Pink

3.2K 428 304
                                    


 E vamos para mais um!

 Música do capítulo: Pink - Two Feet / Disponível no Spotify e Youtube.


 ***

 POV LAUREN

 Sebastian conseguiu me arrastar para o Atrevida depois de horas enchendo o saco, até eu simplesmente não aguentar mais. Mesmo contando o que havia acontecido na última vez que encontrei as meninas, ele insistiu que finalmente agora as coisas poderiam supostamente ficarem divertidas, já que eu havia esclarecido tudo.

 Meu amigo pareceu não entender que fui embora de lá sem dar a chance de retrucarem e isso poderia render uma nova discussão, mas sua vontade em conhecer Ally era imparável, o que fez eu me sentir mais arrependida do que nunca em ter contado sobre ela. Nós nem sabíamos se as meninas estariam no bar, mas como Sebastian fazia o que dava na telha, ele conseguiu me arrastar até lá.

 Eu poderia ter perguntado para Normani sobre isso, mas sabia que no fim Sebastian queria ir lá de todo jeito. Ele havia gostado do bar, do ambiente, bebida e como tocava música latina. Sebás se sentiu em casa e eu sabia, era interessante ver como aquele bar temático conseguia cumprir o seu papel até mesmo para alguém 100% colombiano.

 Já em frente ao local, eu com a mesma roupa de sempre: calças, coturno, camisa preta, mas... Sebastian tentava me convencer de tirar a jaqueta.

 Sério, agora só o que me faltava é começar a receber conselhos de moda do rapaz que só camisas floridas 3 vezes o seu tamanho.

 - Essa é a ideia mais idiota que já teve. Sabe que uso ela para esconder a minha arma.

 Eu falava com ele como se fosse uma criança.

 - Você a usa porque acha que ela vai te esconder do mundo, fora que essa jaqueta praticamente exala cheiro de "Olá, sou uma criminosa". O que custa uma vez na vida colocar a arma na cintura?

 - A última vez que alguém entrou com uma arma na cintura lá dentro recebeu uma boa enquadrada de uma agente do FBI. – Respondi com um claro tom de zoação na voz.

 - Eu sei, eu sei. Mas dessa vez não vou dar mole, garanto. É sábado à noite e nós merecemos nos divertir, cierto? Então tira essa jaqueta de couro e vamos entrar lá feito pessoas quase normais, sem parecer que sou um gângster e você sem parecer ser filha de um mafioso e neta de um Sicário.

 - Argh, eu não sei como te aguento, é mais teimoso que uma criança de 8 anos.

 - Não sou teimoso, apenas gosto de insistir quando tenho razão. – Ele disse com um sorriso enquanto ainda estávamos sentados no carro. Fiquei mais alguns segundos o encarando, não tendo certeza se seguia seu conselho ou não. – Vamos logo, eu estou louco por uma tequila! – Suspirei e finalmente tirei a jaqueta e o coldre, escondendo a arma dentro da minha calça e a tampando com a camisa preta larga.

 - Todas as bebidas dessa noite são por sua conta. – Disse antes de sair do carro.

 - Com todo o prazer. – Ouvi ele responder enquanto repetia a mesma ação que eu, se posicionando ao meu lado. – Essa noite seremos apenas Lauren e Sebastian. – Revirei os olhos para aquela ladainha. – Estou falando sério, chica... – Ficamos alguns segundos olhando a fachada do bar. Era estranho não estar com as mãos no bolso da jaqueta... Onde as pessoas normalmente colocam as mãos? - Está bem cheio, mesmo se suas amigas não estiverem aqui ainda vamos nos divertir.

 E assim ele passou o braço pelos meus ombros e me arrastou para dentro do bar. Eu me sentia exposta sem a jaqueta, digamos que era uma sensação até mesmo de insegurança. A camisa de botões preta, desbotada e larga de algodão que eu usava sem nenhuma proteção fazia eu me sentir uma estranha em meu próprio corpo.

Plata o Plomo (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora