DESDE O BEIJO NA FESTA, Raul e Elisa decidiram iniciar uma "amizade colorida", pois não precisavam rotular com um relacionamento sério o que era leve e espontâneo. Era lindo com a conexão deles crescia a cada dia e como surpreendentemente se mostravam mais parecidos do que pensavam.Natália não conseguia esconder seu desgosto com a aproximação dos mesmos, por outro lado Matteo continuava com flertes e investidas pra cima da garota, o que causava certa irritação no jovem casal.
Naquela manhã de quarta-feira um policial bateu na porta dos Hernández com o intuito de coletar algumas assinaturas da moça e seu advogado, César, referente aos novos dados da condicional.
— Um belo jeito de começar o dia. — Elisa murmurou para si mesma assim que o policial foi embora.
— A manhã mal começou e eu já tô resolvendo seus problemas. — César disse arrogante como sempre.
— E lá vamos nós de novo. — Verônica falou baixo bebendo um gole de café em seguida pondo a mão no rosto.
— Eu não pedi pra você resolver nada. — disse na defensiva começando a se irritar.
— Tem razão, você não pediu. Quem pediu foi sua mãe, porque se fosse por mim você ficaria lá por um bom tempo. — falou sério apontando um dedo para a menor.
— Então me manda pra lá de novo porra, pelo menos não vou ter que ver a sua cara todo dia. — disse sentindo os olhos arderem e os punhos fecharem, como não obteve resposta do mais velho a moça apenas se levantou da mesa e saiu de casa para ir ao colégio.
— Elisa espera... — Verônica gritou da mesa, mas não foi ouvida. — Por que pega tão pesado com ela César?
— Você sabe... — fitou os olhos azuis da esposa que desviou o olhar para a larga mesa.
Hernández chegou no Nacional rapidamente, pois fez o percurso em menos de 15 minutos. A única coisa que queria era subir na laje de vidro, observar a paisagem e ouvir suas músicas, seus problemas pareciam medíocres comparados a imensidão daquele lugar.
Usando o típico "meio coque" no cabelo, um cropped manga longa branco, uma calça preta rasgada, um tênis qualquer também branco e a tão amada jaqueta amarela a garota caminhou séria pelo grande saguão. Quem olhasse de longe pensaria que ela estava nervosa e quem olhasse de perto teria certeza.
— Aí Lisa, você fez o trabalho de química? — Maria perguntou assim que viu a moça, mas a mesma passou reto, pois falava coisas que não queria quando estava nesse estado.
— Acho que alguém não teve uma boa noite. — Natália falou em deboche chamando a atenção de alguns alunos.
— Deixa ela, Natália. — disse Isabela lembrando de quando Elisa lhe contou sobre os problemas com o pai. — Vamos no banheiro, quero retocar o batom.
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𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓𝐒 ̶ ̶ control z
Fanfiction𝐒𝐄𝐆𝐑𝐄𝐃𝐎𝐒. Eles podem destruir uma boa reputação, uma sólida amizade e uma família respeitável em questão de segundos. Elisa Hernández sabia bem disso, pois sentiu na pele o peso de um segredo. Após a revelação chocante envolvendo a primogên...