente.

Ser perceber bato as mãos no bolso da calça e me lembro que não estou com minha chave. Deve estar no Miya. 

Flash backs começam a tomar conta da minha cabeça.

O perigo entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora