24. ℳ𝒾𝓎𝒶

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Entrando em casa fecho a porta meio atordoado. Aquelas menininhas são adoráveis.

E a mãe do Sakusa já me ama. Sou foda.

Pego o celular para ligar pro Osamu.

— Olá! — Cantarolo.

— Oi, Tsumu! Novidades?

— Preciso de atualizar de tudo. Aiaiai. — Suspiro. — O amor é tão bom né, Samu?

— Desembucha.

— Cavalo. — Murmuro. — Bom... Eu e Omi falamos que nos amamos. Só isso. — Começo a checar as unhas. — AH! E nós também fizemos coisinhas. — Dou uma risada travessa.

— Que bom que sua vida amorosa finalmente não está mais na vala. E eu realmente não quero saber dessas "coisinhas" que você fez.

— Nossa o que eu fiz para merecer um irmão tão imbecil. — Lamento sendo exagerado.

Ouço Osamu rir um pouco e depois ele diz que estava brincando e que queria saber como tudo aconteceu — deixando bem claro que eu poderia pular a parte da transa. Contei desde quando mamãe chegou e aconteceu aquele lance todo com Koji. E segui contando sucessivamente.

Osamu também conta como está a vida dele com Suna, que agora aparentemente era seu noivo. Surtei e dei um chilique de felicidade. E obviamente me convidei para ser padrinho. Omi seria meu par, claro. Ele falou que prefeririam casar do cartório, mas mesmo assim precisam de pelo menos dois pares de padrinhos (de cada família) para acompanhá-los e assinar os papéis.

— Contou para a mamãe sobre isso? — Pergunto.

— Não. Mas depois que casar eu conto. — Ele fala com descaso.



No dia seguinte eu e Omi saímos no mesmo horário. Volte' meia temos esses encontros. Nos aproximamos e ficamos meio sem jeito — ou eu fico meio sem jeito. Sakusa rola os olhos e me puxa para um selinho.

— Bom dia. — Ele diz enquanto colocava a máscara no rosto.

— Bom dia. Vai me dar uma carona?

— Não. — Omi responde se afastando. Eu faço um bico. Não consigo entender se ele está sendo irônico ou não.

— Mas está chovendo.

— Obvio né, Miya. Não vou te deixar andando por aí na chuva.

— Ei, acordou de mal humor?

Pergunto e Sakusa respira fundo. A porta do elevador se abre e ele pega o celular e eu vou abrindo o guarda-chuva para não nos molharmos no caminho até o carro. Quando acho que não vai dizer nada para mim, ele me mostra uma foto da sua mãe e as gêmeas parecendo se divertir em frente a roda gigante iluminada já que estava a noite.

Olho para seu rosto tentando procurar um justificativa e tudo o que eu vejo é um bico gigantesco no seu rosto como um bebê.

— Está com ciúmes delas terem ido sem você? — Pergunto sem saber, mas obtenho a resposta quando ele vira o rosto desligando o celular. — Não creio...

— Fica quieto. Não diz nada. Já é humilhante demais. — Paço um braço em torno do seu ombro lutando fortemente para não rir. Ele me olha de canto. — Atsumu eu juro que se você rir...

— Quem está rindo? Eu não estou. — Chegamos ao carro e entramos rapidamente quando Omi destranca as portas.

— Mas quer.

— Bom... — Eu tento me acalmar. — É que nunca imaginei que você teria ciúmes da mamãe. — Falo como se estivesse me comunicando com um bebezinho bem fofinho com aquelas vozes ridículas.

O perigo entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora