São 23:00 da noite quando abro a porta do meu quarto e me aproximo da porta do quarto de Aaron. Ele acha que estou dormindo, depois de eu ter jantado, tomado um chá e me acalmado, fui para meu quarto com a desculpa de que iria dormir, mas fiquei sentada contra a porta, esperando Aaron entrar em seu quarto e comunicar a Andrew. Sei que Aaron irá contar a ele, evitei as ligações de Andrew porque não havia nenhum controle do meu medo. Eu queria muito falar com ele, desabafar e chorar… mas eu sabia que ele estava trabalhando.
Me encosto na porta do quarto do meu sogro, sentindo uma bola na minha garganta e aflição. Pelos primeiros 10 minutos eu não ouço absolutamente nada, até que a voz de Andrew soa abafada através da porta.
— Onde está minha esposa, pai? Ela está bem?
Fecho meus olhos com sua voz, sentindo tantas saudades que chega a doer mais do que essa aflição em mim.
— Ela está dormindo agora.
— O que exatamente aconteceu?
Aaron conta tudo a ele, desde o momento que saímos até chegarmos aqui, e Andrew o ouve em silêncio.
— Não sei o que essa mulher fez a Beatrice, mas foi de partir o coração ver o estado em que ela foi dormir. Filho, ela estava tremendo, com os olhos vidrados como se estivesse lembrando de algo cruel. Eu não quis tirar conclusões antes de conhecer os pais dela, mas agora eu sinto que não foi apenas abuso psicológico — uma pausa considerável é feita.
Algo como vergonha insinua aparecer em mim, mas eu a dissolvo completamente. Eles são minha família, eu não terei vergonha. Não fui a culpada do que me aconteceu, eu fui uma vítima.
— Eu vou para Nova York amanhã, no final do dia. Mesmo com os seguranças não posso deixá-la sozinha. Sei como coisas negativas abalam Beatrice. Ela precisa de mim.
Sim, eu quero Andrew comigo agora mais do que nunca, mas não posso deixá-lo fazer isso. Ele lidera um estado e tem milhares de pessoas sobre seus cuidados. Eu posso enfrentar isso.
Está na hora de enfrentar.
Bato na porta do quarto, ouço a voz do meu sogro me autorizando a entrar.
Ele está sentado na cama, com o MacBook sobre a mesma. Vou até a tela do computador, mostrando meu rosto a Andrew. Ele imediatamente desfaz o rosto autoritário, por um mais suave.
— Bea…
— Não deixe seu trabalho para voar até aqui, entendeu? Eu estou bem e pronta para enfrentar minha mãe. Você tem responsabilidades que precisamos focar em conjuntos como Governador e Primeira dama — olho com atenção para meu marido — Eu sei o que está sentindo, eu também faria o mesmo por você caso algo acontecesse, mas não podemos. Não é nada grave ou algo que eu não consiga lidar. Por favor, Andrew, não venha. Termine seu trabalho e nós dois nos veremos no próximo final de semana, ok?
Ele passa a mão pelo cabelo, suspirando. Os olhos azuis divididos e isso quebra meu coração.
— Não posso te deixar nesse momento…
Balanço a cabeça, abrindo um sorriso leve.
— Você não está me deixando, está me dando autonomia e confiança para resolver meus próprios problemas. Acredite em mim, tudo vai ficar bem. Tenho seu pai comigo, os seguranças… eu posso lidar com isso.
Os olhos do meu marido me fitam com confiança, demonstrando que ele não duvida nenhum pouco da minha capacidade. Observo o sorriso se formando nos seus lábios, um sorriso de canto. Eu sorrio de volta.
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Sr. Governador
RomancePLÁGIO É CRIME! O que o destino de duas pessoas de vidas diferentes podem dizer quando um deles se apaixonam no primeiro olhar? Andrew Henderson tem 38 anos e é o governador do Estado de Montana, ele é o governador mais jovem e cobiçado por todas as...