quinze.

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atualização dupla!! confira se você não perdeu o capítulo quatorze antes de ler esse!!

vejam as notas da autora no final do capítulo ;)

Acordo com alguém balançando minha perna de leve

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Acordo com alguém balançando minha perna de leve. O relógio no painel do carro mostra que não são nem vinte minutos mais tarde, mas parece que se passaram horas desde o momento que eu cochilei.

— A gente chegou. — Safira murmura para mim, e só então eu percebo que minha cabeça está apoiada no seu ombro. Me afasto rápido, e sinto minhas bochechas ficarem quentes. Ela dá uma risadinha, e se volta para a janela novamente. Por cima do seu ombro, vejo que estamos entrando no estacionamento de um shopping, e a rádio não está mais sintonizada.

Nós estacionamos perto da portaria e descemos ligeiro do carro, e quando entro pelas portas duplas, uma rajada de vento frio me atinge.

— Alugamos uma pista por duas horas, e depois a gente vai tomar sorvete.

— Beleza — Bia diz. — É no primeiro ou segundo andar?

— Não sei. — O garoto balança os ombros. Nós quatro saímos andando na frente, e o pai dele ficou mais atrás, no telefone com a esposa.

— Você já jogou boliche antes? — pergunto para Safira, e ela negou com a cabeça. — Não tinha em Porto-Sol?

— Até tinha, mas eu não tinha amigos pra ir comigo.

— Ah — falo, e ela ri.

— Ainda não tenho, né? Visto que tô andando com uma menina que tentou me matar várias vezes. — Revirei os olhos. — Eu acho que meus padrões são muito baixos.

— Esquece isso, Safira. Até Deus descansou no sétimo dia — falei.

O boliche em si era num local enorme no final de um dos corredores principais do shopping de Santa Rita. O nome em caixa alta e letras divertidas piscava em cores diferentes, e a parede preta com vários desenhos de pinos, bolas e pessoas felizes era chamativa. Mesmo de fora, consigo escutar uma música animada tocando lá dentro, e me lembra da trilha sonora de Mario Kart que joguei com Bia uma vez. No entanto, mesmo que fosse um sábado de tarde, lá dentro estava vazio.

O pai de Mateus foi com a gente até o balcão, disse seu nome e telefone e que tinha reservado uma pista para nós às três, exatamente. A moça atrás do balcão, uma loirinha que parecia mais nova que eu, o atendeu, e rapidamente já estávamos caminhando pra nossa pista: a última antes da entrada.

— Bem. — O pai de Mateus suspirou. — Os seus pais me mandaram cuidar bem de vocês, mas não quero ficar aqui incomodando vocês jogarem, então vou tirar um cochilo no carro, e quando acabar aqui eu volto, tá bom?

Todos nós assentimos, e logo depois que o homem saiu, a menina da recepção apareceu e entregou pra gente duas folhas de papel e duas canetas. Na folha tinha espaço pra cinco nomes, e várias colunas enumeradas para colocarmos as pontuações. No final tinha escrito "WINNER" com espaços para marcar um X, e o único motivo pelo qual eu sabia que aquilo significava "vencedor'' era justamente pelo Mario Kart que mencionei antes. Os pontos supostamente aparecem numa tela acima da nossa pista, e a gente só tinha que os anotar na folha pra somar no final.

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