Ilha onde são realizadas as aulas práticas, 19h20...
Natsu
Já estávamos numa luta com cerca de cem ou duzentos monstros bastante fortes há mais de meia hora e comecei a ficar preocupado quando vi que a minha loira estava exausta. Ela já tinha aberto quatro portais (um de cada vez) e no entanto parecia esgotada, quando ela já abriu um número bem maior em outras aulas práticas e não ficou tão cansada.
Mesmo depois de voltar a dirigir o meu olhar para ela, vi o seu corpo cair para a frente. Ao que parecia ela estava mesmo esgotada.
Corri até ela e segurei-a nos meus braços. O top que ela usava deixava-me babado...
– Ela não está bem. Procura a Wendy e vê o que se passa! – A Erza disse-me ao longe, depois de se defender de um monstro com a sua armadura.
Assenti com a cabeça e peguei na loira ao colo, procurando o cheiro da Wendy no meio de tantos outros. Corri sem me importar com os monstros que haviam na zona, precisava de saber o que é que a Lucy tinha.
– Wendy? – Gritei enquanto a tentava encontrar por entre a floresta.
Depois de passar por um amontoado de arbustos, encontrei-a a ela e à Charls, que lutavam com um monstro parecido com uma aranha, mas com o tamanho enorme.
– Rugido do Dragão Celestial! – A rapariga gritou e uma grande parede de vento enviou aquela espécie de aranha para longe.
– Oh, menino Natsu. – Ela reparou na minha presença e deitei a Lucy no chão.
– Ela desmaiou do nada, mas duvido que tenha sido apenas por cansaço. – Expliquei rapidamente o que tinha acontecido.
– Certo, vou dar o meu melhor para a ajudar. – A Wendy esticou os seus braços em direção à loira e as suas mãos foram iluminadas por uma espécie de luz verde.
Momentos depois, a loira gemeu e abriu os olhos lentamente, o que me deixou mais aliviado.
– Estás bem? – Perguntei-lhe enquanto a ajudava a sentar-se.
– Acho que sim... – Ela olhou para o chão e achei melhor iniciar o meu questionário.
– O que é que tens? Estás doente? – Perguntei de rajada.
Lucy
Bolas. Porquê agora?
Fiquei nervosa com as perguntas dele, e por isso continuei a olhar para o chão.
– O que é que me estás a esconder? – Ela mudou de pergunta e engoli em seco. Ao que parecia, ele já sabia que lhe estava a esconder alguma coisa...
– Nada. – Fui direta na minha resposta.
O Natsu preparou-se para ripostar, mas antes que o pudesse fazer, algo puxou um dos seus braços, arrastando-o para trás.
Vi que a coisa que o puxava era uma espécie de aranha gigante e que tinha algo parecido com fios nas suas patas. Não teias, mas cabelos. Aqueles fios lembraram-me dos cabelos da Flare, uma rapariga que pertence à Guilda Raiven Tails . Nos Jogos Mágicos ela usou o seu cabelo para me puxar da mesma forma que esta aranha puxava o Natsu.
Outros fios agarraram as pernas do Natsu, e um outro fio o seu braço, tapando de seguida a sua boca (provavelmente para ele não conseguir rugir, estas aranhas são espertas...).
O mesmo aconteceu à Wendy e à Charls, que também foram puxadas pelos fios. Obviamente, chegou a minha vez e confesso que aqueles fios magoavam. Eram demasiado apertados.
Por alguma razão, a aranha que segurava o Natsu destapou a sua boca e deixou-o esperniar um pouco.
– Bicho desgraçado...! – Ele mexeu-se enquanto se tentava libertar daqueles fios. Os mesmos começaram a puxar os seus braços e pernas, e o rosado começou a gritar, o que deixou o meu coração a mil.
– A minha... Magia...! – Ele grunhiu entre gritos. Com que então, para além de estarem a puxar todo o seu corpo, ainda estavam a roubar-lhe magia? Provavelmente aquelas aranhas iam fazer o mesmo connosco porque precisavam de magia.
Antes que a Wendy fosse a próxima vítima, dei um puxão a um dos fios da aranha que me segurava e automaticamente a mesma soltou esse fio do meu braço.
Com esse mesmo braço, arranquei o fio que tapava a minha boca e de seguida alcancei as minhas chaves apressadamente.
