Asas do Mal - Nova Geração

🌹Prólogo🌹

- Parabéns! - Ada diz e me curvo. Volto a olhar para a guardiã e em seguida me curvo para Faruk. Ele se aproxima e me entrega uma condecoração.

- Seu gesto não será esquecido. - ele diz e assinto. Sorrio. "Não será..."

Cinco anos atrás, se iniciou uma investigação para saber o mandante sobre la sequestros de diversas criaturas místicas, as quais foram mortas por bruxos, escravizadas por ogros, aprisionadas por tritões ou vendidas para estrangeiros. Durante cinco anos a investigação perdurou, mas obviamente não conseguiram chegar a raiz do problema, apenas a um codinome. Mister A.

Graças as várias tentativas para encontrar os responsáveis por tais atrocidades e o objetivo de diminuir os desaparecimentos, Faruk instalou uma lei para proteção a informantes, graças a isso ele conseguiu descobrir que seria impossível chegar ao causador de todo o mal, já que as memórias estavam sempre corrompidas.

Faruk instalou outra lei a um ano atrás para ajudar a encontrar o culpado de tais atos, aquele ser místico que trouxesse o responsável seria promovido ao cargo que quisesse dentro do castelo.

Diante disso, resolvi dissolver meus negócios e entregar o bruxo mais influente dentro do meu meio, claro que não foi fácil capturar ele, mas no fim, entreguei ele a coroa como o conhecido Mister A. Alterei sua memória e o fiz crer que realmente era o Mister A.

Entreguei memórias minhas ao bruxo ao ponto dele esquecer quem realmente era. Apenas um cliente.

Graças a isso, ganhei a oportunidade de subir de cargo, de um mero guarda real, para pertencente ao batalhão de Téo e substituto dele em casos extremos, já que pela imensa sorte, Raiden, seu antigo sucessor morreu.

- Obrigado pela oportunidade Guardião, não irei decepcionar. - digo e Faruk me olha com curiosidade.

- Assim espero. - ele diz. Minha ancestralidade é coberta com magia, justamente para que Faruk não descubra que assim como ele, sou metade bruxo.

Diferente dele, não tive a sorte de ter anos e anos ganhados. Uma hora, os vivos devem morrer e Faruk deveria estar morto a mais de quinhentos anos, não era para a geração de Ada existir e nem seus filhos. Infelizmente, o destino esteve a favor deles por todo esse tempo e agora vivem um conto de fadas inexistente.

Não existe felizes para sempre e eles precisam morrer em algum momento para que eu prove que mesmo os mais fortes em Pearl, podem morrer.

Assim como minha mãe morreu quando foi encontrada por um dos alados. Drake matou minha mãe ao achar ela em um dos rituais. Ela mesma me disse que eu deveria permanecer sempre escondido até terminar e assim fiz. Esperei até ele se afastar levando a ninfa e corri para ela, a tempo de ver ela tossir sangue e morrer em meus braços quando tinha apenas oito anos.

Meu pai? Um alado que erróneamente se apaixonou por uma bruxa, mas fora morto por ela mesma. Minha mãe me ensinou algo sobre minhas asas, elas me fariam ser eternamente um subordinado dos guardiões e eu não poderia escolher entre viver livremente como ela, mas que ela me daria os anos necessários e a força para isso.

Ela não fazia os rituais para ela mesma, mas todos os corações eram devolvidos a mim, então passei o restante dos anos até então, perpetuando minha própria existência.

Diferente de outros bruxos que mantém a juventude eterna consumindo corações de moças puras, eu devo consumir eles para permanecer vivo.

Minha maldição foi nascer metade alado e depois da primeira vez que corrompi minhas asas ainda em minhas costas com a traição da coroa e meu consumo de almas, acabei doente.
Todo ano, no aniversário de morte de minha mãe, devo matar alguém e ter seu coração, ou simplesmente começo a definhar.

Me afasto dos guardiões e saio do salão. Passo pelos comandantes e me curvo. Téo estende a mão.

- Seja bem-vindo. - encaro sua mão por um momento. Seguro ela e solto novamente, sorrio para os três e encaro Drake por um momento. "Sua vez vai chegar..." Saio do salão e alço vôo.

Vôo o mais alto que posso e olho novamente para baixo. As duas florestas fazendo complementaridade uma a outra. A escura floresta a qual cresci sozinho e a floresta verde e convidativa cheia de ninfas mágicas que mantém a vida.

Me pergunto em que momento no passado, a floresta enganosa foi abandonada e amaldiçoada para que começasse a transparecer dor e respirar seu bafo quente sobre os habitantes.

Me mantenho no céu e encaro as nuvens pouco densas. Desde que o bruxo foi capturado e morto, Faruk parece mais alegre, já que o céu cinzento e o ar frio que eu tanto amava agora se converteram em horas de raios de sol sobre Pearl.

Encaro o vilarejo abaixo e sua estrutura em pedras tão bem feita em determinados pontos e sua pobreza exposta com casas mal construidas em madeira velha em outros pontos.

Vôo mais baixo sobre a floresta verde perto do vilarejo e me afasto aos poucos sobrevoando as copas esverdeadas. Deixo o vento passar através de mim enquanto baixo sobre um rio com águas violentas. Sobrevôo sobre ele e vejo um arco-íris no pé da cachoeira que segue em frente. Subo mais e vôo mais alto até ver distante a floresta verde.

Vôo em direção ao vilarejo e baixo na área mais bem estruturada. Abro o portão de madeira e entro, subo as escadarias de pedra e abro a porta da casa que agora moro.

Entro e me sento sobre o sofá grande. Pego o álbum sobre a mesa e abro. Tem desenhos que fiz. Entre eles, o rosto de minha mãe como posso me lembrar. "Com paciência, esperarei o momento de maior alegria para que Pearl fique órfã de seus guardiões..." 

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Dêem as boas vindas ao vilão dos próximos livros.

Ele terá sua própria história também.

^-^

Aliás, ele vai encerrar definitivamente a saga anterior e essa.

Novos capítulos a partir do dia:

01/01/2023