um perfeito cavalheiro (I)

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Dois dias depois então, Jake estava livre da cama oficialmente. Lilyan perdeu a conta de quantas vezes ele gritou feliz por isso, e pretendia voltar para Londres no próximo dia.

E foi o que ele fez. Despertou logo cedo enquanto se arrumava e dava instruções a Lilyan sobre o que eles fariam quando chegassem pois tinham muitos bailes, mas ela estava destraída nós pensamentos olhando pro nada e apenas resmungando em confirmação.

— Lily, você está bem? - perguntou Jake parando de por os sapatos para olha-lá.

— hã? - perguntou ela, balançando a cabeça e despertando - estou, sim. Só um pouco cansada

Ele não acreditou, de fato. Terminou de colocar os sapatos e se levantou seguindo para frente da irmã.

— por que você não fica? - perguntou

Ela ergueu o olhar com a sombrancelha arqueada.

— Não Jake, não eu não posso... - disse ela olhando prós lados.

— e por que não? - perguntou o irmão, ainda olhando para ela.

— porque papai espera por mim - disse ela - porque espera me casar, e participar dos bailes. Vocês precisam de mim... Eu não quero desaponta-lo.

— não vai! - disse ele - fique um tempo, eu vou conversar com ele. E se decidir voltar será por conta própria! Tome alguns dias pra você, irmã.

Ela não soube o que dizer. Mas sorriu e sentiu seus olhos se encherem d'água.
Então ele foi, com um beijo em sua testa a carruagem saiu rumo aos portões de Baxter Hall.

Ele se foi. E ela estava em casa.

~

Foi uma semana maravilhosa, relaxante e ela nunca havia se sentido mais livre realmente. Mas estava começando a achar que deveria voltar pra casa, ninguém tinha induzido a isso. Na verdade, eles até enviaram cartas apenas informando com as coisas estavam lá e contando novidades, o que era... Diferente?

Mas mesmo assim, talvez estivessem precisando dela.
Ainda sim, não tinha tomado uma decisão concreta ainda, estava pensando e aproveitando os últimos momentos ali.

Então veio outra semana, e mais outra, e então cartas, e mais outra. Até que estivesse oficialmente a três semanas longe da sociedade Londrina. Decidiu que era a hora certa para voltar, porém em plena quinta-feira avjou melhor voltar na sexta, ou até mesmo sábado.

Então sentou, para responder a carta do irmão.

~

— Dimitre Dragoner, devolva minha escova de cabelo agora mesmo! - gritou Ginny com o irmão mais velho, que estava na porta de seu quarto, sorrindo largo e avidamente.

— só se você me contar o que Clarice estava fofocando com Sarah ontem a noite! - disse ele erguendo os braços, já que ela se esticava para tentar alcançar - te dou uma recompensa se contar.

— eu não posso! - gemeu a garota, tentando não fazer os próprios desejos desistirem de pegar a escova - eu prometi que não contaria a ninguém.

— Não vou contar que você contou! - disse ele, ainda com as mãos erguidas.

Ela fez uma careta, em seguida, um bico e uma cara triste.
Dimitre desviou o olhar, para não ter pena.

— não, Ginny, pare já com isso! - disse ele, sério - eu não vou voltar atrás com o que eu quero!

Disse ele decidido, mas ela não se abateu, permaneceu como estava. Cabisbaixa cada vez mais.

— por favor não me obrigue a contar, eu não quero ser a dedo duro! - implorou a mais nova, encostando na parede.

— ah, que saco! - gritou ele devolvendo a escova e saindo do quarto emburrado. Agora só tratava dele descobrir o que era.

Ou, até mesmo o destino quisesse contar.

— pessoal! - ouviu a voz de seu pai, enquanto tocava o sino da entrada. Ele fazia isso quando queria a presença de todos - preciso falar com vocês.

E de longe. Papéis na mão.

~

Eram quase dez da noite quando Lilyan terminou de jantar, mas estava com preguiça de levantar e ir para seus aposentos.
Então ficou mais um tempo, conversando com os empregados, e brincando com o que tinha na sua frente, ou com a lâmpada que transmitia a luz naquele lugar...

Mas se cansou, a chuva tinha começado quieta e aumentará durante seu período ali na cozinha, junto com ela, o sono e olhos pesados.
Lilyan se levantou, colocando a cadeira para dentro da mesa.

— Boa noite iris, Boa noite George - se despediu dos empregados.

Embora eles não morassem mais ali, porque a família Dragoner se mudou. Eram do vilarejo a volta, e ficaram de ir para lá cuidar de vez em quando para caso a família decidisse voltar.

Como em encontros, ou nas férias mesmo que iriam, afinal não iram vender a casa. Era uma tradição como bem disse.

Ela estava pronta para subir as escadas quando ouviu a campainha soar. Franziu a testa e olhou para a porta. Quem seria está hora e na chuva tão forte

George se aproximou para abrir a porta mas ela acenou, negando com  gentileza.

— tudo bem, eu atendo - sorriu e ele assentiu se retirando mais se mantendo perto.

Lilyan foi até a porta e puxou a tranca para abri-la.
A pessoa estava encapuzada, molhada, seus cabelos pingava. A pessoa tentava limpar os pés no piso da parte de fora, o olhar para baixo.

Mas assim que ele levantou a cabeça...

— olá senhorita Dragoner - murmurou a voz.




Culpa do amor - Anthony Bridgerton - 1° Livro  Onde histórias criam vida. Descubra agora