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Entro na minha casa saltitando.
Sakusa me ama.
Me ama.
Eu. Atsumu Miya.
Me jogo no sofá e enterro minha cabeça na almofada abafando um grito enquanto chacoalhava os pés histericamente.
Depois me lembro que estou encharcado.
Pulo ficando em pé e corro para o banheiro.
No banho fico pensativo. Sobre o que Sakusa quer conversar. Será que ele só quer conversar mesmo ou...
Para! Sem pensamentos sujos Miya.
Chacoalho a cabeça e começo a pensar em coisas mais... alcançáveis. Ou pelo menos tento. Ai, que droga. Acho que tem tanto tempo que eu não me envolvo — em todos os sentidos — com alguém, que estou ficando maluco.
Tenho medo de na primeira oportunidade eu agarrá-lo e não soltar mais.
Coloco uma calça jeans e um moletom e saio indo até Sakusa.
Entro na casa dele e nos sentamos nas bancadas da cozinha. Ficamos um tempo em silêncio. Sakusa em seu próprio mundinho e eu nervoso pelo que está acontecendo naquele mundo turbulento.
Acho que a cabeça do Sakusa é como um sistemas de engrenagem que funcionam 24 horas por dia, e não para nunca. Sempre trabalhando incansavelmente tentando juntar todas as peças e deixá-las no lugar e-
— Atsumu. — Ele me chama e eu ajeito a postura, mirando meus olhos nos seus. — O que... exatamente está acontecendo aqui?
Ok. Isso foi inesperado. Se passaram milhões de coisas pela minha cabeça, mas isso? Tudo bem, nós já dizemos que nos amamos e tals. Mas aconteceu hoje e eu achei que Omi fosse mais... lento.
Acho que me enganei.
— Ei, não surta. Só foi uma pergunta. Relaxa. — Ele segura minha mão que eu nem notei mexer.
— Eu... não sei? O que você quer ser?
— Eu não sei, Miya. Por isso te perguntei. — Ele solta minha mão revirando os olhos.
— Ei, seu grosso. — Cruzo os braços. — Acho que... temos que primeiro ver se vai pra frente. E depois falamos com o treinador.
— Tudo bem.
— É?
— É.
— Vai me dar uma chance? — Levanto da banqueta e vou para trás do Sakusa.
— Não sei se notou, mas estou te "dando uma chance" desde o começo.
Sorrio e abraço seus ombros enterrando meu nariz em seu pescoço. Finalmente.
E pensar que esse maluco ranzinza, misofobico, chato e incrivelmente meu tipo ia acabar sendo a pessoa que eu amo. Que reviravolta.
Eu ria de leve contra sua pele.
— O que foi? — Ele pergunta se remexendo?
— Nada. É só que eu te amo, Omi.
Me afasto um pouco para me deliciar com seu rosto vermelho. Ele coça a garganta e se levanta falando para assistirmos um filme. Acho que nunca me senti tão bem na minha vida. Me sinto em casa e um alívio no peito que é muito muito bom.
Quando me sento no sofá sinto meu celular vibrar. Pego-o com medo de ser minha mãe, mas era Osamu. Desligo e tiro uma foto de Sakusa distraído fazendo uma cara séria para decidir o filme e mando para meu irmão.
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O perigo entre nós
Fanfic- Ei! Meu nome é Atsumu Miya. - Prazer em conhecê-lo, Miya. - Não vai se apresentar pra mim? - Quem sabe um dia.