– Abrir o portal do Caranguejo: Caranguejo! –Gritei e o meu espírito Celestial apareceu.
– Já aqui estou, camarão. – Ele saudou-me, dando dois cortes com as tesouras.
– Preciso que ajudes o Natsu! – Informei-o e em questão de segundos ele cortou todos os fios que me seguravam.
– Entendido, camarão. – Ele deu outros dois cortes com as tesouras e aproximou-se da aranha que segurava o Natsu, dividindo todos aqueles fios em pequenas tiras.
O espírito fez o mesmo com as aranhas que seguravam a Wendy e a Charls, dando o corte final em cada uma delas.
Depois de o mesmo se ir embora, todas nós corremos até ao Natsu, que estava de barriga para baixo e estendido no chão, desmaiado. Ajoelhamo-nos perto dele e virámo-lo para cima, para vermos como é que ele estava.
– Acho que partiu o braço... – A Wendy apontou para o braço direito do rosado. Fiquei feliz por aquelas criaturas não o terem desfeito por completo...
Com a ajuda das meninas, consegui por o Natsu às minhas cavalitas e saímos daquela zona para nos encontrar-mos com a Erza ou qualquer outra pessoa.
Ouvi a voz que menos esperava ouvir gritar. Uma rapariga de cabelos escarlates foi progetada para perto de nós, e assim que o seu corpo alcançou o chão, não se voltou a mexer.
– Erza! – Ouvi a voz do Jellal gritar.
O mesmo correu até à sua namorada, e depois de pegar nela ao colo, deixou-a encostada a uma árvore, voltando ao campo de batalha com uma cara assustadora. Acho que desafiaram o ex-membro do conselho...
– L-Lucy... – O Natsu gemeu o meu nome e com o braço bom que tinha, abraçou o meu pescoço.
Fiz o mesmo que o Jellal e encostei o Natsu a uma árvore. A Wendy e a Charls juntaram-se à luta.
O rosado acordou e forcei-me a dar-lhe um sorriso. Sentia-me culpada pelo que aconteceu. Se tivesse agido mais cedo, podia ter prevenido esta situação.
– O que...? – Ele tentou acabar a pergunta, mas não conseguiu. Ele estava arrumado. O seu rosto estava pálido, e os seus lábios quase não tinham cor, já para não falar de todas as feridas que tinha ao longo do corpo e do seu braço partido, que agora estava bastante inchado.
– Partiste o braço. – Expliquei-lhe, mas ele não reagiu.
– Isto não é nada... – Ele forçou-se a falar e fiz uma festinha no seu rosto. Ele não sabe mesmo quando parar... Mas apesar de tudo, esta é uma das coisas que eu amo nele. Ou melhor, eu amo-o tal como ele é, não mudaria nada nele.
Com o braço (esquerdo), o rosado agarrou a minha cintura e puxou-me para si, juntando os nossos lábios. Retribui o beijo e acariciei o seu rosto durante muito tempo. Deixei uma lágrima cair e ele separou os nossos lábios para me encarar. Tinha-me "lembrado" de que estava à espera de um filho dele. Como é que me pude esquecer disso...
– O que se passa? – Ele perguntou-me, olhando-me nos olhos.
– Nada... – Tentei ser forte, mas as minhas lágrimas não paravam de cair.
– Não chores... Vai ficar tudo bem. – Ele usou o seu braço bom para limpar as minhas lágrimas.
Beijei-o mais uma vez e de seguida escondi o meu rosto junto ao seu pescoço, utilizando o seu cachecol para secar as minhas lágrimas, que por sua vez caíam sem parar.
Recompus-me rapidamente e levantei-me, deixando um último beijo na bochecha do rosado.
– Não vou ficar aqui parada sem fazer nada. Também tenho que lutar. – Informei o rosado e deixei-o para trás antes que ele me pudesse contrariar.
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Fairy Tail - Academia de Verão T3
FanficUma Fanfic sobre o Anime "Fairy Tail" criada por Animes_Fanfic_MVS. Depois de mais 2 anos juntos, Lucy e Natsu vêm o seu casamento por um fio devido a uma nova noticia. Entretanto, personagens do passado voltam à vida do casal e mais uma vez vão ser...