Capítulo 13: Teddy

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- Mãe, pai, essa é a Dayana, a minha namorada! – Eu disse, assim que pisamos no lado de fora da quadra.

Vi a garota ao meu lado acenando para os meus pais com um sorriso tímido nos lábios, enquanto apertava fortemente a minha mão. Ela estava nervosa.

Fofa!

Minha mãe, provavelmente, percebeu a tensão de Dayana e perguntou:

- Posso te dar um abraço? Esperei tanto por esse momento e acho que assim é o cumprimento ideal, hum?

Minha namorada concordou com a cabeça e soltou a minha mão para poder abraçar a minha mãe, que se aproximava com os braços abertos. O abraço foi rápido, mas percebi que, com o simples gesto, Dayana se sentiu menos nervosa em relação a eles.

Meu pai repetiu o gesto da minha mãe e Day voltou para o meu lado, entrelaçando os nossos dedos novamente.

- Ummm, o que vocês acham de a gente passar em algum restaurante para jantar? – Eu perguntei para "quebrar o gelo".

Todos concordaram com a ideia, então fomos em um restaurante perto do campus.

Assim que chegamos no estabelecimento, nos sentamos em uma mesa. Eu e Dayana nos sentamos lado a lado com os meus pais a nossa frente.

- Então, quanto Teddy 'tá' te pagando para namorar com ele? – Meu pai perguntou para Day, arrancando uma risada da mesma.

- Pai! – Eu o repreendi.

- Ele não 'tá' me pagando nada. Embora às vezes acho que mereço receber uma grana por ter que aguentar ele todos os dias. – Minha namorada disse rindo da minha cara emburrada, fazendo os meus pais a acompanharem na ação.

- Faz quanto tempo que vocês estão juntos? – Minha mãe perguntou depois de um tempo.

- É bem recente, na verdade, mãe. Por isso não falei para vocês antes. – Eu respondi, percebendo que Dayana estava ficando nervosa com muitas perguntas.

O garçom chegou para pegar nossos pedidos e, enquanto meus pais faziam os pedidos deles, coloquei minha mão na coxa da minha namorada.

- Você não precisa ficar nervosa. Eu 'tô' aqui e, se quiser, é só apertar a minha mão que eu falo para eles pararem, ok? – Eu disse, me aproximando do seu ouvido, com a voz suave - Aliás, você ficou bonita no meu uniforme. 'Tá' linda hoje!

- Obrigada! – Ela respondeu com um sorriso tímido, e eu pude perceber que ela estava corando um pouco.

Não vou mentir, perceber que um simples elogio vindo de mim deixou ela desconcertada fez o meu coração pular uma batida e meu estômago encher de borboletas. Mas, aparentemente, eu me sentia assim sempre que ela estava por perto, mais ainda quando a vi saindo do banheiro usando a minha blusa, com o meu nome e o meu número.

- Umm, se quiser... você... você pode ficar com a blusa! – Eu avisei com a voz um pouco hesitante.

Escutei Dayana dar uma risada ao meu lado e colocar a mão em cima da minha, que descansava em sua coxa coberta pelo tecido da sua calça jeans rasgada, enquanto concordava com a cabeça.

- Pode ter certeza que agora essa blusa é minha, Theodore! – Ela disse em um tom de voz divertido.

- Então, crianças, vão querer o que? – Minha mãe perguntou, interrompendo a nossa conversa.

Fizemos os nossos pedidos e, assim que o garçom se afastou da mesa, meus pais voltaram com o interrogatório.

- Então, Dayana, o que você 'tá' fazendo na faculdade? Qual curso? – Meu pai perguntou.

- Eu 'tô' fazendo biologia marinha.

Meus pais concordaram com a cabeça e continuaram com muitas perguntas. Até que eu percebi que ela estava começando a ficar nervosa com muita atenção. Comecei a sentir seus dedos apertando a minha mão como um reflexo do seu nervosismo.

- Ummm, o que vocês acham de pararem de pressionar a Dayana com tantas perguntas? – Eu falei, tentando deixar a garota ao meu lado mais confortável.

Meus pais pararam com as muitas perguntas e percebi a garota ao meu lado relaxar um pouco.

O restante do jantar foi tranquilo. Meus pais mantiveram uma conversa entre eu e Dayana, sem pressioná-la muito e, ao final, ela já se sentia mais confortável com eles.

Chegando no apartamento, fomos direto para os quartos, porque já era tarde.

- Como me saí na atuação? Fui convincente? – Dayana me perguntou assim que fechamos a porta do nosso quarto.

- Foi boa! Até me convenceu sobre a gente. Acho que você devia investir na carreira de atriz. – Eu disse com um sorriso provocador no rosto, fazendo ela revirar os olhos com um sorriso no rosto.

Nos deitamos na cama e ficamos conversando até que Dayana parou de me responder. Quando me virei para ela, vi que ela havia adormecido. Ela parecia tão calma e relaxada, então fiquei a admirando por um tempo até sentir o cansaço me atingir.

Me aproximei dela e depositei um beijo em sua testa, com muito cuidado para não a acordar.

- Boa noite, Day! – Eu sussurrei ainda próximo ao seu rosto.

Deitei a cabeça no travesseiro e adormeci com um sorriso no rosto.

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