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O joelho de Filipe satudia incansável durante todo o trajeto até o Rio. O cigarro de maconha balançava entre seus dentes, minuto por minuto, ele o acendia, tragava, mas logo seu olhar e pensamento se perdiam nas nuvens, e ele deixava a brasa apagar outra vez...
Quando coloco a mão em sua perna, ele passa a remexer na minha aliança, a girando em meu dedo.
Ao que tudo leva a crer, nós dois somos inquietos, dadas as circunstancias certas. Nunca tinha andado de Helicóptero antes. A vista é espetacular, mas é muito barulhento e desconfortável , agora eu entendia o motivo de as pessoas preferirem aviões, o jatinho demorava mais para chegar ao destino, mas lá podia dormir onde bem quisesse, já que até as paredes eram dignas do melhor estofado.
Uma cadeia de luzes, do lindo Pão de Açúcar, do Cristo Redentor e dos arranha-céus da cidade ilumina o caminho.
Tudo naquela situação havia mudado, mas eu continuo o mesmo fardo de energia nervosa necessitada de sono que fui ao deixar Porto Alegre, há poucos dias .
Lennon se joga num canto, fecha os olhos e dorme. Nada o incomoda. Claro, não havia motivo. Ele era parte aquilo tudo, fazia parte da vida de Ret.
Pousamos pouco depois das quatro da manhã, por conta de atrasos na decolagem. Samuel, o guarda-costas, aguardava no AeroBoss com sua expressão de trabalho.
- Senhora Goellner, cavalheiros. - Ele nos conduz até um imenso SUV preto nas imediações.
- Direto para casa, por favor, Sam- Instrui Ret. A casa dele, não minha. Rio não me reservava lembranças agradáveis.
Em seguida, nos abrigamos no luxo, preservados atrás das janelas escuras. Me encosto no assento macio, fechando os olhos. É estranho me sentir tão cansada e preocupada ao mesmo tempo.
De volta à manção, Carmen nos aguarda, recostada à parte da frente, envolvida num xale vermelho de aparencia cara. A assistente dele me provoca toda espécie de más sensações. Mas, dessa vez, eu estou decidida a me encaixar.
Ret e eu estamos juntos. Ela que se dane, teria que se adaptar.
Os cabelos escuros brilham, flutuando sobre os ombros, mas não há nenhuma mecha fora do lugar. Eu , por minha vez, devo parecer alguém acordado há mais de vinte horas. Sam abre a porta do carro e me oferece uma mão.
Sinto os olhos de Carmen mirados no modo como Filipe passa um braço ao meu redor, me mantendo próxima. Os rosto dela endurece. O olhar que me lança é nervoso. Quaisquer que fossem os seus problemas, eu estava cansada demais para lidar com eles.
- Carmeeeeee- Lennon exultou, correndo degraus acima para passar um braço em sua cintura - Ajude-me a encontrar o café da manhã, ó, minha bela.
- Você sabe onde fica a cozinha, Lennon.
A breve dizpensa não deteve Lennon, que a levou consigo. Os primeiros passos de Carmem falsearam, mas logo ela recobrou a confiança, mesmo que somente de fachada. Lennon limpava o caminho. Eu seria capaz de lhe beijar os pés.
Ret não disse nada enquanto subimos para o segundo andar, nossos passos ecoavam em meio ao silencio. Quando me viro na direção do quarto brando, aquele em que me hospedei na última vez, ele me faz virar à direita.
Paramos ante um par de portas duplas, e ele pesca uma chave de dentro do bolso. Lhe lançei um olhar curioso.
- E daí que tenho problemas de confiança? - Ele destranca a porta.
Por dentro, o quarto me fazia ter a mesma reação de todos ou outro que conheci. Tudo era lindo, era espaçoso, os moveis combinavam... Aquele também era um pouco escuro, os moveis, a cama, as paredes. Comecei a imaginar que Ret era viciado nesse tipo de design.
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Sra. Ret
FanfictionAcordar ao lado de um desconhecido já é angustiante por si só. Então imagine acordar CASADA com tal? 🥈2º #ret 24/11/22 🏅7º #L7nnon 30/11/22 🥉3º #rap 15/12/22 🥇1º #orochi 21/12/22 Uma história com vibe romântica e claro, com oque mais amamos na...