'Oioi, Como estão mis amores? Adoro ler comentários💕 Boa leitura morimuras💌 ---
'Mariella's pov,
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- A esquisita chorona! - Cauã e seus amigos riram.
Meu colega de sala, por mais que bonitinho, é o inferno em pessoa.
Me abaixei para pegar meu celular, que caiu quando choquei contra o mais alto. Quando minha mão estava a centímetros de distância ele pisa com força na tela, e tem o prazer de esfregar o aparelho no chão.
- Uuuu... - Seus amigos riam.
Ainda estava abaixada. Meus nervos explodiam em minhas veias. Meu nariz chegava a tremer. Fecho minha mão com força, com intenção de não perder a cabeça.
Ele tirou seu pé de cima do meu celular e pude ver o estrago que ele fez.
- O que foi? - ele fez uma voz irritante e nem me dei o trabalho de levantar nem olhar para ele. - Vai chorar como fez ontem?
Ontem. Era o início dos jogos de interclasses na escola. E eu como uma amante do esporte, me inscrevi no vôlei de oitavo ano contra nono. Uma péssima ideia.
Eu sei jogar vôlei muito bem em qualquer posição, estou até no time titular mirim da cidade. E normalmente não jogo na escola pelo fato de ninguém gostar de mim aqui. Mas a ideia me parecia pela primeira vez tentadora.
E ontem foi o primeiro jogo. As meninas fizeram questão de não me deixar encostar na bola, entravam na minha frente, roubavam minha jogada, e quando me jogaram no chão, não suportei a raiva que mantinha dentro de mim. Saí correndo para o vestiário liguei o chuveiro para abafar meus soluços, e nem me importei em fazer barulho enquanto chorava encolhida no chão.
Só não sabia que estava sendo filmada por alguém.
- Quer mais alguma coisa? - Pergunto olhando para seu tênis.
- Que você desapareça, esquisita! - Ele me olha com desprezo.
Não consigo nem imaginar que um dia ele foi meu melhor amigo. Mas só até a irma dele, Duda começar a me odiar. Não sei o motivo, mas Maria Eduarda me odeia com todas suas forças.
- Mariella! - escuto a voz da minha mãe atrás de mim.
Os garotos a olham e saem me olhando de cara feia. Eles não iriam querer se meter com uma advogada.
Pego meu celular, me levantando ao tirar os pedacinhos de vidro de cima da tela.
- Eu sinto muito, minha joaninha... - Ela se aproxima acaricia minhas costas.
Eu sorri fraco olhando para o aparelho. Sempre me perguntei o que posso ter feito de errado para Duda. Éramos amigas, passava tanto tempo em sua casa que a considerava minha irmã.
- Vem vamos pegar um sorvete. - ela me da um sorriso encorajador.
Tiro o chip e jogo o celular que nem sinal de vida dava no lixo mais próximo, e a acompanho mesmo querendo desabar ali.
[...]
Chegamos em casa as sete da noite, já que paramos no caminho para visitar a vovó e ajuda-la com um café da tarde. Ajudei a descer as compras do carro, e mamãe logo me mandou para o chuveiro. E não hesitei em obedecer, estava exausta, só queria um bom banho e boa parte da noite na minha cama com uma maratona de Stranger Things pronta na TV.
Estava cansada, tanto fisicamente quanto emocionalmente.
Desde que minha mãe adoeceu, não tenho ninguém além de Brady. Meus "amigos" se distanciavam cada vez mais depois que contei sobre a doença, um tempo depois descobri que era por que não queriam suportar as magoas de uma órfã no grupo...
Eu chorei muito nesse dia.
E me acostumei com a solidão durante todos esses quatro anos...
- Mari!? - escuto batidas na porta.
- Oi, mãe!? - grito do box.
- Quando terminar de se arrumar, vai lá embaixo, preciso falar com você sobre um negócio! - Ela diz.
- Ok, daqui a pouco estou lá! - respondo enxaguando meu cabelo.
Como sou uma garota curiosa me apressei, terminei de tomar meu banho e coloquei uma camisa larga e um short de moletom qualquer. Calcei meu chinelo e deixei meu cabelo molhado, gosto de como ele fica seco naturalmente...
Rapidamente saio do meu quarto, e desço as escadas correndo, e ao chegar no andar de baixo, percebo nossas compras espalhadas na sala e duas malas de viagem, que não me lembro de termos comprado hoje. Me viro em direção a cozinha, vendo minha mãe na ilha, picar algo na tábua. Ela estava com uma regata preta e um shorts de malha da mesma cor.
- Ei, vem cá! - ela sorri e aponta para o banco da ilha com a cabeça.
Ainda confusa com as malas, ando em direção ao banco e me sento, esperando por uma resposta que tirava todas as minhas dúvidas.
- Amor, você ainda se interessa por artes cênicas? - Ela pega o pano de prato ao seu lado, e limpa as mãos, para pegar sua taça de vinho e bebericar a bebida.
- Hmm, sim... Por que? - Eu sou louca por artes cênicas.
Desde pequena sonho em ser uma atriz de sucesso, ou talvez uma escritora, ou diretora. Tudo relacionado a área sempre me cativou muito, mas a atuação muito mais.
- Eu andei pensando... - ela põe a taça de volta a pedra fria da ilha. - Quando eu tinha sua idade, sempre sonhei em ser uma baterista famosa. - me surpreendi, dessa eu não sabia não gente. - Eu tocava muito bem, tinha até uma banda, Rose In Roll, tocavamos rock nacional nos bares da cidade toda. Sonhavamos em um dia, tocar em um estádio lotado de fãs... Mas nunca tivemos uma oportunidade de mostrar nosso talento. E com o tempo fomos perdendo a esperança, a vontade, o talento... - Ela continuava a cortar o bacon em cubinhos. - A banda se separou infelizmente. Cada um tocou sua vida, aliás, sabe seu professor de história?
- O calvo? - eu pergunto e ela riu acentindo.
- É, esse mesmo... Ele era o guitarrista, e quem inventou esse apelido, foi eu! - Agora sim eu to surpresa pra caralho. - Pois é. O ponto é. - Ela termina o último cubinho e pega a tábua, levando em direção a panela no fogão, afogando os cubinhos no que imagino ser molho de tomate pelo cheiro. - Sei que sonha em ser uma atriz desde pequena, e quero que tenha muitas oportunidades de realizar esse sonho. - Ela mistura o molho, e depois o tampa, voltando para minha frente. - Então eu, Brady e Samantha, passamos um bom tempo planejando um jeito de você ter muitas oportunidades...
Eu estava confusa, não conseguia entender o que era.