𝐒𝐄𝐆𝐑𝐄𝐃𝐎𝐒. Eles podem destruir uma boa reputação, uma sólida amizade e uma família respeitável em questão de segundos. Elisa Hernández sabia bem disso, pois sentiu na pele o peso de um segredo.
Após a revelação chocante envolvendo a primogên...
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O PRIMEIRO MÊS da família Hernández na Cidade do México foi relativamente tranquilo. Verônica estava trabalhando em um caso complicado sobre divisão de terras e César estava juntando provas sobre um caso secreto.
Já Elisa havia se adaptado bem no colégio, Isabela era extremamente legal com a loira, Maria também, ao contrário de sua irmã Natália que sempre fazia comentários desdenhosos sobre qualquer coisa que Elisa fizesse e como não tinha sangue de barata a garota Hernández apenas rebatia as provocações, não entendia por que Natália havia mudado com ela e também não ligava para isso.
Pablo era amigo da moça, uma vez pediu um conselho sobre a escolha de um presente para Isabela, Gerry e seus seguidores Dario e Ernesto eram uns idiotas e sempre tentavam chamar a atenção da garota escolhendo brincadeiras toscas para tal. Matteo havia chamado Elisa para sair diversas vezes, mas era sempre rejeitado, o que fazia com que o interesse só aumentasse.
Raul por outro lado era um ótimo amigo, eles haviam criado uma certa conexão por frequentarem a aula de apoio, depois disso quase sempre estavam juntos conversando normalmente ou flertando, a loira sentia confiança nele.
Apesar de não conversar muito com Luis a garota o considerava seu amigo, pois o mesmo era gentil e amigável com ela. Elisa também havia criado uma amizade com Sofia, pois quando soube que a morena estava internada em uma clínica psiquiátrica e que só contava com sua mãe a loira por impulso decidiu visitá-la e oferecer sua amizade. Talvez ela se identificasse um pouco com Sofia.
— Por que tá aqui? Seus amigos que te mandaram? — foi a primeira coisa que Sofia disse ao ver Elisa escorada no batente da porta.
—Ninguém me mandou. Eu vim porque... achei que precisasse de uma amiga. — disse baixo olhando atentamente para a garota sentada em frente a TV.
—Eu tô muito bem com a companhia da TV, pode ir embora. — disse sem rodeios.
—Olha só, eu sei que você não tá nada bem caso contrário não estaria aqui, ficar fingindo só vai piorar, eu quero te ajudar, tá legal? — falou rapidamente. —E a minha companhia pode ser bem mais agradável que a da TV, mas se você quiser mesmo que eu vá embora, eu vou.
Era estranho para Hernández dar um conselho que poderia facilmente se encaixar em sua situação atual, parecia que estava falando com um espelho.
—Luis me falou de você, disse que era legal...— Sofia disse com a voz baixa após alguns minutos em silêncio. —Pode ficar se quiser...
—Sério? Tá bom, legal. O que quer fazer? — Elisa falou animada se sentando ao lado da morena.
—Não sei... Eu não posso sair daqui. — Sua voz continuava baixa.
—Certo, então que tal uma maratona de Star Wars? — sugeriu a loira olhando para a TV, Sofia sorriu minimamente e concordou com a cabeça.
No decorrer dos dias Elisa foi a clínica regularmente, a cada dia que passava as duas se tornavam mais próximas e sentiam confiança uma na outra. Hernández passou a contar algumas coisas de seu passado e relatar os acontecimentos da escola atual para a morena, que com o passar do tempo também começou a falar de si e das coisas que já vira no Colégio Nacional, Sofia era observadora assim como Elisa.
