012. 𝐫𝐞𝐯𝐞𝐥𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧

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Só conhecemos o verdadeiro caráter de uma pessoa quando este é posto à prova sob circunstâncias extremas.

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Morte. Se você se sentir desconfortável não leia.

Aproximadamente seis meses antes

A GAROTA HERNÁNDEZ PODERIA ESPERAR tamanha traição de qualquer pessoa, menos de Juan, seu melhor amigo de anos a quem vinha nutrindo leves sentimentos secretos e platônicos. No entanto, tais sentimentos jamais poderiam ser correspondidos, pois ele tinha uma namorada, Jana, uma moça bonita e gentil que se tornou o motivo de sua crueldade para com a amiga.

Durante aquela noite fatídica as coisas mudaram drasticamente para pior, principalmente para Elisa, que teve de escolher entre entregar o amigo para a polícia e perdê-lo para sempre ou ajudá-lo a esconder o corpo da namorada e apoiá-lo no que precisasse.

Apesar de ter escolhido a segunda opção, ela não conseguiu conter o espanto quando viu Jana ensanguentada no chão da cozinha da família Castillo ainda com uma faca na barriga, para a loira devia ter uma explicação lógica, pois seu amigo não seria capaz de matar ninguém, ou seria? Após perceber que a amiga estava em choque Juan começou a falar.

— A culpa não foi minha... ela me atacou, eu só... me defendi. — o rapaz disse se aproximando com os olhos marejados e colocando as duas mãos no rosto de Elisa para que ela o olhasse. — Você acredita em mim, Lisa?

— Por que... fez isso? —  foi a única coisa que conseguiu dizer enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto e seus olhos fitavam o rapaz a sua frente.

— A gente começou a discutir, ela tava me traindo com o Sebastien... Ela surtou, disse que não era verdade e pegou uma faca da pia. — as lágrimas rolavam descontroladas, mas Juan as limpava rapidamente. — Eu peguei outra, mas não queria machucar ela, eu juro. —  Hernández ouvia tudo atentamente tentando controlar suas lágrimas. — Ela veio pra cima de mim e eu... acertei ela... foi um acidente.

Hernández não conseguia acreditar que ele, o garoto com quem cresceu, o garoto que a ensinou dirigir, o garoto que sempre fora gentil e amável com todos pudesse ter sangue frio suficiente a ponto de matar alguém, mas o corpo estirado em sua frente lhe indicava o contrário.

Talvez se ela tivesse ligado para a polícia no mesmo instante em que encerrou a ligação do Castillo, que havia pedido com uma voz chorosa para Elisa ir a sua casa, tudo teria sido menos doloroso, porém o poder daqueles olhos verdes sobre ela era absurdo.

E lá no fundo, mesmo sem querer admitir a garota havia ficado minimamente feliz pela morte de Jana. Sim, esse era um pensamento horrível, mas na hora não pareceu tão horrível quanto ignorar um amigo necessitando de ajuda.

𝐒𝐄𝐂𝐑𝐄𝐓𝐒    ̶  ̶   control zOnde histórias criam vida. Descubra agora