26. ℳ𝒾𝓎𝒶

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Acordo no dia seguinte sentindo que foi tudo um sonho.

Mas retorno a realidade quando sinto uma dor de cabeça imensa e o despertador de Sakusa.

Me sento na cama e vejo que ele não estava mais lá. Ergo meus braços, esticando as costas. Passo a mão pelo rosto e então sinto minha pele sensível e minha garganta arranhar.

Ah, não. Hoje não.

Essa minha gripe está sendo adiada a dias, e é justamente hoje ela vai se manifestar? Jura?!!

Dou três espirros seguidos.

— Caralho! — Me jogo para trás novamente e Sakusa aparece correndo no quarto.

— Isso foram espirros?

— Foram... — Lamento.

— Acha que pode jogar? — Ele se aproxima e coloca a mão na minha testa. Seus olhos se estalam. — Não, não pode. — Ele responde a própria pergunta. — Vou ligar para o treinador e... por uma máscara. — Ele sai do quarto.

Choramingo sozinho.

Me levanto e vou escovar os dentes com o corpo leve e doendo. Volto para o quarto e fico sentado na cama.

Logo Sakusa aparece com uma máscara, luvas, casaco e um óculos. Eu rolo os olhos.

— O que? Não posso arriscar ficar doente também. — Ele se senta ao meu lado e me entrega um comprimido e um copo cheio de água. — Liguei para o treinador. Depois de surtar um pouco ele disse que estava tudo sobre controle e desligou.

Tomo o remédio fazendo careta. Cada gole de água era uma dor diferente na garganta. Omi me olhava preocupado. Ele se aproxima e da um selinho na minha boca com máscara mesmo.

— Vai querer ir para assistir?

— Quero.

— Tudo bem. Agora é cedo para você ir, terá que ficar esperando um tempo ainda, e quero que você descanse o máximo que der... — Ele parece pensar. — Já sei! Você vai com a minha mãe.

Ele logo pega o celular e começa a digitar.

— O que?!

— Relaxa, vocês já se conhecem.

— Mas o problema são as pessoas. Elas vão me ver chegando com a sua mãe!

— E? — Ele me olha. — Atsumu, esse é o menor dos problemas desde que começamos a sair. Já superei. — Ele desliga o celular. — Pronto. Vamos até o seu apartamento fazer uma mala com roupa quente para você.

Ele se levanta. Nunca vi Omi tão energético. Ou eu que estou muito lento.

— Uma mala?

— Sim. Melhor prevenir.

Ele me estende a mão e eu seguro. Vamos até meu apartamento e eu pego uma mochila na lavanderia que eu não uso a um tempo.

— Olha, é igual a minha. — Omi fala ao olhar a mochila e logo volta a mexer no meu armário.

Ele pega roupas quentes. Peço para ele pegar a minha blusa do time para usar lá.

— Mas é uma camiseta.

— E daí? — Dou uma de desentendido e Sakusa revira os olhos.

— Tá, mas vai ter que usar com uma blusa de frio por baixo. — Ele acha minha blusa térmica e coloca dentro a mochila também.

Terminando de arrumar, nós voltamos para o apartamento do Kiyoomi. Ele coloca a mochila no sofá ao lado da dele e vai para a cozinha.

— Vou fazer um chá para você. Não é muito gostoso mas você vai melhorar com ele.

O perigo entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora