Quando as luzes em neon se acenderam naquela tarde, Neji soube que estaria ferrado pelos próximos milênios. Seus traumas do fundamental ressurgiram em uma única pessoa, e ela estava ali, em seu local de trabalho, unicamente para foder com sua vidinh...
Rolou uma leve mudança de planos e agora eu posto sexta também. Ou seja, os capítulos sairão sexta, sábado e domingo :)
Boa leitura!
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Eu já disse, mãe... — a voz de Naruto soou monótona, parecendo cansada — Não! Por Deus! Eu já disse que eles não estão servindo carne humana pra eu comer! Eu estou... Mãe! Eu tô bem. Neji cozinha pra mim todos os dias. Ele é um cozinheiro extremamente renomado.
Neji estreitou os olhos. E arqueou uma sobrancelha. O olhar que Naruto lhe direcionou foi digno de pena, então ele permaneceu em silêncio, bebericando a xícara de chá que tinha em mãos.
— Aham — Naruto resmungou, revirando os olhos.
Ele estava perdurado naquela ligação há meia hora, discutindo sobre estar "magro demais" com sua mãe. Sua família não era de Washington e ele recebia aquelas ligações semanalmente, às vezes uma vez a cada dois dias. Kushina, uma adorável ômega e também sua mãe, parecia ter certo preconceito com o povo de Seattle. Antes de se mudar para os Estados Unidos, Naruto era de Toronto. Quando seus pais se separaram, devido ao alto custo de vida ele se mudou com Kushina para Forks, onde morou na casa de uma tia próxima durante toda a sua adolescência. Outro país, outra cidade, outras pessoas. Foi um choque de realidade. A população de Washington não era tão hospitaleira quanto os canadenses. Foi lá que ele conheceu Neji, que na época estava preso na cidade. Aliás, estava de castigo. Como consequência de não ter tirado as notas perfeitas de sempre, os pais de Neji lhe reservaram uma passagem direto para Forks, onde ele iria passar as férias de verão daquele ano na casa de sua avó. Era para ter sido um inferno, mas ele conheceu Naruto, um vizinho do bairro humilde ao qual estava acorrentado. Ele era um alfa simpático, três anos mais velho que Neji, que na época tinha por volta dos quinze anos de idade. Naruto estava no último ano do ensino médio e constantemente ia pedir açúcar à avó de Neji, então eles acabaram trombando algumas vezes, o que acarretou em conversas curtas. Com o passar dos dias, os diálogos foram se esticando, e sem ao menos se dar conta, Neji fez uma boa amizade. Quando voltou para Nova Iorque, onde morava com os pais, ele continuou mantendo contato com Naruto.
Neji suspirou ao ouvir os gritos de Kushina trovejar do outro lado da linha, embora não estivesse no viva voz. Ela falava alto e o silêncio que percorria o apartamento apenas tornava a situação ainda mais tensa. Era sempre assim. Desde que eles se mudaram para Seattle, há cerca de três anos atrás, Kushina passou a sempre exagerar na dosagem de drama nas mensagens melancólicas e ligações constantes, principalmente em relação a alimentação do filho. Caso alguém visse a cena sem o mínimo de contexto, nunca diria que Naruto é um rapaz independente de quase vinte e nove anos de idade.
— É só o jeitinho dela — ele murmurou ao desligar a ligação, arrancando uma risada baixa de Neji — A partir de hoje, você cozinha bem.
Neji assentiu, levando a xícara de chá aos lábios.
