Capítulo 7

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Saio à pressa de dentro do meu carro e entro rapidamente em casa, indo diretamente na direção da sala de estar

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Saio à pressa de dentro do meu carro e entro rapidamente em casa, indo diretamente na direção da sala de estar.

Assim que entro fico parado na porta, encarando a garota que tá me trazendo problemas demais, sentada na ponta do sofá, com um copo na mão e uma cara desagradável.

Minha mãe está sentada no outro sofá, também com uma cara não muito boa e a Sarah... bom, ela está em pé no canto da sala de braços cruzados e com um olhar de raiva disfarçada.

- Matheus! - Eloise se levanta em um salto, vindo até mim e tentando me abraçar, mas seguro seus braços no ar.

- O que você faz aqui, Eloise? - Falo cortante e ela franze o cenho, cruzando os braços.

- O que eu estou a fazer aqui? É sério isso, Matheus? - Reviro os olhos e ela bate o pé no chão. - Você não me responde às chamadas ou mensagens.

- E isso deu a você o direito de aparecer em minha casa? - Levanto uma sobrancelha, curioso.

- Supostamente eu já devia ter vindo aqui, meu querido. Contudo, você sempre arranja uma desculpa para eu não vir. - Reviro os olhos e antes que possa responder escuto um pigarreio vindo da minha mãe.

Olho na sua direção, vendo ela séria e de pé ao lado do sofá em que estava sentada.

- Acho que se vocês querem discutir sobre assuntos vossos, a minha sala, não é o espaço mais indicado! - Mordo o lábio e suspiro. - E francamente, Matheus! Eu achei que já tinha três filhos adultos, mas parece que me equivoquei. 

- Desculpa, mãe. A Eloise já está de saída. - Dou de ombros.

- Você não pode estar a falar a sério, Matheus! - Ela fala alto.

- Estou, Eloise. Vá andando para o meu carro. - Digo esgotado. - Vou levar você a casa. Estive um dia cheio de trabalho e o que eu mais preciso nesse momento, é paz. 

- Não é necessário. Posso ir de táxi. - Ela fala com raiva.

- Eu falei que vou levar você em casa, droga. - Trinco o maxilar. - Vai já para meu carro.

Ela bate o pé e sai de minha casa, indo para onde a mandei e encaro minha mãe, que me olha sério, enquanto minha irmã fica muda.

- Você tem muito o que me explicar, mocinho. - Suspiro cansado e aceno.

- Eu sei. Vou resolver isso agora mesmo. - Coço minha testa envergonhado e saio na direção de meu carro também.

Ela está de braços cruzados, encostada no meu capô e com cara de poucos amigos, assim como eu.

Entro no carro sem dizer uma palavra e Eloise faz o mesmo, se sentando em silêncio.

Arranco com o carro em direção ao seu apartamento, apertando o volante com força e trinco o maxilar, querendo esganar essa garota do meu lado.

- Eu falei para você que não estava na altura de apresentações para minha família. - Solto no ar e escuto a mesma ranger os dentes do meu lado.

- Você sumiu, queria que eu fizesse o quê? - Fala alto e aperto mais o volante, acelerando mais o carro.

- Que ficasse no seu canto. Se eu sumo, ou deixo de sumir é problema meu, não seu.

- EU SOU SUA NAMORADA!!

- Isso não lhe faz ter todos os direitos, Eloise. - Suspiro cansado e mudo a marcha.

- Nós falamos de relacionamento dias atrás. Mas quer saber? Eu sei porque você tá assim agora. Sei porque nunca me apresentou à sua família. - Franzo o cenho e encaro a mesma por segundos, logo voltando a olhar a estrada. - É aquela ruiva, não é? Você não queria me apresentar para sua família e amigos porque tem aquela ruiva. Estou errada?

Não…

- Sim. Vanessa é a minha ex- namorada, mas ela não tem nada a haver com as minhas ações.

- Você é um filho da mãe! - A mesma grita. - Está namorando comigo, enquanto a sua ex- namorada dorme em sua casa? 

- Mas qual é o problema? 

- O problema é que você me escondeu isso. Se escondeu é porque tem algo entre vocês. - Suspiro e aperto o meu volante. 

- Eu conheço a Vanessa desde criança. Namoramos durante anos, mas ela foi embora do país e por isso acabamos. - Passo a mão no rosto. 

- Ela foi embora do país, né? - Eloise ri amargamente. - Então quem era aquela na sala, uma lembrança. 

- Você não deixou eu terminar, caramba! - Reviro os olhos. - Ontem a minha cunhada encontrou ela com machucados e a levou para sua casa. Fui lá e fiz os curativos nela. Então descobrimos que ela não tinha para onde ir. 

- Quanto tempo ela vai ficar em sua casa? - Eloise fala cortante. 

- A Vanessa não tem altura para ir embora, Eloise. Minha família toda a ama e a gente vai acolher ela, até ela estar boa. 

- E você? - Franzo o cenho e olho para a mesma. 

- Eu? 

- Você a ama? - Trinco o maxilar e respiro fundo. 

Com toda a minha alma e coração. Mas eu não posso simplesmente falar para a minha namorada.

- Amo ela da mesma forma que a minha família a ama. 

- Devo me sentir ameaçada diante da presença dessa garota em sua casa? 

- Mas é claro que não. - Suspiro. - Ela… Ela já não me ama.

E não é mentira. A maneira como a Vanessa me afasta diz muito sobre o que ela sente por mim. 

- Eu quero ser incluída também, Matheus.

- Eloise… 

- Eu sou sua namorada. Quero conhecer sua família. 

Estaciono o carro em frente de sua casa e suspiro. 

- Depois falamos sobre isso. 

- Novamente depois? 

- Eu não sei se você entendeu, mas aparecer assim na minha casa, não ajudou em nada com a minha família, Eloise! - A mesma abre a boca para dizer algo, mas nada sai. - Eu estou cansado, preciso dormir. Estás em casa já. 

- Não quer dormir aqui? - Ela acaricia meu braço. 

- Hoje não. 

- Você quem sabe. - Ela se aproxima e beija minha boca. 

- Eu te amo. - Ela sorri. 

- Eu também. 

Eloise volta a me beijar e sai do carro. Espero ela entrar em casa e logo volto a andar até casa. 

Minha vida tá uma merda. 

Fodasse.

Um amor do passado | Família Hossler - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora