9. O grande plano

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Filipe desce as escadas oito horas e meia depois.

Com apenas uma toalha envolvendo seu quadril. Os cabelos molhados ainda deixavam escorrer algumas gotas de água pelo seu rosto e pescoço. Havia muita pele à mostra, revelando as tatuagens à perfeição, o tronco e os braços musculosos.

Santo Deus.

O homem é um banquete visual. Faço um esforço consistente para manter a língua dentro da boca. Conseguir apagar o sorriso de boas-vindas fica além das minhas capacidades momentâneas.

Eu havia planejado ficar tranquila para não o assustar. Falhei miseravelmente.

- Oque você está fazendo? - ele pergunta

- Nada de mais. Você recebeu uma encomenda- aponto para as novas caixas e sacolas ao lado da porta.

Durante o dia, fiquei refletindo sobre o nosso problema. A única coisa que conclui era que não queria que o nosso tempo junto acabasse.
Eu não queria assinar os papéis da anulação, não ainda.

Eu queria ele, queria estar com ele. Evidentemente precisava de um novo plano.

Meu polegar esfrega meu lábio inferior de um lado para o outro. Mais cedo, tinha ido caminhar na praia, fiquei assistindo as ondas quebrarem na margem, e revivi nosso beijo.

Vezes em conta, eu o revivi na minha mente. O mesmo aconteceu quanto as nossas conversas. Na verdade, dissequei cada um dos nossos momentos juntos, explorando cada detalhe.

[...]

- Uma entrega? - ele se abaixa ao lado da porta e começa a rasgar as embalagens.

Desvio o olhar antes que eu consiga deslumbrar algo toalha a cima. Apesar de estar tremendamente curiosa.

- Se importa se eu usar o telefone? - pergunto

- Não precisa perguntar, pegue oque precisar.

- Obrigada

Sofi e meus pais deviam estar de cabelos em pé, imaginando oque estaria acontecendo. É hora de enfrentar as repercussões do episódio das nadegas expostas.

Gemi por dentro.

- Esse é pra você - ele me alcança algumas sacolas

Fendi .  Gucci  .  Versace .  Dior
Entre outras

- Pra mim?

- É, pedi que a Carmen comprasse algumas coisas pra nós.

- Hm

- Hm? Nada disso - Ele balança a cabeça se ajoelhando na minha frente e em seguida rasgando os pacotes - Nada de "Hm", precisamos de roupa, simples assim.

- É muita gentileza da tua parte, mas eu estou bem.

Ele não presta atenção. Em vez disso, suspende um vestido vermelho que pelo tamanho serviria em uma das minhas primas de oito anos.

- Que porra é essa? Você não vai usar isso nem a pau.

O vestido de grife sai voando pelos ares. Ele abre outra sacolas aos meus pés.

Sra. RetOnde histórias criam vida. Descubra agora