Capítulo 43

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Bento

    São ao total quinze rosas na minha mão, o Matias me tirou de lá, eu iria acabar com o dinheiro da minha carteira

   Mamãe já deve ter chegado, é tarde

- Tenho que ir - o Matias diz, ele olha novamente o relógio - Você perdeu vários antibióticos - ele suspira - Ok, eu ligo pra Joana no caminho 

    Levantando-se da cadeira ao meu lado, ele se despede de todos e antes de sair me lança uma piscadela e fez um símbolo que entendo que é para ligar para ele 

   Já perdi as contas de tantas coisas que deixei de fazer por estar aqui. Não me arrependo

- Familiares de Susanah Andrade? - alguém diz, nós três viramos a cabeça, nos levantando, Esther é a primeira - Ótimo, bom... felizmente nada mais aconteceu com a jovem. Fraturas na perna esquerda, arranhões e um corte na cabeça, precisamos fazer pontos - ele observa o abraço do casal - Ela foi transferida para o quarto, como devem saber estava na UTI, por motivos óbvios...

- Nós já podemos vê-la? - pergunto, apertando as rosas entre a palma

   Ele assente

-  Ela provavelmente irá acordar brevemente - ele informa - Um de cada vez

    E sai. A enfermeira atrás dele pergunta quem vai ser o primeiro; Esther 

   Me sento, aliviado, coloco as rosas sobre meu peito. Me sentindo levemente cansado, espero

   Espero, quando o Juan vai 

- Ela acordou - Esther me informa, seus olhos inchados sendo um terrível parceiro para o seu sorriso - Perguntou por você. Na próxima deixo ela morrer - rio da mentira - É verdade, ela é uma ingrata, anos de amizade pra você chegar e roubar o coração dela - continuo rindo 

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Susanah 

    Meus olhos correm na pessoa que estava esperando desde que acordei 

- Até que enfim - digo, minha voz saindo fraca e sem som - Deixava eles entrarem por último 

    Ele abaixa a máscara. Nós dois agora estamos vulneráveis, o que poderia dar mal, né? 

   Ele deixa um selar na minha testa 

  Observo as rosas murchas enquanto ele se senta ao lado da minha cama

  Toco nelas com as pontas dos meus dedos, um com aquele aparelho cardíaco 

- Não achava que meu caso era tão sério - comento 

   Ele me olha e suspira

- Bom, quando eu as comprei já sabia que não morreria - ele começa a acariciar minha mão - Comprei pra aliviar minha dor. Não estava aguentando não poder te ver, Julieta - ele diz, beijando minha mão - Te amo - diz baixo, mas me encarando - Precisava dizer logo, não é mesmo? 

   Assinto levemente, aperto sua mão 

- Prometa que nunca mais vai me deixar pegar um carro na minha vida - digo olhando profundamente 

   Ele solta uma risada abafada pelo meu olhar sério 

   Ele pigarreia

- Prometo - abro um sorriso leve 

- Agora eu posso dizer que eu te amo - respondo, ele ri 

     Olho nos seus olhos

- Pensei que iria morrer - admito - Quero que aproveite a minha vida, me beijando e me pedindo em casamento logo - ele assente, calmamente, me absorvendo - Vai logo, me beija 

    E com isso consigo sentir finalmente seus lábios nos meus. Isso é o que eu diria de vida 

  

WHITE ROSE GARDENS · HELOISA CARDOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora