010. 𝐜𝐨𝐧𝐟𝐮𝐬𝐢𝐨𝐧

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NOITES MAL DORMIDAS ESTAVAM SE TORNANDO um hábito para a garota Hernández, era por isso que um bom café preto e três colheres de açúcar haviam ganhado espaço em sua vida

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NOITES MAL DORMIDAS ESTAVAM SE TORNANDO um hábito para a garota Hernández, era por isso que um bom café preto e três colheres de açúcar haviam ganhado espaço em sua vida. A cafeína em seu corpo ajudava Elisa a clarear a mente e planejar os próximos passos.

Aquela manhã estava tranquila, César saíra mais cedo para o escritório, estava fazendo isso com uma certa frequência nas últimas semanas. Enquanto Verônica estava na mesa com a filha, vez ou outra olhava para a mais nova sorrindo.

—  Me alcança o açúcar. — a garota pediu a mulher em sua frente, Elisa estava levemente anciosa e uma boa quantidade de café talvez não fosse o melhor remédio.

— Aqui. — disse Verônica estendendo o pequeno recipiente na direção da filha. A moça não percebeu, mas pegou o açúcar com a mão roxa. — O que é isso?

— Nada. — se odiou mentalmente por estar tão imersa em seus pensamentos e cometer esse deslize. — Eu bati na porta do carro.

— Bateu a mão na porta do carro? — perguntou arqueando uma sobrancelha. — Me conta a verdade Elisa.

— Essa é a verdade. A porta não tava abrindo, aí eu fiquei nervosa e... — Elisa falou encenando um soco, ela não pretendia revelar os acontecimentos do dia anterior para a mãe. — Relaxa, eu não quero quebrar mais nenhuma unha, então o Jetta tá salvo.

— Entendi. Bom, você sabe que pode me falar qualquer coisa, não é? — um sorriso terno surgiu no rosto da mais velha.

— Claro que sei. — sorriu da mesma forma, os problemas escolares podiam esperar a conversa saudável entre mãe e filha acabar.

— Então... Tem falado com algum garoto interessante ultimamente? — disse normalmente dando uma mordida na torrada, Hernández quase se engasgou com o café. — Você ainda não aceitou sair com aquele rapaz bonito?

— Achei que não tinha gostado do Matteo. — disse lembrando da vez que Verônica lhe levou ao colégio e por acaso encontrou Matteo Campana no estacionamento.

— Na verdade não gostei, ele me chamou de tia. — falou a mulher fazendo careta. — Mas isso não faz dele um rapaz feio.

— Não tô pensando em ter um relacionamento tão cedo. — disse suspirando. Antes disso era necessário superar León.

— Já falou com ele? — não era preciso falar o nome de Raul para saber que ele se tornara o assunto, Elisa entendera a mensagem subliminar assim que a mãe mudou o tom de voz.

— Não tem o que falar. — bebeu o café o mais rápido que conseguiu a fim de fugir daquela conversa. — Tenho que ir. Beijo. Amo você.

A verdade era que Hernández tinha muitas coisas para falar ao rapaz, inclusive explicar o fato de ainda usar por baixo da camiseta, escondido de todos, o colar escrito em dourado "baixinha" que ele dera a ela em seu aniversário. Mas, se olhar para ele já ressuscitava lembranças do que viveram juntos, falar com ele sobre isso causaria um enorme estrago em seu psicológico.

𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓𝐒    ̶  ̶   control zOnde histórias criam vida. Descubra agora