14. ℳ𝒾𝓎𝒶

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Eu me declarei para o Sakusa (?)

...


EU ME DECLAREI PARA O SAKUSA.

Quer dizer, foi uma declaração mais ou menos, porque falei que sentia "coisas", não especifiquei nada porque tipo... eu não sei. 

Preciso muito descobrir isso logo, se não vou surtar.

Quando cheguei no apartamento a primeira coisa que fiz foi ligar para Osamu.

Não me importava se era 23:00 da noite. Nem que provavelmente ele estaria dormindo. E nem que iria parecer que eu estava em um estado lamentável (apesar de eu estar em um estado lamentável).

— Samu? — Digo fazendo meu drama com a voz chorosa.

— Tsumu? Tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa? — Ele perguntou. Quase fico com pena por seu tom preocupado. Quase. Mas decido ir direto ao ponto.

— Me declarei para o Om- Sakusa. Me declarei para ele.

— Você o que?! — Ouço ele cair da cama e Suna falar alguma coisa.

Eu rio e começo a contar tudo o que aconteceu. Desde o acampamento até hoje.

— Não entendi o problema. — Ouço Suna falar no fim.

Osamu maldito deixou no viva voz.

—  Como não?! — Pergunto gesticulando com as mãos. 

— Vocês são do mesmo time, tá e daí? — Ele falava entediado. — Se não quiserem explanar pra todo mundo, deixe isso apenas entre vocês. Assim fica mais... divertido. — Ele diz e pude sentir que estava sorrindo. — Além disso, eu e Samu também éramos do mesmo time. 

— Mas é diferente. — Faço bico. — Sem querer me gabar, mas faço parte de uma potência quase mundial. 

 Mas ainda sim, o que de pior poderia acontecer se você e... Sakusa (?) tivessem um rolo. É só saber separar o profissional do pessoal. Essa é a parte mais difícil, mas se ambos realmente quiserem, ambos fazem acontecer. — Suna finaliza.

Fico irritado com o jeito que ele facilita situações que na minha cabeça eram gigantescas. Que ódio.

— Obrigado Suna, você é de grande ajuda para minha paciência. — Osamu diz. — Agora que sua sessão de terapia já foi, poderia por gentileza me deixar dormir?

— Claro, Samu. E obrigado cunhadinho, foi muito útil seu conselho.

— Disponha. — Ouço sua voz afastada e então desligo.

Fui dormir pensando nisso.

Talvez não fosse tão mal.

Além do mais, posso usar métodos... baixos, para ele fazer o que eu quiser. 

Sei que ele vai fazer, afinal... sou eu. 


No dia seguinte, em quadra, pratico o conselho que Suna me deu. E Kiyoomi surpreendentemente parece gostar.

Nesse momento estávamos no elevador do prédio. 

Ele tinha acabado de me dar um fora, mesmo que tenha pedido para ele sair comigo em uma noite linda, geralmente isso da certo, mas lembrei que estava falando de Sakusa, o ser mais complexo que conheço. 

Agora eu vou ter que pagar um jantar para o Osamu e Suna.

Droga.

Achei que ia ser o momento perfeito. Achei que ele fosse aceitar.

O perigo entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora