Capítulo 50

1.1K 111 52
                                    

Andrew

   Beatrice cai ao meu lado, suada, ofegante e exausta. Segundos atrás, estava cavalgando em mim como uma bela mulher devassa, fazendo nós dois alcançarmos o clímax juntos. O quarto do dia. E ainda são 14:20 da tarde. Observo suas costas, vendo o fio de suor escorrendo pela sua espinha. Passo a mão pelo meu cabelo e olho para meu pau exausto, mas totalmente voluntário por outra rodada.

— Precisamos dormir, Andy. Pelo amor de Deus… — Balbucia com o rosto no travesseiro.

Uma risada nasal escapa de mim, observo sua bunda empinada, as marcas das minhas mãos nela. Eu estou sendo um marido muito mal.

— Tudo bem, uma hora de descanso. Vamos comer algo, cochilar e voltar às atividades — digo, me inclinando sob suas costas e beijando sua nuca.

Ela geme, cansada.

— Se eu não estivesse tomando meu anticoncepcional, eu diria que está tentando me engravidar — Murmura.

Beijo seus ombros, afastando o cabelo assanhado.

— Minha linda, quando você decidir que é o momento de temos filhos, eu prometo que vamos ficar mais que três dias em um quarto.

Sua risada abafada alcança meus ouvidos, ela se vira na minha direção com seus olhos amendoados brilhando e cansados. Sua mão toca meu rosto e eu beijo sua palma.

— Você é insaciável, Sr.Governador.

— E você é a mulher mais linda que existe nesse mundo, primeira dama.

Sua mão descansa no meu peito, os olhos nos meus.

— Quando saímos daqui seremos exatamente isso: O governador e a primeira drama. — Comenta.

Balanço a cabeça, assentindo.

— Acha que será um fardo para você? 

Ela nega.

— Não. De maneira nenhuma. Nos últimos meses me adaptei bem ao papel de ajudar pessoas que precisam de atenção. Gosto de ser útil e eu posso usar a música para me ajudar a arrecadar fundos… uma coisa vai ajudar a outra.

Levanto da cama, esticando minhas pernas e estalando meu pescoço. Preciso providenciar comida para ela, alimentar minha presa para ter uma participação ativa dela na nossa lua de mel.

— Você está se saindo bem, querida. O estado de Montana está sendo honrado em ter uma primeira dama como você. — Olho bem para Beatrice — Você se torna perfeita em tudo que se proponha fazer, Bea. Eu morro de orgulho de você. Demais.

Ela sorri de lábios fechados, descendo os olhos para meu corpo nu. Um sorriso fogoso se forma nos seus lábios e ela se vira, deixando a frente do seu corpo exposto para mim. Passo a língua pelos lábios, sedento e já despertando.

— Ainda temos aquele macarrão com queijo? Eu adoraria uma tigela agora.

Sorriu.

— É para já. Vou trazer frutas também, você precisa de energia. Muita energia. Ainda falta um dia e vamos aproveitá-lo até o último segundo, ok?

Ela levanta o dedão, em aprovação. Com uma gargalhada eu vou até a cozinha. Esquento a comida, coloco tudo em uma bandeja junto com uma jarra de água e suco. Ao chegar no quarto, encontro Beatrice dormindo e isso me faz rir. Ela está roncando baixinho e com o cabelo apontado em diversas direções.

Tão linda. Eu amo essa mulher.

Deixo a comida dela no forno para se esquentada e vou tomar um banho, cobrindo Beatrice antes de ir. 

Ao terminar meu banho, visto uma roupa casual e saio um pouco da cabana para tomar um ar, mas me arrependo assim que faço isso. Um dos meus seguranças parece ter esperado por esse movimento meu. Dei ordens para não ser incomodado, mas sou o  governador de um estado.

Ele pede permissão e eu assinto sua aproximação. De maneira respeitosa e oficial, ele fala comigo.

— O Presidente pediu para que ligasse para ele o mais rápido possível. Ele disse ter assuntos importantes para tratar com o senhor.

Respiro fundo.

Prevejo o assunto, e é algo que não quero tratar agora. Não tão cedo. Beatrice se tornou primeira dama de um estado a pouco tempo, ela ainda está se adaptando.

— Mais alguma coisa?

Infelizmente, ele assente. Tira o celular do bolso e me mostra uma matéria. Meu sangue esquenta ao ler a matéria.

ESPOSA DO GOVERNADOR DE MONTANA OFERECEU DINHEIRO PARA MANTER A FAMÍLIA LONGE DA SUA NOVA REALIDADE.

Cerro meu punho. Achei ter sido claro quanto ao que eu faria se ousasse voltar a vida de Beatrice, a tocar no nome dela. Claramente não foi o bastante o dinheiro que dei. Pelo conteúdo da matéria, estão acusando Beatrice se ser uma filha desnaturada que abandonou uma mãe que precisa de atenção e está em uma situação difícil. A mãe dela sabe que eu nunca vou expor a infância da minha esposa, do que ela passou. Eu jamais vou abrir essa ferida que ela está lutando para deixar para trás.

Leona está querendo dinheiro e atenção, mas o que eu darei a ela será algo melhor.

Olho para o moreno careca na minha frente.

— Me empreste seu celular, por favor — Peço.

Disco o número de Damon, e como se esperasse minha ligação, ele atende de imediato.

— Acione os advogados. Mova um processo de danos morais e difamação contra Leona Reese — Declaro.

Beatrice está de acordo com isso?

Suspiro baixo.

— Quando voltamos, ela saberá de tudo. Por enquanto, faça o que eu disse. Se não pararmos essa mulher, ela vai se tornar incontrolável. Deixe que ela veja que não tenho medo dela manchar minha imagem.

Damon exala.

Vou falar diretamente com o juiz para emitir uma ação judicial, e uma medida protetiva. Não queremos essa mulher por perto

— Obrigado, irmão.

Aproveite suas últimas horas de lua de mel, garanhão.

Desligo o celular e entrego ao segurança. Volto para a cabana, e encontro Beatrice ainda dormindo. Me deito ao lado dela, trazendo seu corpo para perto do meu. Me enche de raiva saber o quão desprezível é a mulher que a colocou no mundo, e quanto isso afeta Beatrice. Preciso ser uma rocha firme para essa mulher não chegar perto de minha esposa. E é isso que eu serei. Não vou contar nada a ela enquanto estivermos aqui. 



































Sr. GovernadorOnde histórias criam vida. Descubra agora