Capítulo 17

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Termino de ver o que a Vanessa tem e franzo o cenho encarando a mesma

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Termino de ver o que a Vanessa tem e franzo o cenho encarando a mesma.

Ela está super bem, não entendo como ela pode estar doente e outra, estou a começar a ver a mesma transpirando.

Obviamente ela está morrendo de calor. Seus cabelos estão grudados em sua testa e nuca, sua pele está brilhando… Algo está errado aqui.

- Você está ok, pelo que consegui perceber. - Tento encarar a mesma, mas ela faz questão de desviar sempre do meu olhar. - Vanessa, porque não tire essa blusa? Você está transpirando.

A mesma engole em seco e se levanta.

- Eu já falei que estou com frio, Matheus. - Ela diz aquilo com um tom ríspido. - E mesmo que não tivesse. Eu acho que tenho o direito de vestir aquilo que eu quiser. Boa noite!

Ela passa por mim, se preparando para sair da sala, mas eu sou mais rápido e seguro seu braço, virando ela para mim.

Vejo a mesma fazer uma careta de dor e franzo o cenho.

Mas o que?

Abaixo o meu olhar para a minha mão em volta do seu braço e vejo a mesma arregalar os olhos, querendo se soltar de mim.

- Vanessa… - Trinco o maxilar. - Levante a manga dessa blusa.

- Oh, Matheus. - Ela ri sarcástica. - Por favor, que pedido mais descabido.

- Levante. A. Blusa. - Digo pausadamente, vendo ela me olhar com raiva.

Eu posso sobreviver com isso.

Ela respira fundo e começa a fazer o que eu pedi. Assim que ela chega no lugar onde segurei, eu não consigo impedir de soltar um palavrão baixo.

Mas que porra aconteceu com o seu braço?

Ela está com um grande hematoma. Uma grande mancha roxa cobre seu braço e encaro a mesma com sangue nos olhos.

- Quem fez isso em você, Vanessa? - Ela não me responde, apenas se apressa a voltar a colocar a manga para baixo. - Vanessa… - Aproximo mais dela, segurando seu rosto entre as minhas mãos, num gesto calmo. - O que aconteceu no seu braço.

A mesma se afasta rapidamente de mim, mas não me encara, apenas suspira e coça a garganta.

- Eu esbarrei contra a maçaneta da porta do meu quarto. - Morde o lábio, sem conseguir me olhar nos olhos. - Eu… eu… - Ela suspira. - Isso é embaraçoso… eu… bem… tava saindo do banho e quando fui voltar para meu quarto tropecei no tapete e fiquei com o braço preso.

Franzo o cenho, não acreditando em suas palavras e volto a me aproximar dela.

- Tem a certeza que foi isso? - Cerro os olhos.

- Mas é claro, Matheus. Porque eu iria mentir? - Finalmente ela me encara e dou de ombros.

- Não sei… mas vamos confessar, Vanessa. É um pouco estranho você querer esconder o seu braço, ainda mais sendo apenas um acidente assim. - Cruzo os braços, olhando no fundo de seus olhos azuis.

- Eu apenas queria evitar essa situação. - Fala cortante. - Foi por esse motivo. Porém, como sempre, você é um fofoqueiro e quer sempre saber de tudo.

Rio sem acreditar e descruzo os braços, encarando a mesma, divertido.

- Fofoqueiro? - Levanto uma sobrancelha.

- Sim, um fofoqueiro. Eu… eu odeio desconfianças, Matheus. - Suspira. - Tenta não duvidar de mim nunca mais.

Sem mais uma palavra, vejo ela subir as escadas e franzo o cenho.

Isso não foi apenas uma batida, eu não acredito em nada do que ela falou. Além do mais, ela gaguejou.

Ai, Vanessa… Se ao menos você soubesse mentir!

Viro para pegar meu celular e sorrio ao ver a senhora L. entrar na sala.

- Menino Matheus, quase esqueci de falar. - Levanto uma sobrancelha. - Aquela moça que teve aqui a última vez, voltou a aparecer. Ela quis falar com a menina Vanessa.

- Eloise esteve aqui? - Pergunto confuso.

- Isso, acho que é mesmo esse o seu nome. - Ela acena rapidamente. - Eu não ouvi muita coisa, mas consegui perceber que ela estava a discutir com nossa doce Vanessa.

Meu sangue começa a ferver automaticamente e sem dizer mais nada, saio da sala, subindo as escadas em direção ao quarto da Vanessa.

Só pode ser o que eu estou a pensar.

Para mim estava claro que a Vanessa estava escondendo alguma coisa e depois do que a senhora L. falou, só tive mais certezas.

Bato duas vezes em sua porta e espero a mesma ser aberta. Assim que isso acontece, encaro a mesma nos olhos.

- Será que agora você vai conseguir finalmente me contar a verdade?

- Como assim a verdade? - Ela me encara assustada e entro em seu quarto como um relâmpago.

- Eu quero saber a verdade sobre a marca em seu braço! - Cruzo os braços e vejo ela franzir o cenho. - E não tente me enganar de novo. Eu já sei que a Eloise esteve aqui!

A mesma engole em seco e respira fundo.

- Quem falou para você?

- A senhora L. disse que ela esteve aqui e foi um pouco agressiva falando com você. - Aproximo-me da mesma e toco seu braço machucado com cuidado. - Ela fez isso com você?

Vanessa desvia seu olhar do meu e se afasta de perto de mim.

Encaro ela andar até ao outro lado do quarto, abraçando seu corpo.

- Ela não teve intenção de me machucar…

Nego com a cabeça e volto a me aproximar dela, agora sem realmente chegar perto.

- Ela chegou aqui e foi agressiva com você. Porque isso tudo aconteceu?

Vejo ela se sentar na sua cama e me sento à sua frente, encarando seus olhos, querendo ler tudo neles.

- Ela ficou com ciúmes meus e só veio me dizer para ficar longe de você. - Suspira. - Mas ela não está errada, Matheus. - Fala rapidamente. - Na verdade ela está absurdamente certa. Afinal você agora tem namorada e eu tenho é que me manter longe de tudo.

- Vanessa…

- Eu tenho que entender que você e eu não existe mais! - Fecha os olhos, contendo as lágrimas. - E eu não contei porque não quis me intrometer mais nessa história.

- Vanessa, escuta…

- Não, você é que tem que me escutar. - Encaro seus lábios, negando com a cabeça. - Você ama a Eloise e eu não posso simplesmente voltar e estragar a vossa relação, o vosso am…

- VANESSA! - Falo alto e seguro seu rosto, olhando seus lábios. - Apenas cale a boca e me deixe falar.

- Mas, Matheus.. 

- Eu não amo a Eloise, Nessa. - Encaro seus olhos e nego com a cabeça. - Eu nunca amei a Eloise!

Um amor do passado | Família Hossler - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora