Opostos, mas nem tanto...

09. Nascemos um para o outro, e só você não vê isso...

"Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que há falta de amor".

Vladimir Maiakóvski

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Ilha do Arraial: cofre secreto do laboratório subterrâneo da doutora Júlia Zaccarias...

Thomas está na cela de Marcos, que na verdade, se chamava Valentim Santiago, sendo ele, o filho perdido de Samira Mayer e Beto Montenegro. Thomas gostava, e muito, de torturar o jovem de olhos verdes, que era uma mistura dos seus pais. Ao passo que Marcos odiava cada dia mais, um dos seus maiores algozes, Thomas Hobbes, que era um dos maiores tiranos de todo o universo. Ao menos era assim, que Marcos pensava, já que sofria na própria pele, as atrocidades que o mesmo era capaz de cometer. Thomas gostava de torturar Marcos, principalmente psicologicamente, sendo o mesmo, um grande perito nesse método de tortura.

Thomas estava há uma distância segura de Marcos, pois mesmo com os seus poderes limitados, o mesmo era muito forte e perigoso. E como Thomas não era nenhum idiota, se mantinha o mais longe possível, do humano geneticamente modificado, que o mesmo, tanto desprezava, e considerava inferior a ele, e aos seus, mesmo sendo apenas um clone mais jovem do verdadeiro líder reptiliano, Rowan Samir. Marcos por sua vez, não tinha mais medo de nada, e muito menos, das torturas de Thomas, que para o mesmo, já não significavam mais nada, e nem tão pouco, tinham o menor efeito sobre ele.

Marcos sentia vontade de atacar Thomas, como já fez muitas vezes no passado, só que não podia, pelo menos, por enquanto. Com um olhar de tédio, Thomas se aproxima cada vez mais de seu prisioneiro, já sabendo que, era só uma questão de tempo, até que, o mesmo não pudesse mais torturar o humano geneticamente modificado a sua frente. Já que talvez, muito brevemente, Rowan se recupere, e volte ao seu antigo cargo, como o líder dos reptilianos.

- Suponho que você veio aqui, apenas, para me torturar de novo - Diz ele, cinicamente - Ainda mais agora que sei da existência de Sayuri Rafaela, e que ela é minha prima.

- Até que para uma mera cobaia, um ratinho de laboratório, você é bem esperto - Começa Thomas - Pobre menino tolo, logo você se esquecerá da existência dessa prima, e tudo o mais, que pensa que sabe, acerca dos seus pais, e isso, eu mesmo, te garanto, meu caro e tolo, Marcos.

- Não tenho medo das suas ameaças, nunca tive - Diz o mesmo, erguendo o seu queixo desafiodoramente e orgulhosamente - Mesmo porque, sei que o seu tempo aqui na Terra, é ainda mais limitado, que o meu, e você também sabe disso, bem mais do que eu, até, seu ser sem alma.

- Pequeno verme - Diz Thomas com um sorriso sádico - Logo você pagará por todos esses insultos - Diz ele com a sua arma de eletrochoque em mãos, e com um sorriso sádico - Até porque, você merece tudo o que já passou, e ainda vai passar por culpa da sua maldita família, eu lhe juro que vai, meu pequeno ratinho.

- "Tudo isso ainda vai passar, eu sei que vai" - Diz Marcos em pensamento, sendo tortutado por Thomas e a sua arma de eletrochoque - "Já que tudo nessa vida passa, até mesmo, essa minha dor, e o meu sofrimento, que parecem, não ter fim".

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Continente: São Paulo, Guarujá, chácara das flores...

Érica e Guiga estavam vivenciando uma crise mais do que severa em seu casamento de um pouco mais de quatro anos, sendo que ela por ser meio bionica, não pode ter filhos. Guiga não se importa muito com isso, bem ao contrário de Érica, que gostaria, e muito, de ter um filho do homem que ela amava. Apesar do mesmo, parecer não se importar nem um pouco com isso, o que a deixava um pouco mal, mesmo ela considerando, a Ângela, a Clara, o Eugênio e o Vavá, como os seus filhos do coração, só que ela queria muito, poder gerar um filho no seu ventre, amamentar, e tudo mais, só que isso, não era mais possível.