𝐒𝐄𝐆𝐑𝐄𝐃𝐎𝐒. Eles podem destruir uma boa reputação, uma sólida amizade e uma família respeitável em questão de segundos. Elisa Hernández sabia bem disso, pois sentiu na pele o peso de um segredo.
Após a revelação chocante envolvendo a primogên...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
TENTANDO ESCONDER A CARA INCHADA E AS OLHEIRAS, Elisa passava apressadamente base e corretivo pelo rosto, já que a mesma estava quase atrasada para o colégio. Iria para o Nacional naquele dia com dois propósitos. Entregar o trabalho de biologia, pois o de química já fora entregue e terminar com Raul.
Com o peito apertado, um rabo de cavalo mal-feito, uma camiseta acompanhada de uma saia preta e a jaqueta amarela, Hernández adentrou o prédio escolar primeiramente em busca da professora Gabriela.
A garota queria adiar ao máximo a conversa dolorosa com o rapaz. Ela seria totalmente capaz de propor uma fuga a ele, mas César e Roberto León os caçariam até a morte, por mais difícil que fosse, a ideia do término seria melhor para os dois. Ela só esperava não mudar de opinião assim que visse o azul intenso nos olhos do seu playboy.
Quando chegou em frente a sala de biologia, prestes a empurrar a porta que estava entreaberta a surpresa foi imediata. Gabriela, a professora, estava sentada em sua mesa enquanto Alex, uma garota morena, amiga de Luis e colega de Elisa a qual nunca trocou nenhuma palavra com a mesma, estava em pé entre suas pernas a beijando ferozmente.
A primeira reação da loira foi arregalar os olhos e tirar uma foto da cena com seu celular, como forma de precaução caso algum dia precisasse, em seguida resolveu entregar o trabalho outra hora, pois agora a professora estava ocupada praticando a sua aula. Hernández não tinha nada contra a sexualidade das pessoas, ela acreditava que era seu direito ser quem você é e ligar o foda-se para quem se doer.
[...]
— Seu pai brigou muito com você ontem? — Raul disse quando finalmente encontrou a moça na laje de vidro. — Você não respondeu minhas mensagens, tá tudo bem baixinha?
— A gente precisa conversar Raul. — Elisa ficou em pé e percebeu que ele ficou tenso, já que a mesma nunca o chamava pelo nome.
— Isso nunca é um bom sinal. — disse chegando mais perto em seguida fitando a loira. — Se for sobre ontem, eu falo com seu pai, digo que a culpa foi minha e que isso nunca mais vai se repetir.
— Não é tão fácil assim. — olhou para o rapaz e sentiu uma lágrima escorrer, León tentou pôr a mão no rosto da menor, mas esta desviou. — Tem certas coisas que já nascem condenadas ao fracasso.
— Tá falando que o nosso namoro é um fracasso? — perguntou incrédulo, Elisa não podia estar falando sério.
— Tô falando que o nosso namoro já tá condenado a muito tempo. — disse alto sentindo os olhos aguarem e o coração se despedaçar.
— Isso não é verdade, porra. A gente tava bem até ontem, o que mudou? — falou no mesmo tom enquanto os olhos marejavam.
— Tudo. Tudo mudou. — Limpou as lágrimas com a manga da jaqueta amarela. — Eu quero terminar.
