28. Não sabemos onde tudo isso vai parar...

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"Mas eu amo você. Só queria terminar dizendo isso. Eu amo você. De verdade".

Tati Bernardi

"Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chega a apertar o coração: é o amor"!

Carlos Drummond de Andrade

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Ilha do Arraial: Túneis subterrâneos...

  Tati e Eugênio estavam em mais uma missão de campo na ilha do Arraial, só que dessa vez nos túneis subterrâneos, só que nem isso, fazia com que eles se reconciliarem. Eles nem amigos pareciam que eram mais, agindo como se fossem apenas meros conhecidos, colegas de trabalho por assim dizer, e nada além disso. O ânimo dos dois não era dos melhores, principalmente quando começou a parecer que eles estavam andando em círculos, e isso há horas, sem no entanto, sair do mesmo lugar. O que por si só, já era mais do que deveras preocupante para ambos.

Mesmo sabendo que Tati sabia, e muito bem, se defender, Eugênio era capaz de tudo e mais um pouco, para a proteger de qualquer perigo. Ainda mais sabendo o quanto a mesma tinha medo da ilha, por conta dos pesadelos que vinha tendo com a mesma.

- Não se preocupe Tati - Diz Eugênio com duas pistolas de raio laser, criadas por ele mesmo, em sua cintura, uma em cada lado dela - Não se preocupe que eu não vou deixar nada de mal te acontecer, irei te proteger, com a minha vida, se necessário, eu juro isso a você, Tati.

- E quem disse que eu preciso da sua proteção? - Nisso, ela escuta um barulho e acaba se subindo em Eugênio até os braços dele, o mirando bem nos olhos, até constarem que o barulho não era nada - Desculpe por isso, não foi minha intenção, e você pode me soltar agora, é... Por favor?

- Queria não ter que fazer isso, mas tudo bem - Ele a coloca delicadamente no chão - Se é isso o que você queria, está feito, eu te soltei Tati.

- Não comece a agir, como se você se impoetasse comigo - Diz ela voltando a bancar a durona - Mesmo porque, é da água com chuchu da Pilar que você gosta, e não de mim, que eu sei.

- Você está supondo erroneamente agora Tati, isso não passa de uma grande inverdade, uma mentira sem tamanho, e o pior de tudo, Tatiana é que... - Começa ele - O pior de tudo, é que você acredita nela, como se fosse mesmo uma verdade absoluta, o que, por certo, não é e nunca será o caso, e você saberia disso, se, de fato, me conhecesse tão bem, como julga conhecer, Tati.

- Não pense que falando difícil assim, você vai me dobrar - Diz ela ficando de costas parao mesmo, incapaz de encarar o loiro nos olhos - Sendo que, eu sim te amei de verdade, pena que não posso dizer o mesmo de você.

- Me amou? - Fica de frente para ela, mais uma vez - Então não me ama mais? É isso? Pois fique sabendo de uma coisa, eu não te amei - A enlaça pela cintura - Eu ainda te amo.

Eles então se beijam apaixonadamente, como não faziam há dias, e por puro orgulho, e isso de ambas as partes. Principalmente da parte dela.

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Continente: Centro de São Paulo, em uma das casas mais belas da cidade...

Ano 1940

Mesmo vivendo em São Paulo há mais de cinco anos, Felipe e Alice Santos Fischer se preocupavam com as pessoas que deixaram para trás na Polônia, em tempos muito difíceis. Tempos esse que se seguiram logo após o holocausto no ano de 1933, Alice era judia, mas Felipe não, ele era alemão, mas tinha descendência italiana. O amor deles era impossível de ser vivido na Polônia, e os mesmos fugiram de lá, antes que fosse tarde demais para eles, e isso logo após uma visão de Alice, que estava grávida do seu primeiro e único filho, Mauro, que teria cidadania brasileira, nascendo no Brasil, que estava sob o governo do presidente Getúlio Vargas, que para uns era um herói, um homem de grande visão, e a frente do seu próprio tempo, mas que para outros, simplesmente não passava de um tirano excêntrico.

Opostos, mas nem tanto...Onde histórias criam vida. Descubra agora