Assim que Theodore saiu do apartamento, após a nossa briga, ajeitei uma bolsa com apenas o necessário e fui para a casa de Tom, deixando um bilhete avisando ao garoto que eu dividia o apartamento, junto com a aliança que ele havia me dado no início do acordo.
Thomas, meu amigo, morava em uma das poucas casas que tinham no campus, que ele dividia com alguns outros garotos do curso de engenharia que ele fazia.
Quando cheguei na calçada da casa do meu amigo, vi que a maioria das luzes da casa estavam acesas, e isso me deixou aliviada, por saber que ele estaria acordado e, com certeza, me receberia de braços abertos.
Bati na porta e esperei alguns minutos, escutando barulhos de garotos gritando com videogames de tiro, risadas, e pessoas correndo de um lado para o outro. Depois de um tempo, a porta foi aberta, revelando um garoto alto, negro, de olhos castanhos e cabelo preto, cacheado, usando apenas uma calça moletom cinza.
- O-Oi. Umm, o Tom 'tá' em casa? – Eu perguntei com a voz baixa, para não correr o risco da minha voz falhar na frente do garoto, mas me xingando mentalmente quando senti uma lágrima escorrer pela minha bochecha assim que terminei de falar.
- Umm, ei! Tom, cara, tem uma garota aqui perguntando por você. Ei, moça, pode entrar, eu vou trazer ele para você. – O garoto disse, com um certo desespero na voz ao me ver chorando.
Eu entrei na casa ficando na entrada, que dava para ver um pedaço da sala de estar, onde consegui ver vários garotos no sofá, gritando e rindo por causa de um jogo na TV.
Escutei alguns garotos comemorando a volta do garoto que abriu a porta para mim com "Ah, Gray 'tá' de volta, nosso melhor jogador" e algumas coisas do tipo, mas logo escutei o garoto cochichar:
- Tom, tem alguém na porta te procurando. Ela parece 'tá' chateada e eu tenho quase certeza que ela 'tá' chorando.
Ouvi passos apressados em direção a porta e, assim que vi meu melhor amigo na minha frente com uma expressão preocupada, desabei em lágrimas e não consegui mais parar.
- Ei, ei. 'Tá' tudo bem, princesa! – Escutei Tom dizer e em seguida senti braços rodearem o meu corpo e a sensação quente de estar enrolada no corpo do meu melhor amigo me atingiu – Eu 'tô' aqui! 'Tá' tudo bem!
Não sei quanto tempo ficamos na porta, abraçados, com Tom cochichando coisas no meu ouvido, só sei que o barulho dos garotos gritando e dos tiros na TV diminuíram, e minhas pernas já estavam doendo de ficar em pé.
Afastei o meu corpo do garoto que estava me abraçando, limpei o meu rosto e disse:
- Posso passar a noite aqui com você?
- Mas o apartamento que você divide com Teddy? – Ele perguntou, confuso.
- A gente brigou, terminamos e agora não quero voltar para aquele apartamento, a não ser que seja para pegar as minhas coisas. – Respondi, mantendo a cabeça baixa e sem olhar nos olhos de Tom.
- Ok! É, sem problemas. Umm, o meu quarto é o último do corredor, a gente vai ter que dividir, desculpa. Pode ir subindo que daqui a pouco eu 'tô' lá para a gente conversar, 'tá' bom? – Ele disse, e eu apenas concordei com a cabeça em resposta, subindo as escadas para ir para o quarto dele.
Estava no meio do caminho, quando escutei algumas vozes falando:
- Ei, 'tá' tudo bem com ela?
- Precisa de ajuda para alguma coisa?
- Você quer que a gente saia e deixe vocês sozinhos?
- Você quer que eu tire minhas coisas do meu quarto para ela usar?
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O jogo do amor
Romance"Quer namorar comigo?" Essas foram as palavras que iniciaram a primeira conversa deles. Dayana e Teddy estudam na mesma faculdade, mas nunca tiveram uma interação. Até que um dia Teddy faz um pedido inusitado para Dayana. A proposta era fingir um na...