Assim que vi a mão de Wayne entrar em contato com o corpo de Dayana, tudo que pude ver foi vermelho.
Depois do que ele falou sobre "fazer um estrago" com Day, não consegui mais me controlar e comecei a desferir repetidos socos no rosto do garoto.
Também recebi alguns que doeram muito, mas eu não deixaria que alguns soquinhos me impedissem de continuar. Ele tinha acabado de desrespeitar a garota que eu gostava e eu não deixaria barato.
Escutei meio abafado alguém gritar para fazerem alguma coisa, mas não me incomodei em tentar identificar quem foi, ou ao menos parar com as minhas ações.
Eu tinha conseguido quebrar o nariz de Wayne, tinha feito muitos cortes em suas bochechas e lábios com os anéis que eu usava, mas sentia que eu ainda tinha mais algumas coisas para fazer.
Antes de eu conseguir desferir mais um soco no maxilar do garoto a minha frente, senti meu braço sendo puxado, mas imediatamente saí do aperto no meu pulso e voltei a bater no jogador que estava no chão.
Senti, novamente, duas pessoas tentando me puxar, mas não me deixei abalar e continuei até sentir que era o suficiente. Depois de um tempo, senti quatro pessoas me tirarem de cima de Wayne e me levarem para a parte de dentro do casarão, enquanto algumas pessoas que eu não conhecia ligavam para a ambulância.
Era quase certeza que depois daquela noite eu não poderia mais jogar no time de basquete, mas sentia que aquilo tinha sido o certo a se fazer.
- Cara, o que foi aquilo? Você surtou! – Jonathan disse com uma expressão de surpresa.
Balancei a cabeça e olhei por cima do ombro do garoto a minha frente, encontrando Dayana parada, me olhando com uma expressão preocupada e um pouco assustada.
Fui até ela e segurei seu rosto com as minhas mãos a analisando, enquanto perguntava:
- Você 'tá' bem, Day? Ele não te machucou, né?
- Você 'tá' sangrando! – Ela disse com a voz preocupada, passando a ponta de seus dedos em cima da minha sobrancelha e no meu lábio inferior, me mostrando seus dedos com o meu sangue.
- Não importa! Eu quero saber se você 'tá' bem!
Ela concordou com a cabeça e puxou o meu pulso, me guiando para fora da casa.
- Vamos para casa. Eu não quero mais ficar aqui. Já cansei! – Ela disse quando alcançamos o meu carro que estava estacionando perto da festa.
Fomos para casa em silêncio, ouvindo uma música que tocava no rádio, enquanto Dayana ia ao meu lado balançando a perna nervosamente.
- Eu 'tô' bem, Day. São só alguns cortinhos! – Eu disse tentando tranquilizá-la.
- Os seus pais vão me odiar depois de hoje! Eu estraguei o nosso acordo. – Ela disse com a voz um pouco falha.
- Ei! Não, eles não vão te odiar. Você não fez nada, e eles vão entender. Você não estragou nada, ok? – Eu disse, olhando para ela com um sorriso.
- Você ainda 'tá' sangrando! – Ela disse apontando para o meu rosto.
- 'Tá' tudo bem. Eu limpo chegando em casa. – Eu respondi com a voz tranquila.
A raiva que eu ainda sentia percorrendo nas minhas veias me impediam de sentir a possível dor que deveria estar sentindo dos cortes no meu rosto.
Chegamos em casa e, assim que passamos pela porta, encontramos meus pais sentados no sofá, assistindo a um filme, mas logo passaram todo a atenção para nós dois.
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O jogo do amor
Romantizm"Quer namorar comigo?" Essas foram as palavras que iniciaram a primeira conversa deles. Dayana e Teddy estudam na mesma faculdade, mas nunca tiveram uma interação. Até que um dia Teddy faz um pedido inusitado para Dayana. A proposta era fingir um na...