Opostos, mas nem tanto...

23. Nunca ainda é muito tempo...

"Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela. Você nunca será minha, e por isso terei você para sempre".

Paulo Coelho

"O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem".

Antoine de Saint-Exupéry

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Ilha do Arraial: laboratório subterrâneo e secreto da doutora Júlia Zaccarias, Concentração...

Janete estava presa há tanto tempo em sua cela, que mal sabia quantos anos haviam se passado desde que a mesma foi capturada pelos reptilianos. Ao seu lado agora estava uma garota muito parecida com a Juno, só que de cabelos pretos, o seu nome era Valentina, e mesmo aparentando ter uns dezoito anos, na verdade, ela era apenas um bebê de poucos meses. Janete logo percebeu que a garota ao seu lado, era na verdade filha de Lucio e Juno, sendo a mesma irmã mais nova de Valente, o viajante do tempo. Meses se passaram, desde que Valentina nasceu e foi roubada dos seus pais, pela doutora Yoolie Petrova Smirnorv, que na verdade, não passava de mais uma nova persona da geneticista Júlia Zaccarias. Valentina parecia ser uma garota de bom coração, e de fato, ela era mesmo, só que tendo tão tenra idade, não sabia de muita coisa, ainda mais, levando em conta o seu crescimento acelerado. Sendo que p crescimento dela era ainda mais acelerado do que, o dos seus pais, e o do seu irmão mais velho.

Só de olhar para Valentina, Janete sentia que a sua nova colega de cela, era uma boa pessoa, e pelo olhar triste da mesma, ela sabia muito bem quem era, e justamente por isso, desejava estar do lado de seus pais, avós, e também do seu irmão mais velho. Valentina tinha os poderes dos seus pais, e mais alguns, que ainda estavam se desenvolvendo, e justamente por isso, a mesma sabia que podia confiar na Janete, a mutante com o dom da clarividência, e o poder de controlar os poderes dos outros mutantes, além de humanos, controlando suas mentes.

- Eu não sei de muita coisa, já que deveria ser apenas um bebê, no entanto aparento ter uns dezoito anos, até mentalmente eu tenho essa idade, e sinto isso - Começa Valentina, mirando Janete bem nos olhos dela, com uma certa melancolia - O ponto é que, fizeram os meus pais se esquecerem de mim, e não apenas eles, para que assim, ninguém mais se lembrasse de mim, assim que eu sumi, meses depois do meu nascimento, eu sei o que eles querem de mim, e não quero participar dos planos deles, de jeito nenhum, mas também não sei como fugir daqui, e me desculpe se eu falo demais, é que estou com medo, e não sei o que fazer para sair daqui, dessa maldita cela, onde nós duas estamos, Janete.

- Tudo bem Valentina - Diz Janete entendendo perfeitamente, os pontos de vista da mais jovem - Já que sei exatamente como você se sente, pois estou aqui nessa cela, há muito mais tempo do que você.

- Ora... Ora... Ora... Se não são as mais fracassadas da nova concentração de mutantes - Era Dalila, a mesma era filha de Janete com Titanium - A mim você nunca pôde dar amor, e olha, que eu sou sua filha, mas a essa estranha, você trata com carinho e ternura, enfim, a hipocrisia.

- Eu não te considero como minha filha, para mim você não passa de um erro, Dalila, sendo o fruto de uma violência, e não de um grande amor, e você sabe disso - As palavras de Janete magoaram Dalila, apesar dela não dizer nada a sua genitora - Portanto apenas pare com esse seu cinismo, garota, mesmo porque, ele não funciona nem um pouco comigo, e nem tão pouco lhe cai, lá muito bem, diga - se, de passagem.

- Você ainda vai se arrepender de todaa essas suas palavras - Diz Dalila trincando os dentes com bastante força, de raiva - De cada uma delas, ou eu não me chamo, Dalila.