Don't Wanna Say

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Vamos lá então?!

Esse cap conta com duas músicas, a primeira como sonoplastia e a outra que leva o nome do capítulo: Música 1 do Capítulo: Felt Like Playing Guitar and Not Singing PART 2 - Two Feet / Disponível no Youtube e Spotify. Música 2 do Capítulo: Don't Wanna Say - Lauren Jauregui / Disponível no Youtube e Spotify.

***

POV LAUREN

- Cadê ele? - Perguntei ao meu amigo, sentindo o corpo trêmulo, mas dessa vez não era de tesão e sim de pura raiva.

Não acredito que larguei Camila para encontrar Andrea!

- O italiano gêmeo que sobrou falou para o encontrarmos três quadras abaixo. Eu tentei negar, mas disse que era inadiável.

- Eu vou matar ele, Sebás. Juros que vou... - Travei o maxilar, enquanto andávamos a passos urgentes pela rua movimentada do Atrevida após termos saído do bar às pressas, desviando das pessoas que ali estavam.

- Sabe que te apoio nisso, mas não hoje, vale? A nossa situação já está bem ferrada. Vamos ouvir o que ele tem para dizer.

Suspirei, xingando mentalmente esses malditos italianos com todos os palavrões que eu tinha conhecimento, amaldiçoando até a tataravó de cada um deles.

- Eu estava beijando, Camila, beijando! - Quase gritei, irritada, enquanto atravessamos a segunda rua e o movimento começava a diminuir.

- Fala mais alto, acho que o pessoal em Medellín não conseguiu ouvir a novidade, Laurencita. - Sebás respondeu em tom zombeteiro. - Você parece uma virgem falando desse jeito, mas eu entendo, Camila realmente é...

- Pensa bem no que vai falar, Sebastian. - Paramos na esquina da terceira quadra e eu virei, cerrando os olhos para meu amigo.

- Que isso, chica? - Ele riu, erguendo as mãos em rendição. - Só ia dizer que Camila es una mujer caliente, eso es todo. Cálmate.

- Hum... - Eu nunca desconfiaria do meu amigo e jamais havia visto ele ser desrespeitoso com alguma mulher - que não merecesse -, mas eu estava tão envolta em uma rede de raiva com a excitação frustrada que ainda se fazia presente, que meu senso de razão e julgamento estavam completamente atordoados. Olhei para os lados da rua, procurando os malditos italianos. - Onde estão esses hijos de puta?

- Ali, vem comigo. - Meu amigo disse, virando na rua à direita.

Foi então que, melhor reparando, finalmente vi a SUV preta embaixo de uma árvore, camuflada na penumbra em frente a uma casa. 

Nos aproximamos andando no meio da rua que estava bem deserta e, cerca de 10 passos de distância, a porta do passageiro na parte de trás foi aberta. Por ela, vi o gêmeo irmão de Antonietto saindo e então, ele levantou o braço. Foi quando uma mão segurou nele, e no segundo seguinte Andrea saiu do veículo apoiado em seu capanga.

Pude ver de imediato como ele se movia com dificuldade, precisando da ajuda de outra pessoa para conseguir se locomover.

Ele estava vestido como sempre e agora, já em pé, puxou a bengala e colocou na sua frente com as duas mãos apoiadas, a mesma pose de sempre.

Pelo outro lado do carro, vi os Brutamontes, nos olhando ao longe.

Só então me dei conta: eu havia esquecido minha arma no Atrevida.

Estúpida. Estúpida. Estúpida!

Que puta erro de principiante, meu Deus. Eu havia baixado a guarda e, no calor do momento, esquecido de pegá-la, tamanho o hábito de tê-la comigo.

Plata o Plomo (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora