20. ℳ𝒾𝓎𝒶

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A fic está no finalzinho... vou sentir saudades deles.


Sakusa entra em seu apartamento e eu entro no meu cantarolando feliz.

Estou completamente alucinado por esse homem. 

— O que te deixou tão feliz assim, filho? Chegou sonhando acordado? Nem me viu no sofá. — Ela ri e eu me sento ao lado dela revigorado.

— Os sentimentos são lindos, né?

— Hm... alguns deles, sim. Mas todos podem machucar. — Murcho um pouco depois disso. Ela parece não notar. — Quem te deixou assim?

— Assim como?

— Feliz. Você não ficou assim nem quando eu cheguei. 

Ela cruza os braços e eu reviro os olhos. Como ela estava muito ocupada olhando para o próprio umbigo, não percebeu isso também, como sempre. 

Dou de ombros.

— Hm. Alguém que, se for pra acontecer, você vai conhecer em breve.

— É de boa família?

— Mãe! 

— Só quero que você tenha o melhor futuro possível. 

— Mesmo se não for, tenho condições o suficiente para me bancar e bancar essa pessoa. 

— Pode até ser, mas-

A campainha toca e ela finalmente cala a boca.

Sei que ela é minha mãe e que quer o melhor pra mim, mas ela passa do limite. O que caralho ela tem a ver com quem eu saio eu deixo de sair. Se fosse um... traficante sei lá, eu entenderia a sua preocupação, mas ela nem o conhece, e sabe muito bem que nunca tive dedo podre. 

Só uma vez.

Mas quem apresentou Koji para mim foi ela. E tinha muita pressão para que ficássemos juntos.

A campainha toca mais uma vez.

Acordo dos meus pensamentos e vou abrir a porta. Dou um passo para trás quando vejo Koji na minha frente. 

— Que merda você está fazendo aqui? — Pergunto firme, sem aumentar a voz.

— Oi pra você também. Sua mãe me chamou, e eu estava com saudades.

Mordo forte a bochecha. Quando olho para trás minha mãe já tinha sumido.

Vou ter uma conversa séria com ela depois. 

Koji é um cara no meu tamanho. Tem os cabelos pretos com algumas luzes rosa — que da última vez que eu vi, à 3 anos atrás, estavam verdes — e ele colocou um piercing na boca. Vestia um moletom branco e uma calça preta. Suas mãos estavam cheias de anéis, como sempre. 

Não sei como minha mãe achou que esse cara seria bom para mim. Não tem nada a ver comigo. Nada.

— É, mas ela mentiu. Seria muito mais feliz se não tivesse visto sua cara. — Faço uma careta de nojo. — Agora vai embora. — Estava prestes a fechar a porta mas ele para com a mão e vai entrando.

Eu me afasto cruzando os braços.

— Por favor, Atsu, vamos conversar. 

— Não..? — Digo como se fosse óbvio.

— Me perdoa, eu juro que mudei. Eu... eu amo você. — Dou uma risada irônica. — Na época eu era muito idiota, não sabia demonstrar e acabei sendo um filho da puta com você. 

O perigo entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora