O jogo do amor

Capítulo 28: Dayana

Já faziam algumas semanas que eu tinha brigado com Theodore. Sentia falta dele, mas ainda estava chateada com a nossa briga e com o que ele havia feito para causar a nossa briga.

Naquele final de semana tinha um jogo de basquete e, embora já tivesse decidido que não assistiria para evitar ao máximo Theodore, Tom e Brooke estavam constantemente tentando me convencer a ir sempre dando desculpas diferentes, o que me fez desconfiar das intenções dos dois.

Já era sexta-feira e o jogo seria no dia seguinte, o que aumentou as insistências dos dois.

- Ah, 'vamo' lá, Day, vai ser legal! – Brooke disse, tentando me convencer, e antes que eu pudesse contrariá-la, ela me interrompeu dizendo - Tudo bem, você quer evitar o Teddy, mas acho que você devia ir. É um jogo muito importante para a faculdade, porque, depois desse, vão ser competições nacionais, e eu acho que você devia ir para dar apoio ao seu melhor amigo. – Ela disse, se referindo ao Tom que estava ao seu lado, de mão dada com ela, ouvindo a nossa conversa (e interferindo até demais para o meu gosto, tentando me convencer também).

- Concordo com ela. Olha, Dayana, eu sei que você ainda 'tá' chateada com o Teddy, mas acho que isso não devia te impedir de dar apoio ao seu irmãozinho aqui. – Tom disse, fazendo carinha de cachorrinho para tentar me convencer, usando o "apelido" que dei a ele quando éramos crianças, já que ele é um ano mais novo que eu.

- Você não devia estar com os garotos do basquete, competindo quem arrota mais alto ou coisa assim? – Eu disse, sarcástica, tentando expulsar Tom de perto da gente.

- Na verdade, hoje seria competição de cuspe, mas você me deu uma ótima ideia para a nossa reunião de machos-alfa e coisas escrotas que fazemos. – Ele respondeu mais sarcástico do que eu, me fazendo revirar os olhos – Mas hoje eu não vou poder comparecer porque prometi almoçar com a minha namorada e, também prometi que convenceria uma baixinha chata a assistir ao meu jogo no final de semana. – Ele completou, cutucando o meu nariz só para me deixar mais irritada.

- Por que vocês querem tanto que eu vá ao jogo? 'Tá' bom, tenho que "dar suporte para o Tom", mas, primeiro, o suporte da Brooke já é o suficiente, e, segundo, minha lista de presença nos seus jogos é mais vazia que o deserto do Saara. Não entendo porque a minha presença é tão importante lá! – Respondi, começando a ficar mais irritada com tanta insistência, fazendo aspas com as mãos.

- 'Vamo' lá, princesa! Por mim! – Tom disse, fazendo biquinho, juntando as mãos em forma de súplica e piscando de um jeito fofo atrás dos óculos – Você não precisa torcer pelo time inteiro, se isso for fazer você se sentir melhor. Torce só por mim! E... e também o Anthony! Vocês eram superamigos e às vezes ele comenta que sente a sua falta. Vai por ele também, e torce por mim e por ele!

Eu consegui ouvir a sinceridade na voz de Tom e decidi concordar em ir, recebendo um sorriso do meu amigo e um gritinho de vitória da minha amiga.

Durante o almoço combinamos de nos encontrarmos na casa de Tom, já que eu ainda estava "morando" lá, iríamos todos juntos e Brooke ficaria comigo nas arquibancadas durante o jogo, torcendo por Tom e por Anthony, também.

***

O dia do jogo tinha chego, e eu estava me arrumando no banheiro da casa de Tom, quando a porta foi aberta e Brooke passou por ela, me estendendo a blusa do Theodore, enquanto falava:

- Amiga, achei isso nas suas coisas. O que acha de usar para o jogo de hoje?

Fiquei olhando para a peça de roupa na mão dela por um momento e, imediatamente, lembrei do dia em que Theodore me deu a blusa. Senti meu coração apertar um pouco, mas logo me recompus.