A Maldição da Deusa (parte 2)

730 14 8
                                    

Prapius terminou de alimentar os cavalos quando os primeiros raios de sol rasgaram o céu, adentrou o estábulo para guardar as coisas e seus olhos foram atraídos para a brilhante armadura vestida agora em um boneco de treinos, um sentimento saudosista o atingiu ao lembrar de suas grandes batalhas como general da guarda montada, lembrou-se dos companheiros em campo, das espadas brandindo, podia até sentir o cheiro do sangue dos inimigos, quando seus pensamentos foram cortados pelo som que a jovem moça que dormia nua sobre o feno fez ao se revirar, ele passou a mão na barba Negra admirando-a por um certo tempo, a pele branca como leite, os cabelos negros com pedaços de feno embolados, os seios pequenos que apontavam pra cima e a bocetinha rosa e suada pelo calor ambiente, ela parecia dormir profundamente.

Parece que ela já se recuperou de ontem.


Pensou consigo mesmo, ao abaixar e passar um dos grandes dedos na boceta dela verificando que estava bem fechadinha. A garota nem sequer se moveu ao toque. Ele levou o dedo à boca saboreando o gosto agridoce, virou e foi em direção à saída do estábulo, pegando o arco e a aljava antes de sair.

Ela vai despertar faminta como um leão, falou ele sozinho rindo, nos dois sentidos. Concluiu.


Ele adentrava a floresta quando fui surpreendido.

Revele-se demônio, eu posso senti-lo. Exclamou ele.

Não tão bem como pensa. Retruquei revelando-me deitado em suas costas mordendo uma maçã. Ou como eu gostaria. Conclui com uma risada sarcástica.

O que deseja de nós e porque nós segue desde ontem? Questionou ele

Não tem medo de mim? Perguntei levantando uma das sobrancelhas confuso por ainda estar nas costas dele.

Já vi coisas demais pra ter medo de um simples demônio, além de que, se quisesse nos ferir já o teria feito.


Acenti com a cabeça dando outra boa mordida na maçã.

Respondendo sua pergunta, estou apenas curioso em como um centauro acabou apaixonado por uma ninfa amaldiçoada.

Nem sempre foi assim e não é somente ela a amaldiçoada aqui.

O que quer dizer? Fui atraído pela enorme energia de luxúria decorrente da maldição dela, não sinto isso em você.

Ahh sim, um demônio do sexo. Concluiu ele. Mas minha maldição é outra.

Adoraria ouvir a história, se não for incomodar.

Por que não? Ao menos será uma companhia, mas pare de comer minha maçãs. Disse ele ao me ver pegar mais uma da bolsa em sua cintura.

Posso? - Perguntei apontando pra sua nuca com dois dedos. - Assim poderei ver suas memórias enquanto conta.

Ele fez que sim com a cabeça e começou a falar.

***

O grande general Prapius voltava de mais uma batalha bem sucedida com seus homens, como já era de costume desceu de seu cavalo em frente ao bordel da cidade acompanhado por seus homens. Uma mulher com longos cabelos ruivos e vestindo apenas uma tanga quase transparente os esperava à entrada com uma grande caneca de cerveja. Ele pegou a caneca e deu um caloroso beijo na mulher agarrando ela pela cintura com a mão livre. Interrompeu o beijo e deu uma boa golada na cerveja. A mulher já desafivelava sua armadura enquanto ele gritava para os homens que ainda desciam e prendiam seus cavalos.

Mais uma vez derramamos hoje sangue e suor homens! Pra agora derramaremos apenas cerveja e porra!


Contos erótico mágicos ou não tão mágicos de um incubusOnde histórias criam vida. Descubra agora