Epílogo - 𝒮𝒶𝓀𝓊𝓈𝒶

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5 anos depois...

Depois daquele fatídico dia, a 5 anos atrás, naquele primeiro jogo do campeonato, onde anunciamos para o mundo — literalmente — nosso relacionamento, uma semana depois (mais ou menos) Miya me levou para um parque de diversões, aquele no qual minha mãe e minhas irmãs foram sem mim e eu claramente fiquei chateado.

Fomos em praticamente todos os brinquedos. Não duvidava que minha mão estivesse com marcas de unhas já que Atsumu tinha medo de altura, mas fez questão de ir em todas as montanhas russas. A única que ele não gritou foi a do jacaré. Para crianças.

Depois, Miya me levou na roda gigante. Que era realmente gigante. Esperou que tivéssemos parados no topo, com uma visão magnífica da cidade luminosa, e o sol se pondo.

— Ei, Sakusa Kiyoomi. — Eu o olhei. — Namora comigo?

Ele estendia uma caixa com duas alianças pratas finas com uma pequena pedra no centro brilhando. Atsumu estava lindo naquele dia, com o sol refletindo seu rosto e delineando-o com perfeição.

Atsumu combinava com esse horário.

E eu claramente aceitei, e desde então — por 5 anos — ele vem dizendo que, já que ele fez o "favor" de me pedir em namoro, eu teria que pedi-lo em casamento.

— Pode esperar sentado. — Eu dizia.

— Quanto tempo for preciso. — Ele sempre respondia.

Hoje, no dia 14 de fevereiro, estávamos no último dia de férias do time. Eu e ele ficamos a manhã inteira mofando no meu apartamento. Quando nos cansávamos do sofá, íamos para a cama, cozinha — sem contar as rodadas de beijos na bancada — e até mesmo no banheiro, Miya me acompanhou no banho.

Uns quinze minutos atrás, Atsumu disse que ia dar uma caminhada no parque do outono (sim, esse é o nome do parque) onde dissemos "eu te amo" pela primeira vez, e que não nasceu para ficar muito tempo parado.

Eu disse que não iria e ele assentiu, me dando um beijinho antes de sair.

Assim que ele sai, salto do sofá. Esse é o momento perfeito.

Vou até o quarto para vestir uma bermuda preta e uma regata cavada bordô. Meu cabelo estava uma zona então eu prendo, assim não fica grudando na minha testa. Esse calor está me sufocando.

Corro até a cozinha e abro o armário de panelas — o único que Atsumu passa longe — e tiro uma caixinha vermelha de dentro da panela de pressão.

Inspiro e expiro tentando me acalmar.

Ok. O que tinha para dar errado?

Calço o tênis e saio do apartamento.

Caminho segurando firma a caixinha que estava no bolso da frente da minha bermuda. Alguns longos minutos depois chego no parque, onde as árvores estavam verdes e cheias, diferente da última vez.

Adentro em meio o caminho de terra seca esperando encontrar Atsumu. Avisei-o sentado naquele mesmo tronco da última vez. Ele estava com os olhos fechados respirando fundo o ar fresco. As árvores deixavam o ar úmido, e gelado.

Tendo desviar ao máximo dos galhos para não fazer barulho. Chego atrás dele e tampo seus olhos.

— Advinha quem é? — Sinto sua maçã do rosto subir. Ele sorriu.

— Se não for meu namorado eu vou gritar. — Prenso os lábios e forço uma voz diferente.

— Não é seu namorado. — Digo. Por um momento sinto ele tensionar e ficar quieto.

Deixo seus olhos cobertos com apenas uma não e tiro a caixinha do bolso, colocando na sua frente e deixo-o ver.

— É seu noivo. Casa comigo, Miya Atsumu.

Ele se levanta rapidamente e me da um tapão no braço, de arder. Faço uma careta e logo em seguida ele me beija segurando meu rosto. Eu sorrio.

— Isso foi um sim?

— Claro que foi seu imbecil. — Ele se afasta. — Achei que estava tirando uma arma do bolso. Quer que eu morra?

— Não antes de dizermos "até que a morte nos separe" no altar.

— Então quer dizer que depois disso eu posso morrer? — Ele cruza os braços.

— Não, não pode. — Eu o puxo pela cintura e dou vários beijinhos por todo o seu rosto.

Quando me afasto seguro sua mão e coloco a aliança dourada fina, trabalhada com alguns cristais. E então dou um beijo em cima. E ele faz a mesma coisa.

— Somos noivos? — Ele pergunta desacreditado.

— Sim, somos noivos.

— Achei que nunca fosse me pedir em casamento, estava quase fazendo uma petição para nossos seguidores assinarem. A quanto tempo está com essas alianças?

— 6 meses.

— SEIS MESES?! — Seus olhos se estalam. — Como conseguiu esconder isso de mim por seis meses?!

— Escondi as alianças na panela de pressão.

— Mentira.

— Verdade. Osamu sugeriu.

— Ele sabia?!

— Sim. E Bokuto e Hinata e... o resto do time. Contei porque queria sugestões. Foi uma mais brega que a outra, então não segui nenhuma.

— Estou me sentindo traído. — Ele faz um bico e eu respiro fundo tentando não rir.

— Meu amor, como você queria que eu te contasse se quem seria pedido em casamento é você?

— Não sei. — Ele parecia genuinamente chateado, então digo uma das únicas coisas que faz seu coração amolecer.

— Eu te amo. — Seus olhos, que estavam olhando para o lado, encontram-se com os meus.

— Eu te amo.

E então, vivemos felizes para sempre. Adotamos três crianças e um cachorro.

— Amor! Me ajuda a colocar coleira no Bolt!

— Já estou indo!

O perigo entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora