10. Luxuria

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- Oque eu tenho pra você?

- Suas técnicas de sedução, vamos, o tempo tá passando. - Hesito e ele estrala a língua, impaciente - Gata, só estou de toalha, não pode ser tão difícil.

- Tá bom, tá bom - seguro firme em seus dedos, me recusando a soltá-los

-Então, Ret...?

- Pois não Emili?

- Eu estava pensando...

- Hm?

Eu não tinha chance nenhuma com ele, por isso falei a primeira coisa que veio em minha cabeça. A única coisa que sabia que tinha uma mínima chance de funcionar.

- Eu acho que você é um cara legal e fiquei pensando se, talvez, você não quer subir para o meu quarto para transar comigo e quem sabe ficar um pouco juntos. Se isso for do teu interesse, claro.

Os olhos dele escurecem, acusatórios e infelizes. Ele começa a recuar novamente.

- Tá, agora você só está sendo engraçadinha

- Não - passo a mão atrás do seu pescoço, debaixo dos cabelos ainda húmidos, tentando o trazer de volta pra mim- Estou falando muito, muito sério

Com o maxilar tenso ele me encara.
Continuo:

- Hoje cedo você me perguntou no carro se te achava assustador. A resposta é sim. Você me assusta pra caralho. Não sei oque estou fazendo aqui, mas odeio a ideia de te deixar.

O olhar dele vasculha meu rosto, mas ainda assim, ele continua calado. Ele iria me rejeitar, eu sentia. Pedi demais, pressionei demais. Ele se afastaria de mim, e quem poderia o culpar depois de tudo?

- Tudo bem - digo juntando do chão oque restava do meu orgulho.

- Você também é bem assustadora

- Sou?

- É sim , e tire esse sorriso do rosto.

- Tá foi mal.

Ele se inclina e me beija, os lábios firmes e tão bons. Meus olhos se fecham e minha boca se abre, mas não paro. Ele ampara meu crânio com a mão, protegendo de mais machucados. O peso do corpo dele se mantém firme no lugar, não que eu tivesse tentando fugir. Os contornos dos degraus pressionavam minhas costas, mas eu ignorava isso. Eu continuaria deitada e feliz por horas com ele em cima de mim, o cheiro quente da pele dele me deixa inebriada.

Seu quadril mantém minhas pernas abertas. Se não fosse pelos meus jeans e pela toalha dele, as coisas ficariam interessante bem rápido.

Deus, como eu odiei o algodão naquele momento.

Uma vez sequer interrompemos o beijo. Minhas pernas o envolvem pela cintura e minhas mãos se curvam sobre seus largos ombros.

Nada nunca antes foi tão bom, meu desejo por ele só aumentava, se espalhando por todo o meu corpo, como um bendito incêndio. Minhas pernas se apertam ao redor dele, os músculos queimando. Eu não conseguia me aproximar o suficiente. Quanta frustração.

A boca dele se move pelo meu maxilar e desce pelo pescoço, acendendo-me por dentro. Ele morde e lambe atrás da minha orelha e na curva do meu pescoço, descobrindo pontos sensíveis os quais eu nem conhecia.
O homem tem uma magia, conhecia coisas que eu não sabia. Onde ou com quem ele aprendeu aqueles truques, pouco importava. Não naquele instante.

- Subindo - Diz ele com a voz rouca.

Ele se ergue devagar, uma mão apoiado no degrau ao lado da minha cabeça e a outra na minha coxa.

Sra. RetOnde histórias criam vida. Descubra agora