Opostos, mas nem tanto...

05. Borboletas no estômago...

"É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida, quanto dizer que um violinista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música".

Honoré de Balzac

"O amor é a força mais sutil do mundo"...

Mahatma Gandhi.

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Ilha do Arraial: cofre secreto do laboratório subterrâneo da doutora Júlia Zaccarias...

  Preso em sua cela, há não sei quantos anos, Marcos só podia contar com o apoio de Eron, um mutante que se comunicava com o mesmo telepaticamente, o ajudando no que podia, mas sem aparecer de corpo presente para ele, já que assim como Marcos, Eron também era um prisioneiro de Yoolie, estando em uma das celas do cofre secreto, e há mais tempo, que o mesmo, bem na verdade. O maior sonho de Marcos era sair daquela maldita cela, e finalmente conhecer os seus pais, e assim quem sabe, descobrir o seu verdadeiro nome, que sem a menor sombra de dúvidas, não era Marcos, e nem poderia ser, já que isso com certeza, era mais uma das mentiras de Yoolie, para ele. Marcos estava simplesmente farto de todas as mentiras de Yoolie, sendo que, a principal delas, era a que loira lhe dizia, que era, a sua mãe, e isso, não podia ser verdade, e nem era.

  O jovem de olhos verdes, muitas vezes tinha a capacidade de mudar a cor dos seus olhos, os deixando com qualquer coloração, isso quando estava entediado. Ele preferia deixar os seus olhos verdes, ou então azuis, isso também dependia, e muito, do seu humor, e estado de espírito. E como ele vivia entediado, como um prisioneiro, era mais do que natural, que o mesmo usasse alguns dos seus poderes para se distrair, já que não podia usa - los, para se libertar da prisão onde vivia, desde que o mesmo se entendia por gente, por assim dizer, bem na realidade. Marcos estava tão envolvido em seus próprios dilemas e problemas, que quase nem percebeu a presença de Yoolie em sua cela, a frente dele, mas bastante distante do mesmo.

- Da última vez que estive aqui, você tentou me atacar - Diz Yoolie com um ar de superioridade - Espero, que tenha aprendido a lição, já que sempre que me vê, e eu me aproximo de você, bem - Um sorriso sádico surge em seu rosto - Você me ataca ou tenta fazer, e no processo disso, sempre deixa hematomas no meu corpo, tal qual, a sua mãe.

- Minha mãe? Como assim? Eu não entendo você, Yoolie - Ele estava surpreso, perante a mansão a sua mãe, que o mesmo nem sabia quem era, ao certo, na realidade - Você me disse que não conheceu a minha mãe, no que eu devo acreditar, então, se tudo que me diz é mentira, e até mesmo você acaba se contradizendo em sua própria teia de mentiras? Vamos, me responda isso, se você for capaz, é claro.

- Você continua petulante, arrogante, e abusado, apesar de todos os castigos e punições, que lhe apliquei - Respira bem fundo, antes de continuar - E antes que eu me esqueça, para o seu próprio bem, esqueça, que eu mencionei sua mãe, aqui e agora.

- Eu nunca vou me esquecer disso, pode acreditar, Yoolie - Diz Marcos com muita ira mal contida em seus lindos olhos verdes, tão iguais aos da mãe dele, que o mesmo nem sabia quem era de verdade - Até porque, um dia, eu ainda irei saber quem são os meus pais, e os conhecer, nem que seja a última coisa, que eu faça nessa minha vida, sua velha cretina.

- Você pode me xingar o quanto quiser Marcos, eu não ligo - Diz a loira, com um ar quase diabólico, após atirar nele com dardos de Zaccarita, pronta para o punir mais uma vez - Mesmo porque, se depender de mim, você nunca irá saber quem são os seus pais, que, para todos os efeitos, estão mortos e enterrados, meu não tão doce, e ingênuo, menino.