🌹 Capítulo 16🌹

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🌹Me Parem!🌹

Assinto.

"É bom..."  Engulo seco.

_ Faruk não te odeia as vezes? - pergunto ignorando o nó na garganta de repente. Ela me olha e dá dois tapinhas na minha mão antes de soltar de vez.

_ Ele sente muitas coisas por mim, mas odiar é forte demais. - ela diz e acabo sorrindo.

_ Eu invejo vocês. - digo e me dou conta do que disse logo em seguida. Pisco vezes seguidas.

_ Tuli e você seriam muito felizes. - ela diz e queria poder dizer que não poderíamos viver mais de um ano juntos porque eu precisaria de corações, mas seria me entregar como o causador de tudo e por mais que ela goste de um clima diferente, definitivamente, seria muito diferente para aguentar.

_ Por que eu? Me pergunto às vezes... - ela suspira.

_ Olha Zur... Eu me perguntei isso diversas vezes, porque passei as melhores e piores fases da minha vida com perdas e presentes. Conhecer Faruk foi horrível e ao mesmo tempo eu descobria o mundo mais encantador de todos, além de ganhar esse belo par de asas. - ela diz e move levemente as asas que descansam no chão. _ Quando eu conheci o amor e quis viver cada instante com Faruk, fui jogada em um buraco e passei por todos os tipos possíveis de violações... Prisioneira e torturada por tempo suficiente para esquecer que era um ser vivo digno de viver... Quando descobri que estava grávida, eu estava há séculos antes de nascer viajando no tempo porque Faruk deu a louca e quis ir passear no jardim de almas! - ela começa a se indignar. _ E aí teve uma guerra que ninguém nem acredita muito e acha que imaginamos, porque são poucos os que contam... Nós ganhamos a guerra e eu perdi meus melhores amigos. - ela vai mudando de expressão a cada parte contada. _ Meus bebês estavam indo bem até tentarem matar eles quando eram bebês, depois um bruxo tentou matar a gente e vi meus filhos chorando horrores e que cena traumática para uma mãe... - ela bufa. - Aí eu fui sequestrada porque eu descobri que estavam usando meu povo de cobaia, depois de tudo meus filhos lutaram uma guerra do lado humano e era humano querendo nossas cabeças e umas versões de vampiro com zumbi não sei o quê... - ela me olha e para de falar. _ Você não está entendendo mais nada, não é? - balanço a cabeça. _ Em resumo, por que eu? - dou de ombros. Ela assente. _ É isso aí... Algumas vezes não existe uma resposta. Talvez o lugar errado e na hora errada, talvez um não dito no lugar do sim ou talvez fosse para ser exatamente dessa forma e nós que temos a mania de ficar se perguntando... - ela suspira. _ Porque o Petrus morreu? Porque a Pandora não  pode ter filhos? Porque a Kate vive em uma jaula enorme e cuida de crianças que também sofreram? E porque elas sofreram e tiveram que ser expostas à maldade tão cedo? ... A questão Zur, é que todos temos a mesma pergunta na mente. Por que eu? - ela me olha e assinto.

_ Mas ainda dói... Quer dizer, é justo cada um querer vingar a nós mesmos, certo?! - eu realmente entendo que não sou o único que sofre, mas ainda sinto raiva e ainda quero ser justiçado!

_ Dói muito mesmo! Mas a diferença entre alguém que se vinga e outro que não faz nada disso é simples...

_ Eu não quero saber a diferença, ainda dói e por isso eu quero ser justiçado. - ela arquea as sobrancelhas.

_ Justiça... Mas você está dizendo que justiça e vingança são o mesmo? Zur... A diferença entre alguém que se vinga e aquele que não faz nada é simples. Amor. E quanto a justiça... A justiça é ver que ninguém ao seu redor está sofrendo como você porque dói e por doer que a justiça é não se vingar. - as palavras de Ada me fazem querer socar a cara dela.

_ Então porque tem um calabouço nessa droga de castelo e vocês torturam e matam seres místicos? - grito. Ela fica em silêncio por um tempo e olho para seu vestido baixando o olhar ao ver que gritei com a suposta grandesissima rainha e blá blá blá.

Asas do Mal - Nova Geração Onde histórias criam vida. Descubra agora