Castigo Real

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Em um mundo onde os felinos evoluíram a ponto de se comportarem como humanos, um leão era o rei. Seu nome era Luke e ele era o poder supremo que comandava e organizava suas tropas para proteger os moradores que viviam em suas terras. Conhecido por sua juba de fios preto, lisos e volumosos, manchas por sua pelagem que assemelhavam-se à tatuagens, seu rugido que ecoava à quilômetros e seu apetite sexual insaciável, Luke mantinha pulso firme em relação às regras do seu reinado.

Seus guardas eram leopardos, seus espiões eram gatos e sua mão do rei era um tigre chamado Byron. Há dias enfrentavam o desaparecimento de javalis, galinhas e outros animais que eram criados como alimento e usados como moeda de troca em negociações com outros Reis. Byron, usando de todo o seu conhecimento e experiência, era consultado por sua majestade antes de qualquer movimentação, embora a decisão final sempre fosse de Luke.

Luke acabara de retornar de sua caçada real, carregando um grande e pesado javali sobre o ombro esquerdo de sua armadura. Enquanto caminhava, cercado por seus guardas, era observado e aclamado pela nobreza que vivia próxima ao castelo. Miados, rugidos, rosnados eram música aos ouvidos de Luke. Removeu seu elmo e sacudiu a cabeça, agitando sua juba e cumprimentando seus admiradores.

Dentro do castelo, largou o javali sobre a mesa de madeira com tanta força que uma pequena nuvem de poeira rodeou sua refeição. Luke podia sentir seu pêlo molhado de suor por baixo de sua escarcela. Ordenou que sua serviçal, uma lince, preparasse seu banquete e retirava-se do salão principal para ir aos seus aposentos quando os passos apressados dos guardas o fizeram olhar em direção à porta principal. Pousou a pata no cabo de sua espada, preparando-se para qualquer tipo de ataque.

— Majestade. — disse um dos leopardos, curvando-se diante dele. Sua voz continha uma emergência quase palpável. — Perdoe-nos por entrarmos desta forma, mas capturamos o responsável pelos desaparecimentos no reino ele foi pego em flagrante.

Luke moveu seu focinho, tentando reconhecer o cheiro do prisioneiro. Passando seus dedos com marcas por seus bigodes, já começava a imaginar qual punição daria ao seu prisioneiro.

— Levem-no à sala do trono. Estarei aguardando. — disse Luke andando em direção à saída e seus guardas reverenciaram e abriram caminho.

Byron começou a segui-lo assim que ouviu o som das patas grandes passarem na frente da sua sala. Luke ordenou que serviçais fossem até a sala do trono para ajudá-lo a se livrar daquela armadura quente e pesada. Atrás dele, formava-se uma pequena caravana de serviçais. Subiu os degraus até ficar diante do trono e deixou que elas começassem a tirar a parte de cima da armadura.

— Com licença, majestade. Aqui está o prisioneiro. — disse o leopardo, segurando uma corrente presa ao pescoço de uma pantera de pêlos tão pretos que camuflavam seus olhos. — Ande logo!

O leopardo deu um puxão com tanta força na corrente que a pantera caiu de joelhos no meio da sala. Os outros leopardos davam risadas, divertindo-se com a imagem daquela pantera parruda humilhada com as patas acorrentadas sobre os joelhos e cabeça baixa.

Luke afastou a mão da lince que começava a afrouxar a parte inferior da armadura e caminhou até a pantera. Segurou ela pelos pêlos da cabeça e a fez olhar para ele. Ela rosnou em resposta.

— Diga-me o seu nome, ladrão! — rugiu Luke, notando o desdém no olhar do prisioneiro.

— Theon. — disse ele, mostrando as presas, parte pela dor de ter seus pêlos puxados e parte por estar sendo humilhado.

Um burburinho começou a surgir ao redor deles pelo desrespeito ao rei. Byron começou a avançar na direção dos dois, mas Luke rosnou e ele recuou,abaixando a cabeça e desculpando-se.

Contos erótico mágicos ou não tão mágicos de um incubusOnde histórias criam vida. Descubra agora