Capítulo 16: Dayana

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- Desculpa! – Foi a primeira coisa que eu falei depois de algumas horas apenas abraçada com Theodore.

- Pelo o que? – Ele perguntou, enquanto fazia carinho no meu cabelo.

- Pela crise que eu tive e por te deixar preocupado. – Eu disse, levantando a cabeça do peitoral dele para conseguir olhá-lo nos olhos.

- Você não precisa pedir desculpa por isso. 'Tá' tudo bem! – Ele disse, fazendo carinho no meu rosto com a ponta dos dedos – Você vai me falar o que aconteceu ou eu vou ter que te ameaçar com cosquinhas?

- Não vamos precisar apelar para medidas drásticas. – Eu disse rindo, arrancando uma risada dele também – Eu tenho uma fobia do escuro... nictofobia? Não sei o nome direito, mas é, eu, basicamente, entro em desespero no escuro. Eu devia ter te avisado sobre isso antes, desculpa.

- Ei! Para de pedir desculpa. 'Tá' tudo bem, eu não 'tô' bravo com você ou alguma coisa assim. Eu só fiquei preocupado, mas agora já passou.

Depois da nossa conversa, ficamos em silêncio, até que senti os braços de Theodore, que estavam a minha volta, relaxarem e, quando olhei para cima, o encontrei dormindo.

***

No dia seguinte, eu e Theodore combinamos de jogar basquete na quadra perto do nosso prédio, já que eu estava ficando melhor no jogo. Eu usava um short de academia preto e o uniforme dele que ele me deu quando fui assistir ao seu jogo, e meu cabelo preso em um rabo de cavalo alto, enquanto ele usava apenas uma bermuda preta de moletom, já que estava um pouco mais quente do lado de fora.

Estávamos no meio do jogo (eu estava ganhando, claro), quando os meninos do time de basquete apareceram na quadra.

- 'Vamo' lá, capitã, faça uma cesta e mostre para esse bunda mole como que se joga! – Escutei James gritando para mim, recebendo uma encarada de Theodore, enquanto os outros garotos começavam a torcer por mim.

Me posicionei no meio da quadra, joguei a bola assim como meu namorado havia me ensinado e ela caiu direto na cesta.

Os garotos começaram a gritar em comemoração à minha cesta, enquanto eu olhava o jogador na minha frente com uma cara de convencida.

Sem eu perceber os garotos começaram a ir em minha direção e me levantaram em seus ombros, gritando em coro "capitã!".

Theodore olhava para mim com uma cara de derrota, tentando segurar o sorriso para que eu não o visse.

Os garotos me colocaram no chão e, um por um, eles me congratularam com um "high-five" e Tom, que fazia um tempo que eu não o via, me abraçou e deixou um beijo na minha bochecha.

Estávamos nos dividindo em dois times para jogarmos, quando escutamos uma voz dizer:

- Oh, e quando iriam me chamar?

Todos nós olhamos para a direção da voz, encontrando Wayne nos olhando com um sorriso no rosto e as mãos nos quadris. Imediatamente, todos os meninos ficaram tensos e Theodore colocou o braço nos meus ombros me puxando para perto de si.

- Ooooo todos entrando em modo de defesa. Eu sou o motivo? Muito injusto, não acham? – Wayne disse com um sorriso presunçoso no rosto.

- Cara, não começa! – Dylan disse, um pouco cansado pelo comportamento de Wayne (que mais ninguém aguentava).

- Eu não fiz nada, Dylan! – Ele disse com o olhar de rendição falsa – Uuuulll, oi, gatinha! Não tinha te visto aí! 'Tá' linda no short coladinho, viu? – Ele disse, se aproximando de mim com um sorriso malicioso no rosto.

- Não, não, não! Cara, vai embora! – Bryan disse, entrando no caminho entre Wayne e eu.

- Uuuull, agora vai dar uma de protetor da namoradinha do capitão?

O jogo do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora