19 - "Pareja"

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Casal

— Sarah, isso já está pronto? — Diego perguntou-lhe à porta da cozinha.

— Está quase, tem paciência.

— Os convidados chegaram.

— Brinca!

— Não estou a brincar, eles chegaram mesmo. Não ouviste?

— Não. — provou a salada — Entretém-nos. Só faltam uns minutinhos.

— Não queres ajuda?

— Não, está só a acabar de assar o peixe.

— Okay. — quando chegou à sala o pai estava a falar com o rapaz.

— O Diego convidou-te para jantar?

— Foi o que a Sarah me disse...

— Parece que a vossa relação de genro e sogro está finalmente a fructificar¹.

— Pois... A Sarah disse que ele já leu duas vezes o livro que lhe ofereci no aniversário e ninguém me tira da cabeça que vai fazer uso daqueles ensinamentos. — o avô da namorada riu-se.

— És engraçado.

— Eu estava a falar a sério, mas obrigado.

— Quem te ouvir falar — o sogro foi defender-se — pensa que te faço mal.

— Não, porque a Sarah não deixa. — deu um passo para trás ficando um pouco mais afastado dele — Mas vontade não deve faltar, todos os pais são assim.

— Como é que sabes? Quantas namoradas já tiveste?

— Antes da Sarah só uma, mas o pai da minha irmã também é assim com o namorado dela, com o Carlos.

— O pai da tua irmã não é o teu também?

— É uma longa história — a menina González apareceu e viu que o namorado estava incomodado com aquele tópico — que o Juan não vai contar agora, porque não vem ao caso e vamos jantar.

— Deixa o avô apresentar a companhia dele. — ela abanou a cabeça e olharam todos para o avô — Falando nisso, onde está ela?

— Foi ao carro buscar a carteira para não sermos roubados ou assim. — apontou com o polegar para trás, onde se via a porta apenas encostada.

— Ela? Quem é ela, avô? — Sarah aproximou-se do homem mais velho lentamente.

— Quando voltar ficas

— Voltei. — a senhora entrou sorrateira e fechou a porta antes de se virar — Oh, olá. Não estavas aqui antes...

— Não, estava na cozinha. — cumprimentaram-se com dois beijinhos.

— Deves ser a netinha adorada por quem ele se baba todo. — Sebastián coçou a nuca envergonhado e os restantes riram-se.

— Sim. Suponho que sendo a única só posso ser eu, não é, vovô? — apertou-lhe as bochechas e riu-se — Apresenta-a, vá!

— Bom, esta é a Rosa, a minha namorada. Sinto-me jovem outra vez a dizer isto. — sorriu como um adolescente e o filho riu-se — Esta é a minha netinha amada, Sarah, o meu filho Diego, e o Juan é o namorado da Sarah.

— Muito prazer. — a mulher sorriu para todos.

— Vamos jantar. Fui eu que fiz.

— Ainda bem, porque um jantar especial não pode ser deixado nas mãos do Diego. — o pai comentou e o mencionado olhou-o falsamente indignado.

Fiquei com um pedacinho teuOnde histórias criam vida. Descubra agora