meu mundo! (Livro 2)

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Não posso ser
O príncipe que
Você sempre sonhou,
Mas eu posso dar
O amor que você
Sempre mereceu

Donga😝

Donga: toma tapa na cara, toma tapa na cara, toma tapa na cara - cantarolava escutando a música pelo fone de ouvido enquanto ajeitava meu fuzil nas costas.

Donga: fala aí dona val? Tudo beleza? - acenei pra dona Valéria dentro do estabelecimento dela

Valéria: oi meu filho, tudo bem sim, tá indo pra onde?

Donga: pra onde Deus me levar - ela sorriu simpática e eu fui guiando meu caminho.

Sou brincalhão e bem humorado, isso todo mundo sabe, mas a verdade sobre mim só eu sei, perder meu moleque cedo foi foda pra caralho mermo.

Comecei cedinho nessa vida.

" aos 15 anos, primeiro delito. Aos 16 só carga roubada. Aos 17 tinha se tornado um mito. Apelidado o Robin hood da quebrada "

Essa música me lembra muito quando eu era menor, até ela aparecer, larissa , mina do asfalto rica mermo, eu roubei seu celular e no mesmo momento me apaixonei por ela, pele morena com seus cabelos enorme lisos.

Fui embora com o celular dela e quando fui ver conseguir seu novo número e comecei a fazer ligações pra ela e a mesma sabia que era eu.

Começamos a nos encontrar e eu devolvi seu celular, eu tava apaixonado real na guria, até ela engravidar de um menor meu, tentei sair dessa vida, mas a vida do crime só tem passagem de ida, você não volta mais.

Quando ela teve meu filho a desgraçada foi embora dizendo que isso não era pra ela, que o pai dela não podia nem sonhar que aquele filho era de um pobre favelado. Ela simplesmente jogou o menor pra mim.

Cuidei com a ajuda da minha coroa e numa invasão que teve minha mãe morreu me deixando com meu filho. Até que um certo dia a polícia me parou, eu não tava com nada no carro, só eu e o menor e mataram ele na minha frente. Me deram dois tiros mas eu sobrevivi e acabei na cadeia. Quando sair eu vim pro morro do Barão, recepção boa demais, moleque é bom.

Mas eu ainda vou me vingar dos policiais que mataram meu menor, não imagino eles vivo por aí vivendo a vida de merda deles.

Sair só transe vendo Sabrina e Nayara na lanchonete da dona Ana.

Donga: olha quem tá aqui- dei um beijo na testa da Sabrina e sorri pra nayara.

Sabrina: tio - me abraçou.

Donga: fez comida não? - olhei pra ela

Nayara: não, passei a manhã atrás de outra casa e Sabrina estava na creche, nem fui trabalhar hoje.

Donga: vai sair da tua casa?

Nayara: sim, não vou aguentar ficar lá, cada canto ali me lembra muito o murilo - baixou a cabeça - achei uma carta dele Daniel - começou a chorar - ele disse que acabou descobrindo o plano do Th e que ele foi ameaçado pra fazer tudo que fez