Capítulo 40 - Resgate

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Ilha de Tenrou, 15h42...

Lucy

Assim que chegámos a Tenroujima, viam-se vários monstros por todo o lado. Tinham um aspeto feroz, e alguns deles eram feitos de água. Provavelmente tinham sido criados pela Midori, o que provava que ela e Zeref estavam mesmo lá.

Durante a viagem, troquei de roupa e vesti um top verde escuro com uma saia rosa. Era um conjunto igual ao que tinha usado na primeira (e única) vez que tinha vindo à Ilha de Tenrou. Este conjunto já se tinha rasgado muitas vezes, mas felizmente conseguia sempre arranjá-lo.

Assim que o barco atracou, saltei para a areia e ouvi o Gray e a Erza reclamarem comigo, mas estava demasiado preocupada para ficar à espera dos outros.

– Cubram-me! – Pedi e vi vários monstros aproximarem-se de mim, mas não me preocupei. Sabia que nenhum deles me conseguiria alcançar, estando o resto do pessoal a cobrir-me.

– Menina Lucy! – A Wendy apareceu ao meu lado enquanto a Charls voava com ela.

– Vou contigo à frente. A menina Erza e o menino Gray tomam conta das coisas ali atrás. – A rapariga disse e assenti.

O Happy acabou por se aproximar e pegou em mim, permitindo-nos assim avançar mais depressa. Via como ele estava nervoso. Nunca o tinha visto voar tão depressa. Mal podia esperar para ver o Natsu...

Erza

Deixámos os monstros com o resto do pessoal e eu, o Jellal, o Sting, o Rogue, a Mira, o Gajeel, a Levy, a Juvia, o Gray e a Yukino fomos atrás da Lucy e da Wendy. Confesso que tinha um mau pressentimento acerca do que íamos encontrar mais à frente.

– Cuidado. Estejam de olhos bem abertos. – Avisei o pessoal enquanto corríamos à procura daquelas duas.

O caminho estava meio lamacento, e era difícil não enterrar os pés no chão.

– Que nojo... – Ouvi o Gray comentar, ao meu lado.

– Cuidado! – O Sting gritou e olhei para cima.

Vi uma mulher com mãos grandes aterrar à minha frente, o que fez saltar lama para cima de toda a gente.

– Mas que raio...? – Deixei escapar e ouvi a mesma pessoa rir-se.

– Há quanto tempo, Erza... – A voz dessa mesma pessoa disse. Era uma voz familiar.

Arregalei os olhos assim que aqueda pessoa se aproximou, permitindo-me assim ver quem era.

– Kyouka? – Quis confirmar e ela sorriu-me.

A Kyouka pertencia à Tartaros, a Guilda das Trevas que estava no topo da aliança Baram, uma aliança entre as Guildas das Trevas na qual elas não se atacavam umas às outras.

A aliança durou alguns anos, mas a Tartaros quebrou-a, atacando Guildas das Trevas que eram subordinadas das outras duas Guildas das Trevas oficiais: a Oracion Seis e a Grimoire Heart.

Na verdade, nenhum dos membros da Tartaros era humano. Há três anos, lutámos contra eles e conseguimos vencer a batalha à risca. Todos eles são demónios dos livros de Zeref, o feiticeiro Negro.

Segundo eles, Zeref só os criou para que eles fossem fortes o suficiente para o conseguirem matar, visto que ele era imortal e desejava morrer.

– O que fazes aqui? Tínhamos acabado com vocês há três anos... – Disse pasmada e ela caminhou até mim.

– Vocês não nos chegaram a matar, e o nosso amo precisa que nós vos ocupemos durante algum tempo. – Ela disse e arqueei a sobrancelha.

– Nós? – Repeti e ela sorriu.

Todos os outros membros da Tartaros surgiram ao lado da Kyouka.

– Vou-vos dar uma pista de como nos derrotar de uma vez por todas. – A Seilah (o demónio dos livros que a Mira derrotou há três anos) disse.

Vários livros apareceram por toda a parte. Simplesmente começaram a chover livros, do nada...

– Algures no meio destes livros, existem dez deles que correspondem aos livros que Zeref usou para nos criar. Se os destruírem, vamos desaparecer para sempre. – A Seilah disse e engoli em seco.

– Levy, vou deixar essa parte contigo! – Informei a mesma e ela assentiu, correndo até um dos montes de livros.

– Bem... Enquanto a vossa amiguinha se diverte a procurar livros, vamos empatar-vos para que não encontrem o nosso Amo Zeref. – A Kyouka informou e reequipei para a minha armadura das espadas.

– Por mim tudo bem. – Informei e apareceu mais alguém com os demónios.

– Não, não, não, Erza. Tu és minha. – A Midori informou com um sorriso e limitei-me a cuspir um "Tsc".

– Eu trato dela. – O Jellal disse e assenti.

– Ui, que medo... Acho que já ganhei o dia. Vou lutar com um giraço! – A Midori riu-se e o Jellal corou um pouco.

– Hey! – Dei um murro no braço do Jellal e o rapaz desiquilibrou-se.

Desliguei-me de tudo o que se estava a passar à minha volta e concentrei-me na Kyouka, mas percebi que iam todos ter que lutar bastante.

Basicamente, eram as lutas de há três anos: o Gajeel estava a proteger a Levy enquanto fazia frente ao idiota do Torafusa, um monstro com uma espécie de chifre no queixo. E a Seilah estava de novo por conta da Mira.

Por mais confuso que fosse, o pai do Gray, o Silver, estava de volta, mas o Gray parecia estar mentalizado de que o pai dele não queria continuar vivo, por isso mata-lo não seria assim tão doloroso.

Ao contrário de há três anos, desta vez a Juvia estava encarregue do Franmalth, um demónio que anteriormente possuía a alma do Mestre Hades, o Segundo Mestre da nossa Guilda.

A Yukino ficou com o Keyes, o demónio que consegue controlar cadáveres, nomeadamente o do pai do Gray. O Sting ficou encarregue do Jackal, um demónio loiro com quem o Natsu e a Lucy tinham lutado há três anos.

Por sua vez, o Rogue ficou com o Tempester, cujo o Laxus derrotou da primeira vez, acabando assim por ficar contaminado com uma espécie de vírus. Mais tarde, o corpo do Tempester foi renovado e o mesmo ficou com uma aparência mais aproximada à de um humano.

Por último, eu fiquei encarregue da Kyouka, e o Jellal iria tomar conta da Midori. Não tinha dúvidas de que ele iria vencer.

O Ezel avançou, e se fosse como há três anos, então ele iria lutar contra a Wendy.

Mas, por essa ordem de ideias, e já tendo todos nós um adversário... Então a Lucy iria lutar contra...

Zeref?!

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