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🌹 Fazendo Bebezinhos 🌹

Fungo e olho para Tuli, ela torce o pano na água e coloca na minha testa outra vez.

- Que constrangimento... - resmungo e ela sorri.

- Deveria me agradecer. - ela diz e reviro os olhos.

- Pareci uma criança quando avisei Teo sobre vir mais cedo para casa. - ela faz careta.

- Orgulho ferido não é agradável, mas que bom que veio e aceitou minha ajuda. - ela diz e encaro o teto do quarto. Volto a olhar para Tuli e foco nos movimentos dos cabelos prateados enquanto ela se move. Estendo a mão e seguro uma mecha, ela limpa a garganta e solto seu cabelo. Ela aperta as pálpebras.

- É educado pedir permissão para tocar uma ninfa, seja por simples curiosidade ou porque tem algo sujo. - ela diz e encaro seu rosto.

- Eu sempre achei curioso o fato de ninfas serem de cores tão gélidas se são consideradas tão acolhedoras e cálidas. - ela tira o pano da minha testa e acabo tossindo, sinto menos tremor e frescor no corpo depois de tantas vezes ter um pano meio frio passado nos braços e apoiado em minha testa.

- Apesar de sermos boas, algo sempre deve aparentar menos cor, certo? - ela pergunta e me encara. - Sua aparência é geralmente muito doce, mas quando abre a boca, é extremamente rude e faz muitas caretas assustadoras de mal humor. - olho ela com desprezo. "Sua sorte é que não vivo me alimentando de corações todo mês!" - Viu só? Agora está me encarando com uma careta. - suspiro e fecho os olhos.

- Me sinto melhor, pode ir. - digo e ouço movimentos, volto a abrir os olhos depois de instantes e não vejo ela mais e nem a bacia com o pano. Me sento na cama, abaixo as mangas do moletom e o retiro, coloquei ao chegar, mas não vejo mais necessidade. Volto a deitar e adormeço.

Acordo com o cheiro de comida e meu estômago ronca. Abro os olhos e noto a escuridão no quarto e a luz sutil da noite entrando pela janela. Me sento na cama vendo que suei muito, sinto meu corpo mais leve e apenas uma congestão nasal incomoda. Me levanto e caminho para o andar de baixo. Noto luzes e me surpreendo ao ver uma pequena e xereta ninfa em minha cozinha.

Ela coloca conchas de molho em uma tigela de porcelana e depois apoia no balcão e me olha com um olhar reluzente.

- Fiz uma sopa bem reforçada. - ela diz e abaixa a cabeça ficando vermelha. Olho para meu abdômen. "Estou em casa..." Caminho para a cozinha e pego os baldes, encho com água e sinto seu olhar em mim.

- Achei que tinha ido embora. - digo e passo por ela com os baldes. Subo e encho a banheira depois de algumas vezes, tomo um banho demorado e desço depois de estar vestido com uma roupa cômoda, acabo colocando uma camisa.

Encontro Tuli ainda na cozinha, ela me vê e aponta a tigela.

- Esquentei novamente tem uns minutos. - me aproximo do balcão e olho para a tigela.

- Não estou com... - minha barriga ronca alto o suficiente para me denunciar e acabo me calando. Tuli ri.

- Agora irei. - ela diz e caminha para a saída. Ela abre a porta da sala e respiro fundo.

- Obrigado Tuli... - digo e ela me olha por instantes.

- Por nada. - ela sai e fecha a porta. Olho novamente para a tigela e pego o talher, experimento a sopa e me surpreendo com o bom sabor. Acabo repetindo duas vezes seguidas e volto para a cama me sentindo satisfeito.

Adormeço e somente desperto novamente com o raiar do dia. Olho para a janela e vejo que não tem pássaros hoje. Me sento e sorrio. "Aprenderam!?"

Me levanto e me troco, visto a roupa da guarda e e sigo para o castelo, noto que a manhã está bem alegre e me atento as conversas ao redor. Mary abraça Pandora e elas parecem bem alegres. Me movo e acabo mudando de lugar na mesa. Me sento perto o suficiente para escutar a conversa delas.

Asas do Mal - Nova Geração Onde histórias criam vida. Descubra agora