Amigos?4

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Inês sentou puxando o lençol para se cobrir, não foi o arrependimento que bateu mais sim o medo de que nunca mais acontecesse.

Inês: você me usou Victoriano?- ela evitou olhar para ele- não sabia que era esse tipo de homem- levantou segurando o lençol e foi para o banheiro- saia e finja que nada aconteceu por que eu fingirei também.

Entrou no banheiro batendo a porta.

Victoriano: Inês me desculpe pelo que falei mais eu sou casado e isso que fizemos foi errado me sinto mal por isso- falou próximo a porta- eu já vou indo e me perdoe se te magoei.

Inês: como queira Victoriano... e não se preocupe pois não vai acontecer outra vez e se quiser eu saiu da empresa- ela estava encostada na porta.

Victoriano: não precisa sair, por favor não faça isso, eu me sentiria muito mal se você saísse, olha vamos fazer de conta que isso não aconteceu e vamos seguir como antes, trabalhando juntos- ele tão pouco queria ficar longe dela.

Inês olhou para o espelho com raiva, ela segurou um copo que estava na pia com tanta força que ele quebrou em sua mão, ela gritou de dor e pegou uma toalha e enrolou na mão.

Inês: saia Victoriano... saia agora...- ele iria lhe pagar por isso ah se iria.

Victoriano: aconteceu alguma coisa? Porque você gritou? Você se machucou?- peguntou preocupado- abre a porta se estiver machucada eu posso te ajudar.

Inês: eu não quero a sua ajuda... você já fez de mais... saia daqui- ela abriu a porta rápido e foi ao closet e pegou o primeiro vestido que encontrou, com muito contorcionismo ela o vestiu e colocou a calcinha a mão não parava de sangrar estava sujando tudo- saia da minha frente.

Victoriano: você está sangrando- ele foi até ela- você tem alguma coisa aqui para fazer um curativo?- ela não respondeu e ele foi até o banheiro procurou por algo e encontrou uma mala de primeiros socorros- vem vou fazer um curativo na sua mão.

Inês: eu vou para o hospital...- ela estava ficando aérea- saia da minha frente- saiu do apartamento sem se importar com chave com nada o hospital não era muito longe dali ela apertou o botão e o elevador chegou ela entrou com ele em seu encalço- me deixa em paz Victoriano... - ele ainda estava com a maleta na mão- isso não vai servir de nada.

Victoriano: eu só quero te ajudar não seja tão teimosa, se não me deixa fazer o curativo então irei contigo ao hospital.. como você se cortou Inês? Eu não entendo se estava no banheiro como se cortou dessa forma.

Inês: eu... foi um acidente... tinha um copo na pia... eu não imaginava que ele estava quebrado fui pegar e ele se partiu na minha mão... não sei... devo ter apertado ele com força... eu não estava tentando me mutilar se é o que está pensando... me leve para o hospital e depois pode ir... não quero mais vê-lo fora do escritório.

Victoriano: vamos ao hospital- eles entraram no carro e ele começou a dirigir- Inês eu não quis lhe magoar por favor tente me entender, eu sou casado e me sinto culpado pelo que fiz, não é nada com você é comigo mesmo- falou enquanto dirigia.

Inês: não quero mais falar sobre isso... quanto mais você fala mais magoada me sinto, só falta você dizer que eu lhe forcei que lhe violentei naquela cama... não se preocupe... aquilo foi algo inédito e não vai mais tornar acontecer... mais eu tenho até que te agradecer você me libertou, eu achei que meu corpo era frio e você me mostrou que não agora estou livre para namorar com qualquer um.

Victoriano: não estou dizendo que me forçou, eu sei o que fiz, foi por livre e espontânea vontade, eu queira talvez até mais que você mais isso não tira a minha culpa, entenda bem, minha culpa, porque sou um homem casado jamais tinha feito isso antes e me sinto culpado mais isso não tem nada a ver com você- ele parou o carro em frente ao hospital- chegamos.

2 Mejores amigos y 1 botellaOnde histórias criam vida. Descubra agora